Banner Portal
Geologia Estrutural em ambiente rúptil: fundamentos físicos, mecânica de fraturas e sistemas de falhas naturais
PDF

Palavras-chave

Força. Tensão. Mecânica de fraturas. Juntas. Falhas. Fraturas.

Como Citar

ZERFASS, Henrique; CHEMALE JUNIOR, Farid. Geologia Estrutural em ambiente rúptil: fundamentos físicos, mecânica de fraturas e sistemas de falhas naturais. Terrae Didatica, Campinas, SP, v. 7, n. 2, p. 61–80, 2015. DOI: 10.20396/td.v7i2.8637428. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/td/article/view/8637428. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

A geologia estrutural é uma matéria fundamental para o currículo de Geologia, com aplicações nas mais diferentes áreas de atuação do geólogo, tanto em atividades acadêmicas como industriais. Tradicionalmente, a geologia estrutural tem enfoque geométrico-cinemático, em que os esforços sofridos pelas rochas são induzidos a partir da disposição geométrica das estruturas. Como forma de agregar conhecimento da relação-processo-produto, este artigo procura adicionar conceitos de mecânica dos sólidos ao estudo das estruturas rúpteis – fraturas, juntas e falhas. Seguindo-se o raciocínio inverso, discute-se como as estruturas naturais podem ser deduzidas ou previstas a partir dos princípios da mecânica. O ponto de partida são os conceitos de força, tensão e magnitude de deformação. A partir daí, são apresentadas as principais ideias sobre a formação e propagação de fraturas, que foram desenvolvidas através de princípios teóricos (Teoria de Mohr- -Coulomb), bem como pela observação e medição de parâmetros durante ensaios de laboratório. Também será abordado o tema da ligação de fraturas, e o seu papel na formação dos sistemas de juntas e falhas. Os sistemas de falhas naturais em ambiente distensional, compressional e transcorrente são então brevemente revistos com base nos conceitos anteriormente apresentados. Os princípios da mecânica dos sólidos aqui discutidos contribuem de forma relevante para a interpretação das estruturas rúpteis naturais.
https://doi.org/10.20396/td.v7i2.8637428
PDF

Referências

Ackermann R.V., Schlische R.W., Withjack M.O. 2001. The geometric and statistical evolution of normal fault systems: an experimental study of the effects of mechanical layer thickness on scaling laws. J. Struct. Geol, 23:1803-1819.

An L.-J., Sammis C.G. 1996. Development of strikeslip faults: shear experiments in granular materials and clay using a new technique. J. Struct. Geol, 18(8):1061-1077.

Atkinson B.K., Meredith P.G. 1987. The theory of subcritical growth with applications to miner-

als and rocks. In: Atkinson B.K. ed. 1987. Fracture mechanics of rock. London: Academic Press, p. 111-166.

Belousov V.V. 1974. Geologia estructural. Moscu: Editorial Mir, 303 p.

Cajori F. 1929. A history of physics. New York: Dover Publ., 424p.

Costin L.S. 1987. Time-dependent deformation and failure. . In: Atkinson B. K. ed. 1987. Fracture mechanics of rock. London: Academic Press, p. 167-216.

Crider J.G. 2001. Oblique slip and the geometry of normal-fault linkage: mechanics and a case study from the Basin and Range in Oregon. Journal Struc Geol, 23:1997-2009.

Davis R.O., Selvadurai A.P.S. 2002. Plasticity and Geomechanics. Cambridge: Cambridge Univ. Press. 287p.

Davison I. 1994. Linked fault systems; distensional, strike-slip and contractional. In: Hancock, P.L. ed. 1994. Continental deformation. Oxford: Pergamon Press, p.121-142.

Einstein A., Infeld L. 1938. A evolução da Física. Rio de Janeiro: Zahar Editores. 237p.

Engelder T. 1994. Brittle crack propagation. In: Hancock P.L. ed. 1995. Continental deformation. Oxford: Pergamon Press, p. 43-52.

Grigoryev V., Myakishev G. 1967. The forces of nature. Moscow: Mir Publishers. 346p.

Hancock P.L. 1985. Brittle microtectonics: principles and practice. J. Struct. Geol, 7(3/4):437-457.

Hobbs B.E., Means W.D., Williams P.F. 1976. An outline of structural geology. New York: John Wiley & Sons. 571 p.

Ingraffea A.R. 1987. Theory of crack initiation and propagation in rock. In: Atkinson B. K. ed. 1987. Fracture mechanics of rock. London: Academic Press, p. 71-110.

Jadoon I.A.K., Lawrence R.D., Lilie R.J. 1993. Evolution of foreland structures: an example from the Sulaiman thrust lobe of Pakistan, southwest of the Himalayas. In: Treloar P.J., Searle M.P. eds. 1993. Himalayan tectonics. Geol. Soc. Spec. Publ., 74:589-602.

Loczy L., Ladeira E.A. 1976. J. Struct. Geol. São Paulo: Edgard Blücher. 528p.

Mandl G. 1988. Mechanics of tectonic faulting. Amsterdam: Elsevier. 407p.

Mansfield C., Cartwright J. 2001. Fault growth by linkage: observations and implications from analogue models. J. Struct. Geol, 23:745-763.

Martel S.J., Pollard D.D., Segall P. 1988. Development of simple strike-slip fault zones, Mount Abbot quadrangle, Sierra Nevada, California. Geol. Soc. Am. Bull., 100:1451-1465.

Martel S.J. 1990. Formation of compound strike-slip fault zones, Mount Abbot quadrangle, California. Journal of Structural Geology, 12(7):869-882.

Newton I. 1686. Princípios matemáticos de filosofia natural. São Paulo: Nova Stella e Editora da USP. 292p.

Pollard D.D., Aydin A. 1988. Progress in understanding jointing over the past century. Geol. Soc. Ame. Bull., 100:1181-1204.

Pollard D.D., Fletcher R.C. 2005. Fundamentals of Structural Geology. Cambridge: Cambridge University Press. 500 p.

Price N.J., Cosgrove J.W. 1990. Analysis of geological structures. Cambridge: Cambridge University Press. 502 p.

Ramsay J.G., Huber M.I. 1987. The techniques of modern structural geology. London: Academic Press. 700p.

Willemse E.J.M., Peacock D.C.P., Aydin A. 1997. Nucleation and growth of strike-slip faults in limestones from Somerset, U. K. J. Struct. Geol, 19(12):1461-1477.

Young M.J., Gawthorpe R.L., Hardy S. 2001. Growth and linkage of a segmented normal fault zone; the Late Jurassic Murchison-Statfjord North Fault, northern North Sea. J. Struct. Geol, 23:1933-1952.

Terrae Didatica utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto, em que:

  • A publicação se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores;
  • Os originais não serão devolvidos aos autores;
  • Os autores mantêm os direitos totais sobre seus trabalhos publicados na Terrae Didatica, ficando sua reimpressão total ou parcial, depósito ou republicação sujeita à indicação de primeira publicação na revista, por meio da licença CC-BY;
  • Deve ser consignada a fonte de publicação original;
  • As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.