Banner Portal
Os determinantes da avaliação da economia na eleição presidencial brasileira em 2014
PDF

Palavras-chave

Determinantes da avaliação econômica. Eleição presidencial do Brasil - 2014. Voto econômico no Brasil. CSES - Eseb – 2014.

Como Citar

VEIGA, Luciana Fernandes; ROSS, Steven Dutt. Os determinantes da avaliação da economia na eleição presidencial brasileira em 2014. Opinião Pública, Campinas, SP, v. 22, n. 3, p. 524–549, 2017. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/op/article/view/8648255. Acesso em: 20 abr. 2024.

Resumo

Este artigo analisa os determinantes da avaliação econômica retrospectiva sociotrópica na eleição presidencial no Brasil em 2014, com base: a) no conhecimento que o eleitor possui a partir de informação objetiva da economia; b) no conhecimento que o eleitor possui a partir de sua experiência vivida/sensação de mobilidade social; c) a sua afetividade partidária; d) a sua identidade ideológica. Nossa contribuição foi mostrar que: a) ter conhecimento/informação objetiva da economia não tem impacto na avaliação da economia; b) o conhecimento advindo da experiência vivida, identificado aqui como sensação de mobilidade social, não impacta na avaliação da economia no sentido esperado – mais ascensão, mais tendência de avaliação positiva; c) a afetividade partidária, por sua vez, demonstrou forte impacto na avaliação da economia. O artigo usa dados do CSES/Eseb – Estudo Eleitoral Brasileiro.
PDF

Referências

ALVAREZ, R. M.; NAGLER, J. “When politics and models collide: estimating models of multiparty elections”. American Journal of Political Science, p. 55-96, 1995.

ALVAREZ, R. M.; NAGLER, J.'' Economics, issues and the Perot candidacy: voter choice in the 1992 presidential election”. American Journal of Political Science, p. 714-744, 1998.

AMARAL, O. E.; RIBEIRO, P. F. “Por que Dilma de novo? Uma análise exploratória do Estudo Eleitoral Brasileiro de 2014”. Revista de Sociologia e Política, vol. 23, n° 56, p. 107-123, 2015. Disponível em: https://dx.doi.org/10.1590/1678-987315235605. Acesso em: 10 jul. 2016.

BERELSON, B. R.; LAZARSFELD, P. F.; McPHEE, W. F. Voting. Chicago: University of Chicago Press, 1954.

BORBA, F. M.; VEIGA, L. F.; MARTINS, F. B. “Propaganda negativa na campanha presidencial em 2014. Ou como tudo que é frágil se desmancha no ar”. Revista Estudos Políticos, vol. 6, p. 182-200, 2015.

CARREIRÃO, Y. S. A decisão de voto nas eleições presidenciais brasileiras. Florianópolis/Rio de Janeiro: EdUFSC/FGV, 2002.

CARREIRÃO, Y. S. A. “Identificação ideológica, partidos e voto na eleição presidencial de 2006”. Opinião Pública, vol. 13, n° 2, p. 307-339, 2007.

DAHL, R. Pluralist democracy in the United States: conflict and consent. Chicago: Rand McNally, 1967.

DE BOEF, S.; KELLSTEDT, P. M. “The political (and economic) origins of consumer confidence”. American Journal of Political Science, vol. 48, n° 4, p. 633-649, 2004.

DOWNS, A. An economic theory of democracy. New York: Harper & Row, 1957.

DUCH, R. M.; STEVENSON, R. T. The economic vote: how political and economic institutions condition election results. Cambridge: Cambridge University Press, 2008.

DUCH, R. M.; STEVENSON, R. T. “Context and economic expectations: when do voters get it right?”. British Journal of Political Science, vol. 41, nº 1, p. 1-31, 2011. doi: 10.1017/S0007123410000323. Acesso em: 28 nov. 2016.

DUCH, R. M.; PALMER, H. D.; ANDERSON, C. J. “Heterogeneity in perceptions of national economic conditions”. American Journal of Political Science, vol. 44, nº 4, pp. 635-652, October, 2000.

ERIKSON, R. S. “Macro vs. micro-level perspectives on economic voting: is the micro-level evidence endogenously induced?”. Paper prepared for the 2004 Political Methodology Meetings, July, p. 29-31, Stanford University, 2004.

FIORINA, M. Retrospective voting in American national elections. New Haven: Yale Press University, 1981.

FOX, J. “Effect displays for generalized linear models”. Sociological Methodology, vol. 17, p. 347-361, 1987.

FOX, J. “Effect displays in R for generalised linear models”. Journal of Statistical Software, vol. 8, n° 15, p. 1-27, 2003. Disponível em: http://www.jstatsoft.org/v08/i15/. Acesso em: 10 jul. 2016.

FREY, B. S.; HERMANN, G. “Politic-economics: on estimation in political economy”. Political Studies, vol. 19, p. 316-320, 1971.

IYENGAR, S. “Television news and citizens explanations of national affairs”. American Political Science Review, vol. 81, p. 815-832, 1987.

KEY, V. O. The responsible electorate: rationality in presidential voting, 1936-1960. Cambridge, Mass: Belknap Press of Harvard University Press, 1966.

KIEWIET, D. R. Macroeconomics and micropolitics: the electoral effects of economic issues. Chicago: University of Chicago Press, 1983.

KRAMER, G. “Short-term fluctuations in U.S. voting behavior, 1986-1964”. American Political Science Review, vol. 65, p. 131-143, 1971.

KRAMER, G. “The ecological fallacy revisited: aggregate vs. individual-level findings on economics and elections, and sociotropic voting”. American Political Science Review, n° 65, p. 131-143, 1983.

LAU, R. R.; REDLAWSK, D. P. “Voting correctly”. American Political Science Review, vol. 91, n° 3, p. 585-598, 1997. Disponível em: http://www.uvm.edu/~dguber/POLS234/articles/lau.pdf. Acesso em: 28 nov. 2016.

LEWIS-BECK, M.; STEGMAIER, M. Economic models of voting. In: DALTON, R.; KLINGEMANN, H. (eds.). The Oxford Handbook of Political Behavior. Oxford: Oxford University Press, p. 518-538, 2008.

LUPIA, A.; MCCUBBINS, M. The democratic dilemma: can citizens learn what they need to know? Cambridge: Cambridge University Press, 1998.

MENDES, M. T.; VENTURI, G. “Eleição presidencial: o Plano Real na sucessão de Itamar Franco”. Opinião Pública, Campinas, vol. 2, n° 2, p. 39-48, 1994.

MENEGUELLO, R. "Electoral behavior in Brazil: the 1994 presidential elections”. Social Science Journal, vol. 146, Unesco, 1994.

PALMER, H.; DUCH, R. “Do surveys provide representative or whimsical assessments of the economy?”. Political Analysis, vol. 9, p. 58-77, 2001.

PASCOM, A. R. P. “Mudança no comportamento reprodutivo das mulheres brasileiras: um estudo comparativo entre 1986 e 1996”. Dissertação de Mestrado em Estudos Populacionais e Pesquisas Sociais, Ence, IBGE, jul. 2002.

PEIXOTO, V.; RENNÓ, L. “Mobilidade social ascendente e voto: as eleições presidenciais de 2010 no Brasil”. Opinião Pública, vol. 17, n° 2, p. 304-332, 2011.

POPKIN, S. The reasoning voter: communication and persuasion in presidential campaigns. Chicago: University of Chicago Press, 1991.

POWELL, G. B.; WHITTEN, G. D. “A cross-national analysis of economic voting: taking account of the political context”. American Journal of Political Science, vol. 37, p. 391-414, 1993.

SINGER, A. V. Esquerda e direita no eleitorado brasileiro: a identificação ideológica nas disputas presidenciais de 1989 e 1994. São Paulo: Edusp, 2000.

STROM, K.; LIPSET, S. “Macroeconomics and macropolitics: The electoral performance of democratic governments”. Anais American Political Science Association, Washington, DC, 1984.

VEIGA, L. F. “Economic voting in an age of growth and poverty reduction: electoral response in Latin America (1995-2010)”. Working Paper, Center for the Study of Democracy, University of California, Irvine, 2013.

WLEZIEN, C.; FRANKLIN, M., TWIGGS, D. “Economic perceptions and vote choice: disentangling the endogeneity”. Political Behavior, vol. 19, p. 7-17, 1997.

ZALLER, J. “Floating voters in US presidential elections, 1948–2000”. In: SNIDERMAN, P.; SARIS, W. (eds.). The issue of belief: essays in the intersection of non attitudes and attitude change. Amsterdam: University of Amsterdam Press, 2004.

A Opinião Pública utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.