Banner Portal
Reflexividade metapragmática sobre o cinema de Almodóvar numa interação online: indexicalidade, escalas e entextualização
PDF

Palavras-chave

indexicalidade
escalas
entextualização

Como Citar

GONZALEZ, Clarissa; DA MOITA LOPES, Luiz Paulo. Reflexividade metapragmática sobre o cinema de Almodóvar numa interação online: indexicalidade, escalas e entextualização. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, SP, v. 57, n. 2, p. 1102–1136, 2018. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8651046. Acesso em: 18 abr. 2024.

Resumo

Este artigo analisa uma postagem publicada no site espanhol Dos Manzanas, que predica Pedro Almodóvar como “pedagogo da realidade LGBT”, e alguns dos comentários que esta suscita. Interessa-nos estudar a reflexividade metapragmática que essa pedagogia produz numa discussão online que avalia se a cinematografia almodovariana projeta uma fachada (GOFFMAN, [1967] 2011) favorável para o coletivo em questão. Para tal, focamos em processos de indexicalidade, de entextualização e escalares na construção de significados. O que se observa é que os textos fílmicos, ao serem entextualizados no referido site de notícias LGBT, mobilizam escalas, que inspiram posicionamentos das/dos participantes. Se, por um lado, tais posicionamentos questionam privilégios heteronormativos (BUTLER, 1990), por outro resvalam em essencialismos nada estratégicos (SPIVAK, 1988; BUTLER, 1990).
PDF

Referências

ARNALTE, A. (2003). Redada de violetas: La represión a homosexuales durante el franquismo. Madri: La esfera de los libros.

BAUMAN, Z. (2001). Modernidade Líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.

BAUMAN, R.; BRIGGS, C. (1990). Poetics and performance as critical perspectives on language and social life. In: COUPLAND, N; JAWORSKI (Eds.). The new sociolinguistics reader. New York: Palgrave Macmillan, 2009.

BAUMAN, R. & BRIGGS, C. (2003). Voices of modernity: Language ideologies and the politics of inequality. Cambridge: CUP.

BERGMAN, J.R. (1998). Introduction: Morality in Discourse. Research on Language and Social Interaction, 31: 3-4, p. 279-294.

BIONDO, F.P.; SIGNORINI, I. (2015). (Re)definições e (des)construções identitárias em comunidades ativistas do Facebook: contribuições das epistemologias pós-feminista e queer. DELTA, v. 31, p. 6-s/n.

BLOMMAERT, J. (2005). Discourse: a critical introduction. Cambridge: CUP.

BLOMMAERT, J. (2010). The sociolinguistics of globalization. Cambridge: CUP.

BLOMMAERT, J. & RAMPTON, B. (2011). Language and Superdiversity. Diversities, 13(2), p. 1-21.

BORBA, R. (2015). Linguística queer: uma perspectiva pós-identitária para os estudos da linguagem. Revista Entrelinhas, Vol. 9, n. 1 (jan./jun.), p. 91-107.

BUCHOLTZ, M. & HALL, K. (2004). Theorizing identity in language and sexuality research. Language in Society, 33: p. 469-515.

BUTLER, J. (1990) Gender Trouble: Feminism and the Subversion of Identity. London: Routledge.

BUTLER, J. (1999). “Corpos que pesam: sobre os limites discursivos do ‘sexo’”. In: LOURO, G.L. (Org.), O corpo educado: pedagogias da sexualidade. Belo Horizonte: Autêntica, p. 151-172.

BUTLER, J. (2004). Undoing gender. New York: Routledge.

BUTLER, J. (2005). Relatar-se a si mesmo: Crítica da violência ética. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.

CAMERON, D. & KULICK, D. (2003). Language and sexuality. Cambridge: CUP.

CARR, E.S.; LEMPERT, M. (2016) Scale: discourse and dimensions of social life. Oakland: University of California Press.

FELLIPE, R.F. (2004). Silêncio e (meta)linguagem em “Fale com ela”. Cadernos Pagu, (23), p. 399-411.

FOUCAULT, M. (1969). A Arqueologia do Saber [7. ed.] Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2008.

FOUCAULT, M. (1976). História da sexualidade: a vontade de saber vol. I. Rio de Janeiro: Graal, 1999.

FOUCAULT, M. (1984). História da sexualidade: os usos do prazer vol. II. Rio de Janeiro: Graal, 1998.

FOUCAULT, M. (1972) Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, 1984.

FOUCAULT, M. (2010). O sujeito e o poder. In: DREYFUS, H. & RABINOW, P. (Eds.), Michel Foucault: uma trajetória filosófica. Rio de Janeiro: Forense Universitária.

GEE, J.P. (1990). Social linguistics and Literacies. Ideology in discourses. London: Falmer Press.

GEE, J.P. (2004). Situated Language Learning: A Critique of Traditional Schooling. New York: Routledge.

GIDDENS, A.; BECK, U. & LASH, S. (1997). Modernização reflexiva: política, tradição e estética na ordem social moderna. São Paulo: Unesp.

GOFFMAN, E. (1967). Ritual de interação: Ensaios sobre o comportamento face a face. Petrópolis: Editora Vozes, 2011.

GOFFMAN, E. (1979). Footing. In: RIBEIRO, B.T. & GARCEZ, P.M. (Orgs.), Sociolinguística interacional. São Paulo: Edições Loyola, 2002.

AUTOR. & AUTOR. (2015).

AUTOR. & AUTOR. (2016).

HALL, K. (2013). “It’s a hijra!”: queer linguistics revisited. Discourse & society, 24 (5), p. 634-642.

JACQUEMET, M. (2005). Transidiomatic practices: Language and power in the age of globalization. Language & Communication, 25, p. 257-277.

JENKINS, H. (2008). Cultura da convergência. São Paulo: Aleph.

MELERO SALVADOR, A. (2010). Placeres ocultos: Gays y lesbianas en el cine español de la transición. Madrid: Notorious.

MELO & AUTOR (2014).

MISKOLCI, R. (2011). Não somos, queremos – Reflexões queer sobre a política sexual brasileira contemporânea. In: COLLING, L. (Org.), Stonewall 40 + o que no Brasil. Salvador: EDUFBA.

AUTOR ([2006] 2016).

AUTOR. (2013a).

AUTOR. (2013b).

AUTOR. (2015).

OSTERMANN, A.C. (2003). Communities of practice at work: gender, facework and the power of habitus at an aff-female police station and a feminist crisis intervention center in Brazil. Discourse & Society, 14 (4), p. 474-505.

PENNYCOOK, A. (2007). Global Englishes and Transcultural Flows. New York: Routledge.

PINTO, J.P. (2013). AUTOR.

PRECIADO, P. (2003). Multidões queer: nota para uma política dos ‘anormais’. Estudos Feministas, Florianópolis, 19(1), 2011/janeiro-abril, p. 11-20.

RAJAGOPALAN, K. Da arrogância cartesiana à “nova pragmática” (Prefácio). In: SILVA, D.; FERREIRA, D. & ALENCAR, C. (Orgs.), Nova pragmática: Modos de fazer. São Paulo: Cortez, 2014.

SEDGWICK, E. (1990). A epistemologia do armário. Cadernos Pagu, 28, 2007, p. 19-54.

SILVA, D.; FERREIRA, D.; ALENCAR, C. (2014). Nova pragmática: Modos de fazer. São Paulo: Cortez.

SILVERSTEIN, M. (2003). Indexical order and the dialectics of sociolinguistic life. Language & Communication, 23, p. 193–229.

SILVERSTEIN, M. & URBAN, G. (1996). Natural histories of discourse. Chicago: The University of Chicago Press.

SPIVAK, G.C. (1988). Subaltern Studies: Deconstructing Historiography. In: GUHA, R. & SPIVAK, G.C. (Eds.), Selected Subaltern Studies. Oxford: OUP.

VELOSO, M.T. (2012). O sujeito do desejo na trama do discurso. Frederico Westphalen: URI-Frederico Westph.

VERTOVEC, S. (2007). Superdiversity and its implications. Ethnic and Racial Studies, Vol. 30, No. 6, p. 1024-1054.

WILCHINS, R. (2004). Queer theory, gender theory. Los Angeles: Alysson Books.

WORTHAM, S. (2005). Socialization beyond the speech event. Journal of Linguistic Anthropology, v. 15, nº1, p. 95-112.

O periódico Trabalhos em Linguística Aplicada utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto, em que:

  • A publicação se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores;
  • Os originais não serão devolvidos aos autores;
  • Os autores mantêm os direitos totais sobre seus trabalhos publicados na Trabalhos de Linguística Aplicada, ficando sua reimpressão total ou parcial, depósito ou republicação sujeita à indicação de primeira publicação na revista, por meio da licença CC-BY;
  • Deve ser consignada a fonte de publicação original;
  • As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.