Banner Portal
Por uma ‘nova pragmática emancipatória
Remoto

Palavras-chave

Emancipatória. Comprometimento. Anti-hegemônica

Como Citar

FERREIRA, Dina Maria Martins. Por uma ‘nova pragmática emancipatória. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, SP, v. 52, n. 2, p. 271–285, 2016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8645375. Acesso em: 25 abr. 2024.

Resumo

Neste artigo propomos o modus operandi de uma pragmática contra-hegemônica no que tange às teorias do mainstream, ou seja, as internalistas (auto-suficiência da língua como sistema) e as externalistas (aspecto social aliado à língua e não constitutivo da língua). Para tal, constroem-se dois percursos argumentativos para dar conta de uma nova Pragmática emancipatória: (1) nova, que mostra a incompatibilidade conceitual entre a teoria austiniana e a interpretada por seu discípulo Searle; (2) emancipatória, que busca a emancipação intelectual criativa e uma partilha do sensível. Dessas duas perspectivas, contraposições teóricas são apresentadas no e do domínio da(s) pragmática(s).

ABSTRACT

This paper proposes a modus operandi for a non-hegemonic Pragmatics in relation to mainstream theories, i.e., internalist theories (self-sufficiency of language as a system) and externalist ones (social aspects as connected to language, but non-constitutive of it). Two lines of argument are proposed to cope with a New Emancipatory Pragmatics: (1) a new Pragmatics which shows the conceptual incompatibility between the Austinian theory and that interpreted by Searle and (2) an emancipatory Pragmatics in search of a creative intellectual emancipation and the distribution of the sensible. From these two perspectives, theoretical arguments are presented within and about the diverse domains of Pragmatics.

Keywords: emancipator; commitment; non-hegemonic

Remoto

Referências

AUSTIN, J. L. (1962/1990). How to do things with words. Harvard University Press [ed. brasileira: (1990) Quando dizer é fazer. Palavras e ação. Trad. Danilo Marcondes de Souza Filho. Porto Alegre: Artes Médicas].

BIOGRAPHY. Jacques Rancière. (2010). The European graduate school faculty. Overview. Disponí- vel em:<http://www.egs.edu/faculty/jacques-ranciere/biography/>. Acesso em: 08 maio de 2011.

DASCAL, M. (org.) (1982). Fundamentos metodológicos da linguística. V. 4 Pragmática.

Campinas/SP: Ed. próprio autor/apoio UNICAMP.

FERNANDES, F.; LUFT, C. N.; GUIMARÃES, F. M. (1993). Dicionário brasileiro globo. São Paulo: Globo.

GLOCK, H. J. (1998). Dicionário Wittgenstein. Trad. Helena Martins. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.

GRICE, P. (1975). Logic and conversation. In: Cole, P.; Morgan, J.L. (eds.). Syntax and semantics 3: Speech acts. New York: Academic Press, pp. 41-58.

HABERLAND, H.; MEY, J. L. (2002). Linguistics and pragmatics, 25 years after (Editorial).

Journal of Pragmatics. v. 34, pp.1671-1682.

HABERMAS, J. (2001). Reflections on the linguistic foundations of sociology. In: J. Habermas, On the pragmatics of social. interaction. Preliminary studies in the theory of communicative action. English translation Barbara Fultner. Cambridge, Mass.: MIT Press.

MARTINS FERREIRA, D. M. (2008). Exclusão do saber: do pesquisador ao conhecimento.

Revista Intercâmbio, v. XVII, pp. 120-130.

MEY, J. L. (2001). Pragmatics: An introduction. Malden, MA/Oxford, UK: Blackwell.

MIGLIORIN, C. (s/d). Igualdade dissensual: Democracia e biopolítica no documentário contemporâneo. Revista Cinética, Ensaios críticos, Estéticas da biopolítica. Disponível em: www.revistacinética.com.br/cep/cezar_migliorin.htm. Acesso em julho de 2013.

NOGUEIRA DE ALENCAR, C. (2005). Searle interpretando Austin. A retórica do medo nos estudos da linguagem. Tese de Doutorado em Linguística. Instituto de Estudos da Linguagem, Unicamp, Campinas.

_______. (2010). Palavras violentas: Identidades de gênero no Forró Pop. In: Mendonça, A.

(org.) Palavras russas. Fortaleza: Expressão Gráfica e Editora.

OLIVEIRA, M. (1996). A Reviravolta linguístico-pragmática na filosofia contemporânea. São Paulo: Loyola.

PELLEJERO, E. (2009). A lição do aluno. Uma introdução à obra de Jacques Rancière.

Saberes. v. 2, nº 3, pp. 18-30. Disponível em: <http://www.cchla.ufrn.br/saberes>.

Acesso em: 1º fev.2011.

RAJAGOPALAN, K. (1996a). Pragmática. Uma vista aérea. Cadernos de Estudos Linguísticos.

: 5-7.

_______. (1996b/2010). O Austin do qual a linguística não tomou conhecimento e a linguística com a qual Austin sonhou. Cadernos de Estudos Linguísticos, v. 30, pp. 105-116 [também publicado (2010). Nova Pragmática: Fases e feições de um fazer, capítulo XI, pp.

-254].

_______. (1998). A ideologia do suprimido, ou como não teorizar a respeito da ideologia.

D.E.L.T.A., v. 14, pp. 121-129.

_______. (2003). Por uma linguística crítica. Linguagem, identidade e a questão ética. São Paulo: Pará- bola.

_______. (2010). Nova Pragmática. Fases e feições de um fazer. São Paulo, Parábola.

_______. (2013). A “dadidade” dos ditos dados na/da pragmática. In: Gonçalves, A. V. e Góis, M. L. de S. (orgs.). Ciências da linguagem. O fazer científico? Vol. 2. São Paulo: Mercado das Letras (no prelo).

RANCIÈRE, J. (1998). Aux bords du politique. Paris: La Fabrique.

_______. (2002). O mestre ignorante. Cinco lições sobre a emancipação intelectual. Trad. Lilian do Valle.

Belo Horizonte: Autêntica.

_______. (2005). O ódio à democracia. Trad. Fernando Marques. Lisboa: Mareantes.

_______. (2007). Le spectateur émancipé. Paris/ Bruxelles: La Fabrique.

_______. (2009a). A partilha do sensível: Estética e política. 2. Ed. Trad. Mônica Costa Netto. São Paulo: EXO Experimental Org.

_______. (2009b). Entrevista: Jacques Rancière. Entrevistadores: Longman, G.; Viana, D.

Revista Cult, v.12, nº 139, pp. 17-23. Disponível em:http://revistacult.uol.

com.br/home/2010/03/entrevistajacquesranciere/>. Acesso em: 1º fev. 2011.

SEARLE, J. (1969). Speech acts. An essay in the philosophy of language. Cambridge: Cambridge University Press.

SEARLE, J. (1979). Expression and meaning. Studies in the theory of speech acts. Cambridge: University Press.

_______. (2002). Filosofia contemporânea nos Estados Unidos. In: Bunnin, T-J. E. P. (org.) Compêndio de filosofia. Tad. Luiz Paulo Rouanet. São Paulo: Loyola.

SILVA, D. N. e; MARTINS FERREIRA, D. M.; NOGUEIRA DE ALENCAR, C. (2014).

Nova pragmática. Modos de fazer. São Paulo: Cortez (no prelo).

SPIVAK, G. C. (2010). Pode o subalterno falar? Trad. Sandra Regina Goulart Almeida, Marcos Pereira Feitosa e André Pereira Feitosa. Belo Horizonte: UFMG.

WITTGENSTEIN, L. (1989). Investigações Filosóficas. Trad. José Carlos Bruini. São Paulo: Nova Cultural (Coleção Os Pensadores).

O periódico Trabalhos em Linguística Aplicada utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto, em que:

  • A publicação se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores;
  • Os originais não serão devolvidos aos autores;
  • Os autores mantêm os direitos totais sobre seus trabalhos publicados na Trabalhos de Linguística Aplicada, ficando sua reimpressão total ou parcial, depósito ou republicação sujeita à indicação de primeira publicação na revista, por meio da licença CC-BY;
  • Deve ser consignada a fonte de publicação original;
  • As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.