Abstract
This article is about the teaching internship experience conducted during the master’s program in Languages, in which the course "English Language I" was taught to incoming students of the undergraduate course in Languages (Portuguese/English), at the Federal University of Sergipe. Alongside covering topics outlined in the course syllabus, focusing on the teaching of English, discussions were held on critical race theory and its place in the educational context, through classroom activities based on critical racial literacy and intersectionality (LADSON BILLINGS, 1998; CRENSHAW, 2004; FERREIRA, 2023). So, we examined our practices as educators and the reflections arising from this experience, which broadened our understanding of ethnic-racial issues, their connections with English language education, and the impacts on contemporary social practices, including exchanges of experiences with the students. Thus, this article aims to share reflections arising from the aforementioned experience. It is a qualitative and interpretive study (MOITA LOPES, 1994; SALDAÑA, 2009), focused on the analysis and interpretation of the meanings constructed during the teaching internship, involving reflections from the researchers' field diary and records of classroom activities (PARDO, 2019; PAIVA, 2019). The analysis follows the strand of Southern studies (SILVA JR; MATOS, 2019; PENNYCOOK; MAKONI, 2020), which advocate for the inclusion of voices from socially marginalized groups. The results of the experience indicate the relevance of building bridges between academic knowledge production and the social practices of marginalized groups in English language education.
References
ADICHIE, C. (2009). The danger of a single story. (18m34s). Disponível em: https://www.ted.com/talks/chimamanda_ngozi_adichie_the_danger_of_a_single_story. Acesso em: 05 out. 2020.
AKOTIRENE, C. (2019). Cruzando o Atlântico em memória da interseccionalidade. In: AKOTIRENE, C., Interseccionalidade. São Paulo: Sueli Carneiro: Pólen, p. 13-33.
BRASIL. (2018). Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Edital de convocação 04/2015 - CGPLI: Edital de convocação para o progresso de inscrição e avaliação de obras didáticas para o Programa Nacional do Livro Didático PNLD 2018. Brasília, DF. Ministério da Educação. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=39561-pnld -2018-edital-pdf&Itemid=30192. Acesso em: 20 set. 2023.
CARDOSO SANTOS, T. M. (2024). Letramentos Digitais e Letramento Racial Crítico: Uma análise dos materiais didáticos de língua inglesa do aplicativo “Estude em casa”. Dissertação de Mestrado em Letras. Programa de Pós-Graduação em Letras, UFS, São Cristóvão.
CARVALHO, A. S. A. de et al. (2020). Materiais didáticos [livro eletrônico]: em línguas com foco na diversidade étnico-racial. Brasília, DF: Vila Brasil.
CRENSHAW, K. (2004). A intersecionalidade na discriminação de raça e gênero. In: VV.AA., Cruzamento: raça e gênero. Brasília, DF: Unifem, p. 7-16. Disponível em: http://www.acaoeducativa.org.br/fdh/wp-content/uploads/2012/09/Kimberle-Crenshaw.pdf. Acesso em: 10 dez. 2023.
DAVIS, A. (2016). Classe e raça no início da campanha pelos direitos das mulheres. In: DAVIS, A., Mulheres, raça e classe. São Paulo: Boitempo, p. 65-87.
FERREIRA, A. J. (2019). Identidades sociais de mulheres negras nos livros didáticos de língua inglesa do Brasil e de Camarões: interseccionalidades de raça, gênero, classe social e letramento racial crítico. Revista X, Curitiba, v. 14, n. 4, p. 20-40. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/revistax/article/view/66191/39457. Acesso em: 20 set. 2023.
FERREIRA, A. J. (2022). Letramento Racial Crítico. In: LANDULFO, C.; MATOS, D. (Orgs.), Suleando conceitos e linguagens: decolonialidades e epistemologias outras. Campinas, SP: Pontes Editores, p. 207-214. Disponível em: https://www.academia.edu/72616429/Ferreira_Aparecida_de_Jesus_Letramento_Racial_Cr%C3%ADtico_In_Doris_Cristina_Vicente_da_Silva_Matos_e_Cristiane_Maria_Campelo_Lopes_Landulfo_de_Sousa_Org_Suleando_conceitos_e_linguagens_decolonialidades_e_epistemologias_outras_Campinas_SP_Pontes_Editores_2022_p_207_214. Acesso em: 22 set. 2023.
FERREIRA, A. J. (2023). Narrativas autobiográficas da raça e do racismo no Brasil: Teoria Racial Crítica e educação linguística crítica. In: MELO, Glenda C. V. (Org.), Linguística aplicada, raça e interseccionalidade na contemporaneidade. Rio de Janeiro: Mórula editorial, p. 22-58.
FERREIRA, A. J. (2014). Teoria Racial Crítica e Letramento Racial Crítico: Narrativas e Contranarrativas de Identidade Racial de Professores de Línguas. Revista da ABPN, v. 6, n. 14, p. 236-263. Disponível em: https://abpnrevista.org.br/site/article/view/14. Acesso em: 20 set. 2021.
FREIRE, Paulo. (2009). A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. São Paulo: Cortez.
hooks, b. (2013). Ensinando a transgredir: a Educação como prática de liberdade. Tradução de Marcelo Brandão Cipolla. São Paulo: Editora Martins Fontes, 2013.
IBGE. (2022). Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil. ed. 2º, nº 48 Rio de Janeiro, RJ: IBGE. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao/25844-desigualdades-sociais-por-cor-ou-raca.html. Acesso em: 05 mai. 2023.
IBGE. O IBGE. Rio de Janeiro, RJ: IBGE, [s.d.]. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/acesso-informacao/institucional/o-ibge.html. Acesso em: 12 mai. 2024.
KILOMBA, G. (2019). Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro: Cobogó.
KNOBEL, M.; LANKSHEAR, C. (2014). Studying New Literacies. Journal of Adolescent & Adult Literacy, v. 58, n. 2, out., p. 97-101.
LADSON-BILLINGS, G. (1998). Just what is critical race theory and what’s it doing in a nice field like education? Qualitative Studies in Education, v. 11, n. 1, p. 7-24. Disponível em: https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/095183998236863. Acesso em: 19 set. 2023.
MALDONADO-TORRES, N. (2008). A topologia do Ser e a geopolítica do conhecimento: Modernidade, império e colonialidade. Revista Crítica de Ciências Sociais, n. 80, p. 71-114. Disponível em: http://journals.openedition.org/rccs/695. Acesso em: 20 de jun 2022.
MELO, G. C. V. (2023). O lugar da raça na sala de aula de inglês. In: MELO, G. C. V. (Org.), Linguística aplicada, raça e interseccionalidade na contemporaneidade. Rio de Janeiro: Mórula editorial, p. 59-75.
MOITA LOPES, L. P. (1994). Pesquisa interpretativista em lingüística aplicada: a linguagem como condição e solução. D.E.L.T.A. Documentação e Estudos em Linguística aplicada, São Paulo, v. 10, n. 2, p. 329-383. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/delta/article/view/45412. Acesso em: 05 de jan. 2020.
MONTE MÓR, W. (2013). Crítica e letramentos críticos: Reflexões preliminares. In: ROCHA, C. H.; MACIEL, R. F. (Orgs.), Língua Estrangeira e Formação Cidadã: Por entre Discursos e Práticas. Campinas, SP: Pontes Editores, p. 31-50.
MUNIZ, K. (2016). Ainda sobre a possibilidade de uma linguística “crítica”: performatividade, política e identificação racial no Brasil. D.E.L.T.A. Documentação e Estudos em Linguística aplicada, São Paulo, v. 32, n. 3, p. 767-786. Disponível em: https://www.scielo.br/j/delta/a/j5NYtwFCBXVwvPSRhb8mmKb/?lang=pt. Acesso em: 23 mar. 2022.
NASCIMENTO, G. (2016). As identidades de classe social/raça no ensino-aprendizagem de língua estrangeira: algumas considerações. Palimpsesto-Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras da UERJ, v. 15, n. 23, p. 535-552. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/palimpsesto/article/view/35050. Acesso em: 30 set. 2021.
PARDO, F. S. (2019). A autoetnografia em pesquisas em Linguística Aplicada: reflexões do sujeito pesquisador/pesquisado. Revista Horizontes de Linguística Aplicada, ano 18, n. 2, p. 15-40. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/horizontesla/article/view/25104. Acesso em: 10 jan. 2020.
PAIVA, V. L. M. de O. (2019). Métodos de Pesquisa Qualitativa. In: PAIVA, V. L. M. de O., Manual de Pesquisa em Estudos Linguísticos. São Paulo: Parábola, p. 59-103.
PENNYCOOK, A.; MAKONI, S. (2020). Introduction: Gazing from the South. In: PENNYCOOK, A.; MAKONI, S. (Org.), Innovations and challenges in Applied linguistics from the Global South. New York: Routledge, p. 1-18.
PENNYCOOK, A. (2023). Linguística Aplicada Indisciplinar como amálgama epistêmico. In: FABRÍCIO, B.; BORBA, R. (Org.), Oficina de Linguística Aplicada Indisciplinar. Campinas/SP: Editora da Unicamp, p. 47-78.
PETER. (2017). Social Inequalities Explained in a $100 Race - Please Watch to the End. Thanks. (4m12s). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=4K5fbQ1-zps. Acesso em: 13 mai. 2024.
QUIJANO, A. (2005). Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, E. (Org), A colonialidade do saber: Eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latinoamericanas. Colección Sur Sur, CLACSO, Ciudad Autónoma de Buenos Aires, Argentina: Setembro, p. 107-130.
RODA VIVA. (2022). Lázaro Ramos chora ao lembrar passado e poucas oportunidades a jovens negros. (3m50s). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=3z8CT6dq6Vs. Acesso em: 13 mai. 2024.
ROTH, D. M.; SELBACH, H. V.; FLORÊNCIO, J. A. (2016). Conversações indisciplinares na linguística aplicada brasileira entre 2005-2015. In: JORDÃO, C. M. (Org.), A linguística aplicada no Brasil: rumos e passagens. Campinas: Pontes, p. 17-57.
SALDAÑA, J. (2009). The coding manual for qualitative researchers. London: SAGE Publications Ltd.
SBS NEWS. (2022). 'She's Black!?': kids flip out over 'The Little Mermaid' trailer. (1m12s). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=9v__JVI8rE4. Acesso em: 13 mai. 2024.
SILVA, A. C.; MATOS, D. (2019). Linguística Aplicada e o SULear: práticas decoloniais na educação linguística em espanhol. Revista Interdisciplinar Sulear, UEMG, Ano 2, n. 2, setembro, p. 101-116. Edição Especial Dossiê SULear. Disponível em: https://sulear.com.br/beta3/wp-content/uploads/2020/01/Dossie-Sulear-SURear.pdf. Acesso em: 05 de out 2020.
SILVA, S. B. (2018). Educação linguística crítica, protagonismo e mobilidade: caminhos para viver a língua inglesa. In: PESSOA, R. R.; SILVESTRE, V. P. V.; MONTE MOR, W. (Org.), Perspectivas críticas de educação linguística no Brasil: trajetórias e práticas de professoras(es) universitárias(os) de inglês. São Paulo: Parábola Editorial, p. 211-222.
SOUSA SANTOS, B. (2018). Introducción a las Epistemologías del Sur. In: MENESES, M. P.; BIDASECA, K. A. (Orgs.), Epistemologías del Sur. Ciudad Autónoma de Buenos Aires: CLACSO; Coimbra: Centro de Estudos Sociais - CES, p. 25-61.
SOUZA, V. S.; SANTOS, R. V. (2012). O Congresso Universal de Raças, Londres, 1911: contextos, temas e debates. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas. v. 7, n. 3, p. 745–760.
NUPATI. Núcleo de Pesquisa e Ações da Terceira Idade. UFS, [s.d.]. Disponível em: https://nupati.ufs.br/pagina/7640. Acesso em: 12 mai. 2024.
VASQUEZ, V. M.; JANKS, H.; COMBER, B. (2019). Critical Literacy as a Way of Being and Doing. Language Arts, v. 96, n. 5, p. 300-311. Disponível em: https://hilaryjanks.files.wordpress.com/2020/09/vasquezjankscomber-cl_as_a_way_of_being_and-copy-3-1.pdf. Acesso em: 19 out. 2022.

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2024 Ana Karina de Oliveira Nascimento, Thiago de Melo Cardoso Santos