Banner Portal
O movimento de reprodução social e resistência na construção identitária de uma pessoa trans numa atividade de língua inglesa à luz dos conceitos de indexicalidade e escala
PDF

Palavras-chave

Reprodução social
Resistência
Construção identitária
Indexicalidade
Escala

Como Citar

LIMA NETO, Luiz Martins de. O movimento de reprodução social e resistência na construção identitária de uma pessoa trans numa atividade de língua inglesa à luz dos conceitos de indexicalidade e escala. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, SP, v. 59, n. 2, p. 1409–1431, 2020. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8656740. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

: Neste artigo, rediscuto, à luz dos conceitos de indexicalidade e escala, o movimento de reprodução social e resistência numa atividade de língua inglesa, na qual as/os alunas/os de um curso de inglês e eu, professor da turma, construímos a identidade de uma pessoa trans (BENTO, 2014). Tal movimento foi primeiramente discutido na minha dissertação de Mestrado (LIMA-NETO, 2017). A rediscussão do material empírico neste texto mostra que os conceitos utilizados contribuem para a compreensão de como as ideias e os comportamentos hegemônicos são reproduzidos e resistidos interacionalmente, principalmente, porque nos permitem relacionar o micro ao macro, e vice-versa, mostrando-nos, assim, como esses dois níveis escalares se constituem, de fato, mútua e indexicalmente.

PDF

Referências

AUSTIN, John Langshaw. (1962). How to do things with words: The William James Lectures Delivered at Harvard University in 1955. Cambridge: Harvard University Press.

FABRÍCIO, Branca Falabella; MOITA LOPES, Luiz Paulo da. PINTO, Joana Plaza. (2020). O que a linguagem tem a ver com o corpo? Rio de Janeiro/Goiânia. Em aberto. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=XoyU9ICxAvc>. Acesso em: 06 maio 2020.

BEAUTIFUL. (2002). Em aberto. EUA, 3:58. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=eAfyFTzZDMM. Acesso em: 20 set. 2019.

BENTO, Berenice. (2014). Nome social para pessoas trans: cidadania precária e gambiarra legal. Contemporânea, São Carlos, v. 4, no. 1, p. 165-182.

BLOMMAERT, Jan. (2010). The Sociolinguistics of Globalization. Cambridge: University Press.

BUCHOLTZ, Mary. (2000). The politics of transcription. Journal of Pragmatics, v. 32, p. 1439-1465.

BUTLER, Judith. (1997). Excitable speech: a politics of the performative. New York: Routledge.

CANAGARAJAH, Suresh. (1993). Critical ethnography of a Sri Lankan classroom: Ambiguities in student opposition to reproduction through ESOL. TESOL Quarterly, v. 27, p. 601-626.

CANAGARAJAH, Suresh. (2013). Translingual practice: global Englishes and cosmopolitan relations. New York/London: Routledge.

DERRIDA, Jacque. ([1976] 1977). Limited Inc. Evanston: Northwertern University Press.

FABRÍCIO, Branca Falabella. (2016). Mobility and discourse circulation in the contemporary world: the turn of the referential screw. Revista da Anpoll, v. 1, no. 40, p. 129-140.

FABRÍCIO, Branca Falabella; MOITA LOPES, Luiz Paulo da. PINTO, Joana Plaza. (2020). O que a linguagem tem a ver com o corpo? Rio de Janeiro/Goiânia. Em aberto. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=XoyU9ICxAvc>. Acesso em: 06 maio 2020.

FOUCAULT, Michel. (1995). O sujeito e o poder. In: DREYFUS, Hubert; RABINOW, Paul. Michel Foucault, uma trajetória filosófica: (para além do estruturalismo e da hermenêutica). Trad. Vera Porto Carrero. Rio de Janeiro: Forense Universitária, p. 231-249.

FOUCAULT, Michel. (2014). O sujeito e o poder. In: FOUCAULT, Michel. Genealogia da Ética, subjetividade e sexualidade. Trad. Elisa Monteiro e Inês Autran Dourado Barbosa. Rio de Janeiro: Forense Universitária, p. 118-140.

GARCÍA, Ofelia; LI WEI. (2014). Translanguaging. New York/London: Palgrave Pivot.

GRAMSCI, Antonio. (2004) Os intelectuais. O principio educativo. In: GRAMSCI, Antonio. Cadernos do cárcere. Trad. Carlos Nelson Coutinho. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, v. 2, p. 11-192.

KUMARAVADIVELU, Bala. (2014). The decolonial option in English teaching: can the subaltern act? TESOL Quarterly, p. 1-20.

LIMA-NETO, Luiz Martins de. (2017). Ensino crítico de línguas: reprodução social e resistência em uma sala de aula de língua inglesa. Dissertação (Mestrado). Brasil: Universidade Federal de Goiás.

LOPES, Alice Casimiro; BORGES, Veronica. (2017). Formação docente, um projeto impossível. Caderno de Pesquisa [online], v. 45, no. 157, p. 486-507.

MAINARDES, Jefferson; MARCONDES, Maria Inês. (2011). Reflexões sobre a etnografia crítica e suas implicações para a pesquisa em educação. Educ. Real, v. 36, no. 2, p. 425-446.

MAKONI, Sinfree; PENNYCOOK, Alastair. (2007) (Eds). Desinventing and Reconstituting Languages. Clevedon: Multilingual Matters.

MOITA LOPES, Luiz Paulo da. (2006). Linguística Aplicada e vida contemporânea: problematização dos construtos que têm orientado a pesquisa. In: MOITA LOPES, Luiz Paulo da. (Org). Por uma Linguística Aplicada Indisciplinar. São Paulo: Parábola Editorial, p. 85-107.

MOITA LOPES, Luiz Paulo da. (2020). Teorias queer, performatividade e ideologias linguísticas. Em aberto. Rio de Janeiro. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=KLWlSY5FD6g. Acesso: 26 jun. 2020.

OLIVEIRA, Megg Rayara Gomes de. (2017) O diabo em forma de gente: (r)existência de gays afeminados, viados e bichas pretas na educação. Tese (Doutorado). Brasil: Universidade Federal do Paraná.

OLIVEIRA, Megg Rayara Gomes; SILVA, Clodoaldo Ferreira Fernandes da. (2020). Transfeminismo, educação e direito à existência. Em aberto. Anápolis/Curitiba. Disponível em: https://www.instagram.com/tv/CBCCNglDWnE/?igshid=1h25f5yhx1o70. Acesso: 25 jun. 2020.

PAULA, Charlene Stephany Marilyn Meneses. (2018). Relações de poder, tensões, conflitos e resistências: um estudo etnográfico com um grupo de professoras/es de inglês de um curso de formação continuada. Tese (Doutorado). Brasil: Universidade Federal de Goiás.

PESSOA, Rosane Rocha. (2014). A critical approach to the teaching of English: pedagogical and identitiy engagement. Revista Brasileira de Linguística Aplicada, v. 14, no. 2, p. 353-372.

PESSOA, Rosane Rocha. (2015). Corpos em cena na formação crítica docente. In: Caderno de resumos do International Congress of Applied Linguistics. Brasília: UNB/UEL, p. 14-15.

PESSOA, Rosane Rocha; HOEZLE, Maria José. (2017). Ensino de línguas como palco de política linguística: mobilização de repertórios sobre gênero. Trabalhos em Linguística Aplicada, v. 56, no. 3, p. 781-800.

PESSOA, Rosane Rocha; URZÊDA-FREITAS, Marco Túlio de. (2012a). Challenges in critical language teaching. TESOL Quarterly, v. 46, p. 753-776.

PESSOA, Rosane Rocha; URZÊDA-FREITAS, Marco Túlio de. (2012b). Ensino crítico de línguas estrangeiras. In: FIGUEIREDO, Francisco Quaresma. (Org.). Formação de professores de línguas estrangeiras: princípios e práticas. Goiânia: Editora UFG, p. 57-80.

PENNYCOOK, Alastair. (2001). Critical Applied Linguistics: a critical introduction. New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates.

PENNYCOOK, Alastair. (1999). Introduction: critical approaches to TESOL. TESOL Quarterly, v. 33, no. 3, 329-348.

PENNYCOOK, Alastair. (2007). The Myth of English as an International Language. In: MAKONI, Sinfree; PENNYCOOK, Alastair. (Eds). Desinventing and Reconstituting Languages. Clevedon: Multilingual Matters, p. 90-115.

PRATT, Mary Louise. (1991). Arts of contact zone. Profession, p. 33-40.

ROCHA, Luciana Lins. (2013). Teoria queer e a sala de aula de inglês na escola pública: performatividade, indexicalidade e estilização. Tese (Doutorado). Brasil: Universidade Federal do Rio de Janeiro.

SCOLLON, Ron; SCOLLON, Suzie Wong. (2003). Discourses in place. Language in the material world. London. New York: Routledge.

SILVERSTEIN, Michael. (2003). Indexical order and the dialectics of sociolinguistic life. Language & Communication, n. 23, p. 193-229.

VALE DE ALMEIDA, Miguel. (2009). Ser mas não ser, eis a questão. O problema persistente do essencialismo estratégico. Working papers CRIA 1, p. 1-9.

O periódico Trabalhos em Linguística Aplicada utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto, em que:

  • A publicação se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores;
  • Os originais não serão devolvidos aos autores;
  • Os autores mantêm os direitos totais sobre seus trabalhos publicados na Trabalhos de Linguística Aplicada, ficando sua reimpressão total ou parcial, depósito ou republicação sujeita à indicação de primeira publicação na revista, por meio da licença CC-BY;
  • Deve ser consignada a fonte de publicação original;
  • As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.