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Estruturas atectônicas da Bacia do Paraná em Campinas (SP): deformação sin-sedimentar no Subgrupo Itararé
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Palavras-chave

Estruturas atectônicas. Deformação penecontemporânea. Dobras convolutas. Subgrupo Itararé. Bacia do Paraná.

Como Citar

CARNEIRO, Celso Dal Ré; COSTA, Felipe Garcia Domingues da. Estruturas atectônicas da Bacia do Paraná em Campinas (SP): deformação sin-sedimentar no Subgrupo Itararé. Terrae Didatica, Campinas, SP, v. 2, n. 1, p. 34–53, 2015. DOI: 10.20396/td.v2i1.8637464. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/td/article/view/8637464. Acesso em: 16 abr. 2024.

Resumo

Entre 2000-2001, obras na Rodovia D. Pedro I expuseram dobras atectônicas no Subgrupo Itararé, Bacia do Paraná, no trevo da estrada que une Campinas a Moji-Mirim e Moji-Guaçu. Ocorrem dobras convolutas decimétricas, fechadas a isoclinais, controladas por siltitos laminados. As obras também expuseram, e depois destruíram, ondulações com comprimento de onda da ordem de 20 m. Sintetizam-se critérios distintivos desse tipo de estrutura e descrevem-se feições similares, entre SP e SC. A origem das deformações pode ser associada diretamente à ação do gelo ou ao deslizamento subaqüoso de camadas inconsolidadas. As ocorrências de Campinas parecem resultar de ambos os processos. Localmente, camadas não-confinadas em ambiente subaqüoso sofreram deformações penecontemporâneas à sedimentação, ao passo que as ondulações mais amplas e abertas devem-se à ação direta do gelo.
https://doi.org/10.20396/td.v2i1.8637464
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