Banner Portal
Alinhamento cognitivo e ensino remoto
PDF

Palavras-chave

Geologia
Taxonomias
Educação
Objetivos educacionais

Como Citar

MIGUEL, Gisele Francelino; CARNEIRO, Celso Dal Ré; GONÇALVES, Pedro Wagner. Alinhamento cognitivo e ensino remoto: o caso do tempo geológico em uma disciplina de geologia introdutória. Terrae Didatica, Campinas, SP, v. 17, n. 00, p. e021048, 2021. DOI: 10.20396/td.v17i00.8667540. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/td/article/view/8667540. Acesso em: 25 abr. 2024.

Resumo

Disciplinas de Geologia Introdutória dos cursos de Geologia e Geografia da Universidade Estadual de Campinas buscam proporcionar uma visão integrada dos processos naturais e sociais e relacionar Sistema Terra (saberes geológicos) com Sistema Mundo (saberes geográficos). O modelo, dinâmico e integrativo, concilia aulas expositivas com intensa carga de atividades práticas e trabalhos de campo, mas a pandemia de Covid-19 impediu o acesso dos estudantes às salas de aula, laboratórios e campo. O artigo descreve uma abordagem prática, realizada com estudantes ingressantes desses cursos, das taxonomias de Bloom e Structure of Observed Learning Outcomes (SOLO). Os docentes concentraram- -se no desenvolvimento da cognição dos discentes, levando em conta as habilidades adquiridas, comportamentos e atitudes. Ao se definir com rigor os objetivos didáticos e as avaliações formativas, pode-se obter estudantes motivados e engajados capazes de utilizar processos cognitivos no mais alto nível possível, independentemente da formação final, Geologia ou Geografia.

https://doi.org/10.20396/td.v17i00.8667540
PDF

Referências

Anderson, L. W., Krathwohl, D. R., Airasian, P. W., Cruikshank, K. A., Mayer, R. E., Pintrich, P. R., & Wittrock, M. C. (2001). A Taxonomy for Learning, Teaching and Assessing: A Revision of Bloom’s Taxonomy of Educational Objectives. USA: Addison Wesley Longman, Inc. ISBN 0-321-08405-5

Biggs, J. B., & Collis, K. F. (1982). Evaluating the quality of learning: The SOLO Taxonomy (Structure of the Observed Learning Outcome). USA: Academic Press. ISBN: 0-12-097550-5.

Biggs, J. B. (2003). Teaching for quality learning at university. 2 ed. Buckingham: Open University Press/Society for Research into Higher Education.

Biggs, J. B. (2006). Calidad del aprendizaje universitario. 2 ed. Madrid, España, Narcea S.A.

Biggs, J. B., & Tang, C. (2011). Teaching for quality learning at university. 4 ed. Open University Press/Mc Graw-Hill Education.

Bloom, B. S., Engelhart, M. D., Furst, E. J., Hill, W. H., & Krathwohl, D. R. (1956). Taxonomy of educational objectives, Handbook I: Cognitive Domain. 2 ed. New York: Addison-Wesley Longman Ltd.

Brasil. Ministério da Educação. (2018). Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, Consed, Undime. 651p. URL: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso 21.10.2020.

Brasil. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Superior. (2012). Resolução CNE/CES n. 387/2012, de 7 novembro de 2012. Institui as diretrizes curriculares nacionais para o curso de graduação em Geologia e em Engenharia Geológica, bacharelados. Brasília (DF), MEC. 7 nov. 2012. (Relator Luiz Roberto Liza Curi, Proc. 23001.000110/2007-41).

Carneiro, C. D. R., Barbosa, R., Gonçalves, P. W., Miguel, G. F., Andrade, W. S. (2020). Trabalhos de campo e inovação educacional em geologia In: Reis, F. A. G. V., Kuhn, C. E. S., Carneiro, C. D. R., Wunder, E., Boggiani, P. C., & Machado, F. B. (Orgs.). (2020). Ensino e Competências Profissionais na Geologia. Jaboticabal: Ed. Funep. p. 31-58. (Cap. 3). ISBN 978-65-5671-020-4.

Carneiro, C.D.R. (2014). O Fórum Nacional de Cursos de Geologia e as Diretrizes Curriculares Nacionais: histórico e perspectivas. Terræ Didatica, 10, 191-203. doi: 10.20396/td.v10i3.8637316.

Carneiro, C. D. R., & Gonçalves, P. W. (Orgs.) (2017). Manual de laboratório de Ciência do Sistema Terra. Campinas, Instituto de Geociências, Universidade Estadual de Campinas. (Inédito).

Carneiro, C. D. R., Barbosa, R., & Piranha, J. M. (2007). Bases teóricas do projeto Geo-Escola: uso de computador para ensino de Geociências. Revista Brasileira de Geociências, 37(1), 90-100. doi: 2010.25249/0375-7536.200737190100.

Carneiro, C. D. R., & Gonçalves, P. W. (2011). Actividades de campo en la asignatura Ciencia del Sistema Tierra: la Geología como estructura básica. Enseñanza de las Ciencias de la Tierra, 19(1), 48-56. Disponível em: http://www.raco.cat/index.php/ECT/article/view/244378/331350.

Carneiro, C. D. R., Gonçalves, P. W., Cunha, C. A. L. S., & Negrão, O. B. M. (2008). Docência e trabalhos de campo nas disciplinas Ciência do Sistema Terra I e II da Unicamp. Revista Brasileira de Geociências, 38(1), 130-142. doi: 10.25249/0375-7536.2008381130142.

Carneiro, C. D. R., Gonçalves, P. W., Negrão, O. B. M., & Cunha, C. A. L. S. (2005). Ciência do Sistema Terra e o entendimento da “máquina” planetária em que vivemos. Geonomos, 13(1), 11-18. Disponível em: http://www.igc.ufmg.br/geonomos/indice13.htm.

Carneiro, C. D. R., Toledo, M. C. M., & Almeida, F. F. M. de. (2004). Dez motivos para a inclusão de temas de Geologia na educação básica. Revista Brasileira de Geociências, 34(4), 553-560. doi: 10.25249/03757536.2004344553560.

Carneiro, C. D. R., & Negrão, O. B. M. (1995). Busqueda incessante. Enseñanza de las Ciencias de la Tierra, 3(1), 61-62. Disponível em: http://www.raco.cat/index.php/ECT/article/view/89237/141665.

Cordani, U. G. (1995). As Ciências da Terra e a mundialização das sociedades. Estudos Avançados, 9(25), 13-27.

Cortelazzo, A. L., Fiala, D. A. S., Piva Jr., D., Panisson, L., & Rodrigues, M. R. J. B. (2018). Metodologias ativas e personalizadas de aprendizagem: para refinar seu cardápio metodológico. Rio de Janeiro: Alta Books. 224p. ISBN 978-85-508-0708-9.

Cruz, G. B. T. (2017). Didática e docência no ensino superior. Brasília, Rev. bras. Estud. pedagog., 98(250), 672-689. doi: 10.24109/2176-6681.rbep.98i250.2931.

Curi, L. R. L. (2012). Diretrizes curriculares nacionais para o curso de graduação em Geologia e em Engenharia Geológica, bacharelados. Brasília (DF), Conselho Nacional de Educação. (Proc. 23001.000110/2007-41).

Dave, R. H. (1970). Psychomotor levels. In: Armstrong, R. J. (Ed.). (1970). Developing and writing educational objectives, Tucson, Arizona.

Dewey, J. (1910). How we Think? Boston, NY: DC Health & Co., Publ.

Ernesto, M., Cordani, U. G., Carneiro, C. D. R., Dias, M. A. S., Mendonça, C. A., & Braga, E. S. (2018). Ensino de Geociências na universidade. Estudos Avançados, 32(94), 331-343, doi: 10.1590/s0103-40142018.3294.0021.

Ferreira, C., Alencoão, A., & Vasconcelos, C. (2015). O recurso à modelação no ensino das ciências: um estudo com modelos geológicos. Bauru, SP, Ciênc. educ. (Bauru), 21(1), 31-48. doi: 10.1590/1516-731320150010003.

Frodeman, R. L. O raciocínio geológico: a geologia como uma ciência interpretativa e histórica. Trad. L. M. Fantinel y E. V. D. Santos. Terræ Didatica, v. 6, n. 2, p. 85-99, 2010. doi: 10.20396/td.v6i2.8637460.

Galhardi, A. C., & Azevedo, M. M. (2013). Avaliações de aprendizagem: o uso da taxonomia de Bloom. In: Workshop de Pós Graduação e Pesquisa do Centro Paula Souza, 8, 2013, São Paulo. Anais..., São Paulo. p. 237-247. ISSN: 2175-1897.

Ginnesi, I. L., & Moretti, L. H. T. (2015, 26 de abril). Contribuições da neuropsicologia nas dificuldades de aprendizagem escolar. Psicologia. Pt. ISSN 1646-6977.

Gil, A. C. (2008). Métodos e técnicas de pesquisa. 6 ed. São Paulo: Atlas.

Hattie, J. A. C., Brown, G. T. L. (2004). Cognitive processes. In: asTTle: The SOLO taxonomy. asTTle Technical Report #43. University of Auckland/Ministry of Education.

Heer, R. A. (2012). Model of Learning Objectives–based on A Taxonomy for Learning, Teaching, and Assessing: A Revision of Bloom’s Taxonomy of Educational Objectives. Center for Excellence in Learning and Teaching, Iowa State University. Disponível em: https://www.celt.iastate.edu/wp-content/uploads/2015/09/RevisedBloomsHandout-1.pdf.

Heinsfeld, B. D. S. S., & Pena, A. L. (2017). Design educacional e material didático impresso para educação a distância: um breve panorama. Brasília, Rev. bras. Estud. pedagog., 98(250), 783-804. doi: 10.24109/2176-6681.rbep.98i250.3042.

Krathwohl, D. R. (2002). A revision of Bloom’s taxonomy: an overview. Theory Into Practice, 41(4), 212-218. doi: https://doi.org/10.1207/s15430421tip4104_2.

Lease, L. Krathwohl and Bloom´s Affective Taxonomy. Teaching, learning, & everything in between. 23.ago.2018. Disponível em: https://lynnleasephd.com/2018/08/23/krathwohl-and-blooms-affective-taxonomy/. Acesso 22.09.2021.

Mager, R. F. (1984). Preparing Instructional Objectives (2 ed), Pitman, Belmont, CA.

Martins, J. R. S., Gonçalves, P. W., Carneiro, C. D. R. (2011). O ciclo hidrológico como chave analítica interpretativa de um material didático em Geologia. Ciência e Educação (Bauru), 17(2), 365-382. doi: 10.1590/S1516-73132011000200008.

Miguel, G. F. (2018). Visualização 3D como condição para aprendizagem significativa em Geologia Estrutural. Campinas, SP, Instituto de Geociências, Universidade Estadual de Campinas. Dissertação (Mestrado em Ensino e História de Ciência da Terra). URL: repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/334038/1/Miguel_GiseleFrancelino_M.pdf.

Miguel, G. F., & Carneiro, C. D. R. (2019). Taxonomia de Bloom como instrumento no ensino-aprendizagem de projeção estereográfica em Geologia. Terræ Didatica, 15(publ. Contínua), e019041. (Anais IX Simp. Nac. Ens. Hist. Ciências da Terra / EnsinoGEO-2019 – Geoética: respeito à Terra e ao lugar onde vivemos. Campinas, SBGeo, 2019). doi: 10.20396/td.v15i0.8657522.

Nóvoa, A. (2020). E agora, Escola? São Paulo, Jornal da USP, 19.ago.2020. URL: https://jornal.usp.br/?p=347369. Acesso 22.09.2021

Piranha, J. M., & Carneiro, C. D. R. (2009). O módulo São José do Rio Preto do Projeto Geo-Escola, uma experiência educacional diferenciada. Revista Brasileira de Geociências, 39(3), 533-543. doi: 10.25249/03757536.2009391129137.

Pombo, O. (1984). Pedagogia por Objectivos / Pedagogia com Objectivos. Lisboa: Logos, Filosofia Aberta, 1, 47-72.

Potapova, M. S. (2008). [Trad.]. Geologia como uma ciência histórica da natureza. Trad. Conrado Paschoale. Terræ Didatica, 3(1), 86-90. doi: 10.20396/td.v3i1.8637480.

Preti, O. (2011). Produção de material didático impresso: orientações técnicas e pedagógicas. 2 ed. Cuiabá: UAB/UFMT. (Coletânea Educação a Distância).

Reis, F. A. G. V., Wunder, E., Boggiani, P. C., & Kuhn, C. E. S. (2020). Competências profissionais e projetos político-pedagógicos dos cursos de Geologia e Engenharia Geológica no Brasil. In: Reis, F. A. G. V., Kuhn, C. E. S., Carneiro, C. D. R., Wunder, E., Boggiani, P. C., & Machado, F. B. (Orgs.). (2020). Ensino e Competências Profissionais na Geologia, 1 Ed, Jaboticabal, Funep. (Cap. 2). (ISBN 978-65-5671-020-4).

Rodrigues, A. G. (2018). O Curso de Geologia da UFRJ perante as Diretrizes Curriculares Nacionais: possíveis impactos no perfil do egresso. Terræ Didatica, 14(2):147-156. doi: 10.20396/td.v14i2.8651612

Simas, J. L., Basilici, G., & Carneiro, C. D. R. (2021). Aplicação do Alinhamento Cognitivo em disciplinas de Geociências de um Curso de Engenharia de Petróleo e Gás. Terræ Didatica, 17(Publ. Contínua), 1-11, e021015. doi: 10.20396/td.v17i00.8663568.

Thomas, K. (2004). Learning Taxonomies in the Cognitive, Affective and Psychomotor domains. Rocky Mountain Alchemy, Disponível em: http: www.rockymountainalchemy.com/whitePapers/rma-wp-learning-taxonomies.pdf. Acesso em: 22.09.2021.

Toledo, M. C. M. (2005). Geociências no Ensino Médio Brasileiro: Análise dos Parâmetros Curriculares Nacionais. Geol. USP Publ. Espec., 3, 31-44. doi: 10.11606/issn.2316-9087.v3i0p31-44.

Trevisan, A. L., & Amaral, R. G. A. (2016). Taxonomia revisada de Bloom aplicada à avaliação: um estudo de provas escritas de Matemática. Ciênc. educ. (Bauru), 22(2), 451-464. doi: 10.1590/1516-731320160020011.

Vaughan, C. A. (1980). Identifying Course Goals: Domains and Levels of Learning. Teaching Sociology, 7(3), 265-279, doi: 10.2307/1317141.

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.

Copyright (c) 2021 Terrae Didatica

Downloads

Não há dados estatísticos.