Resumo
Na “Disciplina da razão pura no uso dogmático” da Crítica da razão pura, Kant defende a tese segundo a qual as virtudes da matemática são o efeito de uma série de procedimentos que, no entanto eficazes na esfera daquela ciência, são impraticáveis no âmbito da ciência cuja possibilidade está sendo examinada, ou seja, a metafísica. Estes procedimentos são: definição, uso de axiomas e demonstração. Para o filósofo, não é possível fazer definições ou demonstrações no domínio filosófico, nem ter axiomas. Contudo, esclarece que estas não são viáveis no sentido em que o matemático as compreende. Este artigo explica como o matemático concebe estes três termos, segundo Kant.
Referências
Basso, P. (2004). Il secolo geometrico. La questione del metodo matematico in filosofia da Spinoza a Kant. Casa Editrice Le Lettere.
Capozzi, M. (2021). Kant sobre las definiciones matemáticas. Con-Textos Kantianos. International Journal of Philosophy, 14, 190–221.
Cote, S. (2017). Making : Kant on made a posteriori concepts. ProQuest.
Heimsoeth, H. (1966). Transzendentale Dialektik. Ein Kommentar zu Kants Kritik der reinen Vernunft (Vol. 4). Walter de Gruyter & Co.
Heis, J. (2014). Kant (vs. Leibniz, Wolff and Lambert) on real definitions in geometry. Canadian Journal of Philosophy, 44, 605–630.
Kant, I. (1900ss.). Gesammelte Schriften. Vol. 1–22 Preussische Akademie der Wissenschaften; vol. 23 Deutsche Akademie der Wissenschaften zu Berlin; desde vol. 24 Akademie der Wissenschaften zu Göttingen.
Kant, I. (1998). Logik-Vorlesung. Unveröffentlichte Nachschriften II: Logik Hechsel. Warschauer Logik (Kant-Forschungen 9). Meiner Verlag.
Kant, I. (2012). Crítica da razão pura (F. C. Mattos, Trad.). Vozes.
Kant, I. (2016). Crítica da faculdade de julgar (F. C. Mattos, Trad.). Vozes.
Loparic, Z. (2000). A semântica transcendental de Kant. UNICAMP.
Martínez, L. (2022). Kant on Mathematical Axioms. Estudos Kantianos, 10(1), 213–224.
Martínez, L. (2022b). Algunas apreciaciones acerca del concepto crítico de demostración. Anales del Seminario de Metafísica, 55(1), 109–124.
Rohs, P. (1998). Die Disziplin der reinen Vernunft.1. Abschnitt. In G. Mohr & M. Willaschek (Ed.). Kritik Der Reinen Vernunft (Klassiker Auslegen, pp. 547–570). Akademie Verlag.
Stuhlmann-Laeisz, R. (2015). Demonstration. In M. Willaschek, J. Stolzenberg, G. Mohr, S. Bacin (Eds.), Kant-Lexikon. De Gruyter.

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2023 Luciana Martínez