Banner Portal
Organizações partidárias e seleção de candidatos no estado de São Paulo
PDF

Palavras-chave

Seleção de candidatos. Partidos políticos. Comportamento político
. Lista partidária. Eleições internas

Como Citar

BRAGA, Maria do Socorro Sousa. Organizações partidárias e seleção de candidatos no estado de São Paulo. Opinião Pública, Campinas, SP, v. 14, n. 2, p. 454–485, 2015. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/op/article/view/8641307. Acesso em: 22 jun. 2024.

Resumo

O objetivo deste artigo é investigar uma das principais funções dos partidos políticos em uma democracia representativa: organizar e controlar a produção de representação. Para isso, dois processos intrapartidários serão examinados: a formação e manutenção da estrutura organizacional e a seleção de candidatos à Câmara dos Deputados realizados pelo PFL, PP, PMDB, PSDB e PT no estado de São Paulo. A proposição que orienta a análise é que quanto maior o controle dos partidos políticos sobre esses dois processos, maior será a vitalidade de suas organizações partidárias na dinâmica representativa.

 

Abstract

This paper aims to investigate one of the main roles of political parties in a representative democracy: to organize and to control the production of representation. In order to do that, two internal party processes will be examined: the setting and maintaining of the party’s organizational structure and the candidate selection for the Camara dos Deputados in the state of Sao Paulo for the PFL, PP, PMDB, PSDB and PT parties. The analysis is based on the idea that the more control political parties have over these two processes, the more vital are their party organizations in the representative dynamics.

Keywords: candidates selection; political parties; behavior politician; partisan list; internal elections.

PDF

Referências

AMES, B. “Electoral Strategy under Open-List Proportional Representation”. American Journal of Political Science, vol.39, nº2, p.406-33, 1995.

BILLIE, L. “Democratizing a Democratic Procedure: Myth or Reality?” Party Politics, vol.7, nº3, 2001.

BRAGA, M. S. S. O Processo Partidário-Eleitoral Brasileiro: Padrões de Competição Política 1982-2002. São Paulo: Humanitas/Fapesp, 2006.

BRAGA, M. e PRAÇA, S. Recrutamento Partidário: Seleção de Candidatos à Câmara dos Vereadores paulistana In: BRAGA, M. S. e KINZO, M. D’Alva (orgs.). Eleitores eRepresentação Partidária no Brasil. São Paulo: Humanitas/CNPQ, 2007.

CAREY, J. M. e SHUGART, M. S. “Incentives to Cultivate a Personal Vote: a Rank Ordering of Electoral Formulas”. Electoral Studies, vol.14, nº4, p.417-439, 1995.

CROZIER, M. e FRIEDBERG, E. L’acteur et le systéme. Paris: Éditions du Seuil, 1977.

DUVERGER, M. Os Partidos Políticos. São Paulo: Zahar, 1970.

DUVERGER, M. Les Constitutions de La France. Paris: Presses Universitaires, 1971.

EPSTEIN, L. Political Parties in Western Democracies. New Brunswick, N. J.: Transaction, 1980.

FREIDENBERG, F. e LOPES, F. S. “Como se escolhe um candidato a Presidente? Regras e Práticas nos partidos políticos da América Latina”. Opinião Púbica, Campinas, vol.8, nº2, p.158-88, 2001.

GALLAGHER, M. and MARSH, M. (eds). Candidate Selection in Comparative Perspective: The Secret Garden of Politics. London: Sage, 1988.

GUARNIERI, F. Partidos, Seleção de Candidatos e Comportamento Político. Dissertação de Mestrado. DCP-USP, 2004.

HOPKIN, J. “The Emergence and Convergence of the Cartel Party: Parties, State and Economy in Southern Europe”. Paper prepared for panel on ‘The New Political Economy of European Political Parties’ at the Conference of Europeanists, Chicago, 2002.

KATZ, R. S. “The Problem of Candidate Selection and Models of Party Democracy”. Political Studies, vol.7, nº3, p.277–296, 2001.

KATZ, R. S. A Theory of Parties and Electoral System. Baltimore: Johns Hopkins University Press, 1980.

KATZ, R. e MAIR, P. (eds). How Parties Organize: Change and Adaptation in Party Organizations in Western Democracies. London: Sage Publications, 1994.

KATZ, R. e MAIR, P. “Changing Models of Party Organization and Party Democracy: The Emergence of the Cartel Party”, Party Politics, vol.1, 1995.

KEY, V. O. American state politics: an introduction. New York: Knopf, 1956.

KINZO, M. D’Alva. Oposição e Autoritarismo: Gênese e Trajetória do MDB (1966-1979). São Paulo: Vértice, Editora dos Tribunais, 1988.

KINZO, M. D’Alva. Radiografia do Quadro Partidário Brasileiro. São Paulo: Fundação KonradAdenauer, 1993.

LAMOUNIER, B. Prefácio. In: LAVAREDA, A. A Democracia nas urnas. Rio de Janeiro: Revan, 1999.

LAMOUNIER, B. A democracia brasileira de 1985 à década de 90: a síndrome da paralisia decisória. In: VELLOSO, J. P. dos Reis (Org.). Governabilidade, Sistema Político e Violência Urbana. Rio de Janeiro: José Olympio, 1994.

LAMOUNIER, B. Estrutura Institucional e Governabilidade na década de 1990. In: VELLOSO, J. P. dos Reis (Org.). O Brasil e as reformas políticas. Rio de Janeiro: José Olympio, 1992.

LIMA, Jr. O. B. Democracia e Instituições Políticas no Brasil dos Anos 80. São Paulo: Edições Loyola, 1993.

LIMONGI, F. Institucionalização Política. In: MICELI, S. (Org.). O que ler na ciência social brasileira (1970-1995). São Paulo: Editora Sumaré, 1999.

MAINWARING, S., O’DONNEL, G. e VENEZUELA, S. J. (eds.) Issues in Democratic Consolidation: The New South American Democracies in Comparative Perspective. Notre Dame: University of Notre Dame Press, 1992.

MAINWARING, S. e SCULLY, T. R. (eds.). Building Democratic Institutions: Party Systems in Latin America. Stanford: Stanford University Press, 1995.

MAINWARING, S. “Políticos, Partidos e Sistemas Eleitorais – O Brasil numa Perspectiva Comparada”. Novos Estudos, CEBRAP, nº29, 1991.

MAINWARING, S. “A democracia presidencialista multipartidária: o caso Brasil”. Lua Nova, nº28-29, p. 21-74, 1993.

MAINWARING, S. Rethinking Party Systems in the Third Wave of Democratization: The Case of Brazil. Stanford: Stanford University Press, 1999.

MAINWARING, S. Sistemas Partidários em novas democracias: o caso do Brasil. Porto Alegre: Mercado Aberto, 2001.

MAINWARING, S. “Os objetivos dos partidos sob regimes autoritários eleitorais ou democracias frágeis: jogo em duas frentes”. Revista Civitas, Porto Alegre, vol.2, nº2, p.249- 272, 2002.

MAIR, P. e KATZ, R How Parties Organize. Cambridge: Cambridge University Press, 1990.

MAIR, P. e BIEZEN, I. V. “Party Membership in Twenty European Democracies, 1980-2000”. Party Politics, vol.7, nº1, 2001.

MELHEM, C. S. Política de Botinas Amarelas: O MDB-PMDB paulista de 1965 a 1988. São Paulo: Hucitec, 1998.

MENEGUELLO, R. Partidos e tendências de comportamento: o cenário político em 1994. In: DAGNINO, E. (Org.). Anos 90: política e sociedade no Brasil. São Paulo: Editora Brasiliense, 1994.

PANEBIANCO, A. Modelos de Partidos. Madri: Fundo de Cultura Econômica, 2005[1992].

PENNINGS, P. e HAZAN, R. Y. “Democratizing Candidate Method Selection: Causes and Consequences”. Party Politics, vol.7, nº3, 2001.

RAHAT, G. e HAZAN, R. Y. “Candidate Selection Methods An analytical framework”. Political Studies, vol.7, nº3, p. 297-322, 2001.

RANNEY, A. “Candidate Selection”. In: BUTLER, D.; PENNIMAN, H. and RANNEY. A. (eds). Democracy at the Polls: a comparative study of competitive national elections. Washington DC: American Enterprise Institute of Public Research, 1981.

SAMUELS, D. “Determinantes do Voto Partidário em Sistemas Eleitorais Centrados no Candidato: Evidências sobre o Brasil”. Dados, vol.40, nº3, Rio de Janeiro, 1997.

SANTOS, A. M. “Não se fazem mais oligarquias como antigamente. Recrutamento Parlamentar, experiência política e vínculos partidários entre deputados brasileiros (1946- 1998)”. Tese de doutorado. UFRGS, 2000.

SARTORI, G. Parties and Party Systems. New York: Cambridge University Press, 1976.

SCHATTSCHNEIDER, E. E. Party Government. Nova York: Holt, Rinehart and Winston, 1941.

SCHLESINGER, J. Political Parties and the winning of office. AnnAnbor: The University Michigan Press, 1991.

TAVARES, J. A. G. Reforma Política e Retrocesso Democrático: agenda para Reformas pontuais no sistema eleitoral e partidário brasileiro. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1998.

A Opinião Pública utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.