Banner Portal
Os processos metonímicos em publicidade verbo-visual sob enfoque da linguística crítica e da multimodalidade
PDF

Como Citar

SOARES, Leonardo Antonio; IKEDA, Sumiko Nishitani. Os processos metonímicos em publicidade verbo-visual sob enfoque da linguística crítica e da multimodalidade. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, SP, v. 59, n. 1, p. 777–806, 2020. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8654403. Acesso em: 24 abr. 2024.

Resumo

A publicidade tem sido representada como um continuum de funções, flutuando entre informação e manipulação, frequentemente recorrendo à comunicação implícita. Pesquisas mostram que, nesse domínio, é crucial a orientação em direção ao leitor para assegurar objetivos retóricos de persuasão. Assim, diferentes pesquisas dedicam-se à linguagem e à comunicação na publicidade, analisando o uso de estratégias de comunicação, tais como, a personificação por meio de pronomes, a intertextualidade e estratégias persuasivas de suavização por meio da modalização (hedges). Em termos do discurso publicitário, faz-se necessário ir além do uso de adjetivos e expressões explícitas, para entender que a persuasão age também na subjacência do texto e por meio de recursos imagéticos. O objetivo deste artigo é examinar, anúncios de grandes instituições financeiras veiculados em diferentes mídias, como televisão, jornais, revistas e internet para identificar a contribuição dos processos metonímicos na persuasão que percorre o gênero publicitário. Para que os objetivos sejam alcançados, as análises partem dos microelementos até atingir os macroaspectos, onde as formas linguísticas e os atos de imagem agem em conjunto para transmissão de aspectos ideológicos e hegemônicos. Além disso, as análises contam com as teorias de Halliday (1994), Kress e van Leeuwen (1996; 2006), Feng (2017) e Fairclough (1994; 1995). Os resultados indicam que, os anúncios apresentam um alto nível de informalidade e situações rotineiras. Por outro lado, as análises baseadas nos processos metonímicos demonstram os caminhos e técnicas usadas na produção dos anúncios na busca de persuadir e vender os produtos.

PDF

Referências

BARCELONA, A. (2000). Introduction: The cognitive theory of metaphor and metonymy. In: Metaphor and Metonymy at the Crossroads. Berlin: Mouton de Gruyter, 1-25.
BARNDEN, J.A. (2010). Metaphor and Metonymy: making their connections more slippery. In. Cognitive Linguistics, v.21, Issue 01, p. 01-34.
BARTLETT, F. (1932) Remembering. Cambridge: Cambridge University Press.
BENCZES, R et al. (2011). Defining metonymy in cognitive linguistics: towards a consensus view. Ed. Johns Benjamins. Amsterdam.
FAIRCLOUGH, N. (1989). Language and Power. London: Longman.
FAIRCLOUGH, N. (1994). Discourse and Social Change. Cambridge: Polity.
FAIRCLOUGH, N. (1995). Media Discourse. London: Hodder Arnold.
FAIRCLOUGH, N. (2001). Discurso e Mudança Social. Brasília: Editora da UnB.
FENG, W. D. (2017). Metonymy and visual representation: towards a social semiotic framework of visual metonymy. In. Visual Communication. Vol 16(4) 441-466. SAGE.
FENG, D; O’HALLORAN, K. (2013b). The multimodal representation of emotion in film: Integrating cognitive and semiotic approaches. In. Semiotica 197, p. 79-100.
FORCEVILLE, C. (1996). Pictorial Metaphor in Advertising. London: Routledge.
FORCEVILLE, C. (2005). Visual representations of the idealized cognitive model of anger in the Asterix album La Zizanie. In. Journal of Pragmatics 37(1), p. 69-88.
FUENTES-OLIVERA, P. A. et al. (2001). Persuasion and advertising English: Metadiscourse in slogans and headlines. In. Journal of Pragmatics, n. 33, p. 1291-1307.
HALLIDAY, M.A.K. (1994). An Introduction to Functional Grammar. Edward Arnold. London.
HALLIDAY, M. A. K. e MATTHIESSEN, C. M. I. M. (2004). An Introduction to Functional Grammar. Ed. Arnold. 3 ed. London.
HODGE, R. & KRESS, G. (1988). Social Semiotics. Cornell University Press. New York.
KÖVECSES, Z. (2010). Metaphor: A Practical Introduction. Amsterdam: John Benjamins.
KRESS, G. (2010). Multimodality: A Social Semiotic Approach to Contemporary Communication. London: Routledge.
KRESS, G.; van LEEUWEN, T. (2006). Reading images: The grammar of visual design. London: Routledge.
KRESS, G.; van LEEUWEN, T. (2002). Colour as a semiotic mode: notes for a grammar of colour. London: Sage Publications.
LAKOFF, G. (1987). Women, Fire, and Dangerous Things: What Categories Reveal about the Mind. Chicago: University of Chicago Press.
LAKOFF, G; JOHNSON, M. (1980). Metaphors We Live By. Chicago: University Chicago Press.
LAKOFF, G; TURNER, M. (1989). More than Cool Reason: A Field Guide to Poetic Metaphor. Chicago: University of Chicago Press.
MACKEN-HORARIK, M. (2004). Interacting with the multimodal text: reflections on image and verbiage in Art Express. In. Visual Communication, London, v.3, n.1, p.5-26.
MARTIN, J.R; WHITE, P. (2005). The Language of Evaluation. New York: Palgrave Macmillan.
MARTIN, J.R. (2000). ‘Beyond Exchange: APPRAISAL Systems in English’, in Evaluation in Text, Hunston, S.; Thompson, G. (eds), Oxford, Oxford University Press.
NIEMEIER, S. (2000). Straight from the heart – metonymic and metaphorical explorations. In. Metaphor and Metonymy at the Crossroads. Berlin and New York: Mouton de Gruyter, 195-213.
NORRICK, N.R. (1981). Semiotic Principles in Semantic Theory. Amsterdam: John Benjamins.
PAINTER, C., MARTIN, J.R.; UNSWORTH, L. (2013). Reading Visual Narrative. London: Equinox.
PANTHER, K.; RADDEN, G. (1999). Metonymy in Language and Thought. Amsterdam: John Benjamins.
PANTHER, K.; THORNBURG, L. (2004). The role of conceptual metonymy in meaning construction. In. Metaphorik v. 6, p. 91-116.
PEIRCE, C.J. (1955). Logic as semiotic. In: Philosophical Writings of Peirce. New York: Dove. p.p. 98-119.
RADDEN, G; KÖVECSES, Z. (1999). Towards a theory of metonymy. In: Metonymy in Language and Thought. Amsterdam: John Benjamins, p. 17-60.
THOMPSON, Geoff. (2004). Introducing Functional Grammar. Hodder Arnold. London.
VAN LEEUWEN, T. (2002). Colour as a semiotic mode: notes for a grammar of colour. London: Sage Publications.
URIOS-APARISI, E. (2009). Interaction of multimodal metaphor and metonymy in TV commercials: Four case studies. In. Multimodal Metaphor. Berlin: Mouton de Gruyter, p. 95-117.
VELASCO-SACRISTÁN, M. (2003). Publicidad y Genero: Propuesta, diseño y aplicatión de um modelo de análisis de las metáforas de género en la publicidad impresa en lengua inglesa. Tese (Ph. D.) Valladolic: Universidad de Valladolid.
VELASCO-SACRISTÁN, M. (2010). Metonymic Grounding of Ideological Metaphors: Evidence from Advertising Gender Metaphors. In. Journal of Pragmatics, n. 42, p. 64-96.
VIVANCO, V. (2004). The absence of connectives and the maintenance of coherence in publicity texts. In. Journal of Pragmatics, n. 37, p. 1233-1249.
WARREN, B. (2002). An alternative account of the interpretation of referential metonymy and metaphor. In: Metaphor and Metonymy in Comparison and Contrast. Berlin: Mouton de Gruyter, p. 113-132.
YUS, Francisco. (1999). Misunderstandings and explicit/implicit communication. In. Pragmatics. vol. 9, nº 04, p. 487-517.

O periódico Trabalhos em Linguística Aplicada utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto, em que:

  • A publicação se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores;
  • Os originais não serão devolvidos aos autores;
  • Os autores mantêm os direitos totais sobre seus trabalhos publicados na Trabalhos de Linguística Aplicada, ficando sua reimpressão total ou parcial, depósito ou republicação sujeita à indicação de primeira publicação na revista, por meio da licença CC-BY;
  • Deve ser consignada a fonte de publicação original;
  • As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.