TY - JOUR AU - Stroud, Christopher AU - Williams, Quentin AU - Bontiya, Ndimphiwe AU - Harry, Janine AU - Kapa, Koki AU - Mayoma, Jaclisse AU - Mpendukana, Sibonile AU - Peck, Amiena AU - Richardson, Jason AU - Roux, Shanleigh PY - 2020/12/30 Y2 - 2024/03/28 TI - Partes do corpo falantes e agenciamentos: dando corpo à cidadania linguística JF - Trabalhos em Linguística Aplicada JA - Trab. Linguíst. Apl. VL - 59 IS - 3 SE - Dossiê DO - UR - https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8663367 SP - 1636-1658 AB - <p>Um dos maiores desafios do nosso tempo é o da falta de voz para corpos maltratados. São os corpos de crianças e homens e mulheres que herdaram as brutalidades do colonialismo, da servidão das plantações e da escravatura, e agora revivem essas misérias no ventre de um capitalismo global neoliberal e patriarcal. São os corpos racializados, sexualizados, generificados e sem deus que primeiro tomaram forma na colonialidade-modernidade em conjunto com a emergência do HOMEM, o macho branco, racional, sem corpo, como HUMANO. Mantêm hoje a sua forma através de tecnologias de vulnerabilidade, com as quais a falta de voz fabricada funciona em sinergia dinâmica. Este é particularmente o caso da África do Sul, com as suas histórias ternas e presentes perturbados, emoção crua e vulnerabilidades dolorosas do patriarcado racializado e neoliberal. Neste artigo, sugerimos que a vulnerabilidade, para além do seu efeito potencialmente devastador nas almas e meios de vida, pode também ser um local produtivo para a articulação de vozes alternativas e habitualmente silenciadas. A este respeito, exploramos a forma como um enfoque em atos de cidadania linguística pode orientar o pensamento sobre voz e agência para diferentes <em>locais do corpo</em>, bem como permitir uma visão das complexas tecnologias e práticas de vulnerabilidade.</p> ER -