Resumo
Todos sabem que “Ciência não é gasto, é investimento”, “exceto o Brasil” (Nader & Ribeiro, 2024, Quer impulsionar a economia? Invista em ciência. Folha de S.Paulo, 18.12.2024, grifo nosso). Graças aos investimentos, em 2023, o Brasil voltou a ocupar o 49º lugar do ranking das 50 economias mais inovadoras do mundo, segundo a última edição do Índice Global de Inovação, publicado pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual. Um País que enfrenta enchentes no Sul e seca na Amazônia não pode negligenciar a ciência. As Ciências da Terra proporcionam uma compreensão abrangente da dinâmica ambiental e estabelecem firmes relações entre o ambiente terrestre e as múltiplas interferências humanas. Algumas destas levam à destruição de hábitats, que conduz ao desaparecimento de espécies. A convergência, ou interação, entre campos da ciência é comum na abordagem de muitos problemas práticos investigados pelos geocientistas: articulam-se estudos de várias áreas conectados em função do problema. Todas as grandes questões que a sociedade enfrenta (obtenção de recursos naturais, problemas demográficos e urbanos etc.) requerem conhecimento científico e cooperação de múltiplos campos. Dentre estes, os estudos da Terra possuem especial relevância. O progresso do conhecimento nos campos da Pesquisa, do Ensino, da Educação e da História das Ciências da Terra é alimentado pelos avanços das modernas tecnologias. Isso impulsiona a necessidade de difundir tais estudos e pesquisas – o que tem sido feito pela própria revista e obras como a série de e-books Explorando a Terra na Educação Básica.
Referências
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