Sobre a suposta impossibilidade de interpretar Kant como um construtivista austero
PDF

Palavras-chave

Kant
Construtivismo
Distinção analítico-sintética
Imperativos
Metaética

Como Citar

Back, M. B. G., & Klein, J. T. (2023). Sobre a suposta impossibilidade de interpretar Kant como um construtivista austero. Kant E-Prints, 17(2), 7–35. Recuperado de https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/kant/article/view/8673582

Resumo

A argumentação desenvolvida no presente artigo se propõe a defender a interpretação austera do construtivismo em Kant das objeções a ela levantadas por Jeremy Schwartz (2017) em seu artigo Was Kant a ‘Kantian Constructivist’?. Tendo isso em vista, primeiramente, procede-se à reconstrução da interpretação de Schwartz para a distinção analítico-sintética na esfera prática a partir da caracterização por contradição e à indicação de objeções para sua aceitação. Na sequência, apresenta-se a caracterização de analiticidade por continência e como esta pode ser transposta para o caso dos imperativos sem resultar em conflitos com a interpretação austera do construtivismo. Por fim, delineiam-se considerações quanto à formalidade dos princípios constitutivos da razão prática e seu escopo, chegando à conclusão de que não se pode estabelecer uma identidade entre construtivismo austero e logicismo prático.

PDF

Referências

Hill, T. E., Jr. (1973). The Hypothetical Imperative. The Philosophical Review, 82(4), 429–450.

Kant, I. (2017). A metafísica dos costumes (J. Lamego, Trad.; 3ª ed.). Calouste Gulbenkian.

Kant, I. (1989). Crítica da razão pura (M. P. dos Santos e A. F. Morujão, Trad.; 2ª ed.). Calouste Gulbenkian.

Kant, I. (2011). Fundamentação da metafísica dos costumes (P. Quintela, Trad.; 2ª ed.). Edições 70.

Kant, I. (1997). Foundations of the metaphysics of morals (L. W. Beck, Trans.; 2nd ed.). Prentice-Hall, Inc.

Kant, I. (1993). Grounding for the metaphysics of morals: with, On a supposed right to lie because of philanthropic concerns (J. W. Ellington, Trans.; 3rd ed.). Hackett Publishing Company, Inc.

Kant, I. (2001). Groundwork of the metaphysics of morals (M. J. Gregor, Trans.). Virtual Publishing; Cambridge University Press.

Kohl, M. (2017). The normativity of prudence. Kant-Studien, 108(4), 517–542.

Korsgaard, C. M. (2008). The Constitution of Agency: Essays on Practical Reason and Moral Psychology. Oxford University Press.

Korsgaard, C. M., & O’Neill, O. (2010). The Sources of Normativity (14th ed.). Cambridge University Press.

MacFarlane, J. (2002). Frege, Kant, and the Logic in Logicism. Philosophical Review, 111, 25–65.

O’Neill, O. (2000). Constructions of Reason: Explorations of Kant's Practical Philosophy. Cambridge University Press.

Rawls, J. (1980). Kantian Constructivism in Moral Theory. The Journal of Philosophy, 77(9), 515–72.

Schwartz, J. (2017). Was Kant a ‘Kantian Constructivist’? Kantian Review, 22(2), 257–280.

Street, S. (2010). What is Constructivism in Ethics and Metaethics? Philosophy Compass, 5, 363–84.

Van Cleve, J. (1999). Problems from Kant. Oxford University Press.

Wood, A. (2002). The Final Form of Kant’s Practical Philosophy. In M. Timmons (Ed.), Kant’s Metaphysics of Morals. Interpretative Essays (pp. 1–21). Oxford University Press.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2023 Marina B. G. Back, Joel T. Klein

Downloads

Não há dados estatísticos.