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O professor e a relação com a língua estrangeira
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Palavras-chave

Identidade
Formação de professores
Ensino-aprendizagem de língua estrangeira

Como Citar

TAVARES, Carla Nunes Vieira. O professor e a relação com a língua estrangeira: no entremeio da peregrinação e da apropriação. Zetetike, Campinas, SP, v. 18, p. 257–270, 2011. DOI: 10.20396/zet.v18i0.8646672. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/zetetike/article/view/8646672. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

Objetiva-se, neste trabalho, problematizar a relação professor-língua estrangeira no cenário educacional. Pretende-se discutir a construção da língua estrangeira como objeto de saber e como essa construção pode influenciar as representações que os professores têm sobre a língua que ensinam e sobre o que seja ensinar e aprender essa língua. O pressuposto é que uma língua, segundo Benveniste e Lacan, seja ela materna ou estrangeira, é, primordialmente, o meio pelo qual alguém pode inscrever-se como sujeito na linguagem. Ocupar a posição de professor implica que uma relação com o objeto de saber seja estabelecida de forma que, mesmo minimamente, seja possível se colocar como mediador entre aquele que demanda o saber e o próprio objeto desse saber. Trata-se de uma relação conflituosa, em que o imaginário sobre a língua estrangeira que os professores ensinam (e, frequentemente, ainda está por ser apr(e)endida) esbarra nas contingências da cena educacional e na relação que é vivenciada com essa língua estranha e/ou alheia. Propõe-se, portanto, pensar como a relação sujeito-língua incide na imagem que os professores fazem de si e como/se eles se veem investidos nessa posição.
https://doi.org/10.20396/zet.v18i0.8646672
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