Banner Portal
Como os brasileiros escolhem os governadores? desvendando as razões do voto para os executivos estaduais no Brasil em 2014
PDF

Palavras-chave

Comportamento eleitoral. Eleições - 2014. Governos estaduais.

Como Citar

AMARAL, Oswaldo E. do; TANAKA, Marcela. Como os brasileiros escolhem os governadores? desvendando as razões do voto para os executivos estaduais no Brasil em 2014. Opinião Pública, Campinas, SP, v. 22, n. 3, p. 675–701, 2017. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/op/article/view/8648261. Acesso em: 10 maio. 2024.

Resumo

Apesar da importância das disputas para os governos estaduais na política brasileira, pouco se sabe a respeito dos fatores que levam às escolhas dos eleitores para esses pleitos. Existem fatores comuns que ajudam a explicar a escolha dos eleitores em todo o país para os governos estaduais? Qual é o peso da avaliação do governo federal e da percepção sobre o desempenho da economia do país nas eleições nas unidades da federação? Candidatos à reeleição ou apoiados pelo governador são beneficiados pela avaliação positiva do governo federal? A preferência partidária importa na hora de escolher os candidatos a governador? Essas são as perguntas que buscamos responder, ainda que de maneira preliminar, neste artigo. Para isso, realizamos análises multivariadas a partir dos dados de nível individual produzidos pelo Estudo Eleitoral Brasileiro (Eseb) de 2014. Os resultados indicam que a preferência partidária, assim como nas eleições presidenciais, é importante elemento de escolha nos pleitos para os governos estaduais, e que a disputa entre PT e PSDB no plano nacional acaba por influenciar também o âmbito estadual. 

PDF

Referências

ABRUCIO, F. L. Os barões da federação: os governadores e a redemocratização brasileira. São Paulo: Hucitec, 1998.

AFONSO, J. R., et al. In: BROSIO, G.; JIMÉNEZ, J. P (eds.). Decentralization and reform in Latin America. Cheltenham: Edward Elgar/Cepal, 2012.

ALMEIDA, M. H. T.; CARNEIRO, L. P. “Definindo a arena política local: sistemas partidários municipais na federação brasileira”. Dados, vol. 51, nº 2, p. 403-432, 2008.

AMARAL, O. E.; RIBEIRO, P. F. “Por que Dilma de novo? Uma análise exploratória do Estudo Eleitoral Brasileiro de 2014”. Revista de Sociologia e Política, vol. 23, nº 56, p. 107-123, 2015.

ATKESON, L. R.; PARTIN, R. W. “Economic and referendum voting: a comparison of gubernatorial and senatorial elections”. American Political Science Review, vol. 89, nº 1, p. 99-107, 1995.

BOHN, S. “Institutional, societal and economic determinants of party system size: evidence from Brazil”. International Political Science Review, vol. 37, nº 1, p. 3-17, 2016.

BRAGA, M. S. S.; PIMENTEL JR., J. “Os partidos políticos brasileiros realmente não importam?”. Opinião Pública, vol. 17, nº 2, p. 271-303, 2011.

BROWN, A. “Are governors responsible for the state economy? Partisanship, blame and divided federalism”. The Journal of Politics, vol. 72, nº 3, p. 605-615, 2010.

CARREIRÃO, Y. S. A decisão de voto nas eleições presidenciais brasileiras. Florianópolis/Rio de Janeiro: Editora da UFSC/FGV, 2002.

CARREIRÃO, Y. S. “Identificação ideológica, partidos e voto na eleição presidencial de 2006”. Opinião Pública, vol. 13, nº 2, p. 307-339, 2007.

CARREIRÃO, Y. S.; KINZO, M. D. “Partidos políticos, preferência partidária e decisão eleitoral no Brasil (1989/2002)”. Dados, vol. 47, nº 1, p. 131-168, 2004.

CARSEY, T. M.; WRIGHT, G. C. “State and national factors in gubernatorial and senatorial elections”. American Journal of Political Science, vol. 42, p. 994-1002, 1998.

DOWNS, A. Uma teoria econômica da democracia. São Paulo: Edusp, 1999.

HOLZHACKER, D.; BALBACHEVSKY, E. “Classe, ideologia e política: uma interpretação dos resultados das eleições de 2002 e 2006”. Opinião Pública, vol. 13, nº 2, p. 283-306, 2007.

HUNTER, W.; POWER, T. “Rewarding Lula: Executive Power, social policy, and the Brazilian elections of 2006”. Latin American Politics and Society, vol. 49, nº 1, p. 1-30, 2007.

KRAMER, G. H. “Short-term fluctuations in U.S. voting behavior, 1896-1964”. The American Political Science Review, vol. 65, nº 1, p. 131-143, 1971.

KRAMER, G. H. “The ecological fallacy revisited: aggregate-versus individual level findings on economics and elections, and sociotropic voting”. The American Political Science Review, vol. 77, nº 1, p. 92-111, 1983.

KINDER, D. R.; KIEWIET, D. R. “Sociotropic politics: the American case”. British Journal of Political Science, vol. 11, nº 2, p. 129-161, 1981.

LEWIS-BECK, M. S. “Does economics still matter? Econometrics and the vote”. The Journal of Politics, vol. 68, nº 1, p. 208-212, 2006.

LIMA JUNIOR, O. B. Os partidos políticos brasileiros – A experiência federal e regional: 1945/64. Rio de Janeiro: Graal, 1983.

LIMONGI, F.; CORTEZ, R. “As eleições de 2010 e o quadro partidário”. Novos Estudos, nº 88, p. 21-37, 2010.

LIMONGI, F.; GUARNIERI, F. “Competição partidária e voto nas eleições presidenciais no Brasil”. Opinião Pública, vol. 21, nº 1, p. 60-86, 2015.

LIMONGI, F.; VASSELAI, F. “Coordenando candidaturas: coligações e fragmentação partidária nas eleições gerais brasileiras”. In: Anais do X Encontro da ABCP, Belo Horizonte, 2016.

MAINWARING, S.; Power, T. J.; BIZZARRO NETO, F. The uneven institutionalization of a party system: Brazil. In: MAINWARING, S. (ed.). Party systems in Latin America: institutionalization, decay, and collapse. Cambridge: Cambridge University Press, p. 1-54, no prelo.

MELO, C. R. “Eleições presidenciais, jogos aninhados e sistema partidário no Brasil”. Revista Brasileira de Ciência Política, nº 4, p. 13-41, 2010.

MELO, C. R.; CÂMARA, R. “Estrutura de competição pela presidência e consolidação do sistema partidário no Brasil”. Dados, vol. 55, nº 1, p. 71-117, 2012.

MENEGUELLO, R. “Las elecciones de 2010 y los rumbos del sistema de partidos brasileño. Política nacional, fragmentación y lógica de coaliciones”. In: SÁEZ, M. A.; TAGINA, M. L. (eds.). América Latina: política y elecciones del bicentenario (2009-2010). Madrid: Centro de Estudios Politicos y Constitucionales, p. 449-497, 2011.

MIRANDA, G. “Coligações eleitorais: tendências e racionalidades nas eleições federais e majoritárias estaduais (1990-2010)”. Revista de Sociologia e Política, vol. 21, nº 47, p. 69-90, 2013.

NICOLAU, J. “An analysis of the 2002 presidential elections using logistic regression”. Brazilian Political Science Review, vol. 1, nº 1, p. 125-135, 2007.

NICOLAU, J. Vermelhos e azuis: um estudo sobre os determinantes do voto nas eleições presidenciais brasileiras (2002-2010)”. In: Anais do IX Encontro da ABCP, Brasília, DF, 2014a.

NICOLAU, J. “Determinantes do voto no primeiro turno das eleições presidenciais brasileiras de 2010: uma análise exploratória”. Opinião Pública, vol. 20, nº 3, p. 311-325, 2014b.

NICOLAU, J.; PEIXOTO, V. “Uma disputa em três tempos: uma análise das bases municipais das eleições presidenciais de 2006”. In: Anais do 31° Encontro Anual da Anpocs, Caxambu, MG, 2007.

ORTH, D. A. “Accountability in a federal system: the governor, the president, and economic expectations”. State Politics and Policy Quartely, nº 1, p. 412-432, 2001.

PEIXOTO, V.; RENNÓ, L. “Mobilidade social ascendente e voto: as eleições presidenciais de 2010 no Brasil”. Opinião Pública, vol. 17, nº 2, p. 304-332, 2011.

REMMER, K.; GÉLINEAU, F. “Subnational electoral choice economic and reerendum voting in Argentina, 1983-1999”. Comparative Political Studies, vol. 36, nº 7, p. 801-821, 2003.

REMMER, K.; GÉLINEAU, F. “Political decentralization and electoral accountability: the Argentine experience, 1983-2001”. British Journal of Political Science, vol. 36, p. 133-157, 2005.

RENNÓ, L. “Escândalos e voto: as eleições presidenciais brasileiras de 2006”. Opinião Pública, vol. 13, nº 2, p. 260-282, 2007.

RENNÓ, L.; CABELLO, A. “As bases do lulismo: a volta do personalismo, realinhamento ideológico ou não alinhamento?”. Revista Brasileira de Ciências Sociais, vol. 25, nº 74, p. 39-60, 2010.

RIBEIRO, E.; CARREIRÃO, Y. S.; BORBA, J. “Sentimentos partidários e atitudes políticas entre os brasileiros”. Opinião Pública, vol. 17, nº 2, p. 336-368, 2011.

RODDEN, J.; WIBBELS, E. “Dual accountability and the nationalization of party competition: evidence from four federations”. Party Politics, vol. 16, p. 1-25, 2010.

SAMUELS, D. Ambition, federalism, and legislative politics in Brazil. Cambridge: Cambridge University Press, 2003.

SIMON, D. M. “President, governors, and electon accountability”. Journal of Politics, vol. 51, pp. 286-304, 1989.

SIMON, D. M.; OSTROM, C. W.; MARRA, R. F. “The president, referendum voting, and subnational elections in the United States”. American Political Science Review, vol. 85, nº 4, p. 1.177-1.192, 1991.

SINGER, A. “Raízes sociais e ideológicas do lulismo”. Novos Estudos, nº 85, p. 83-102, 2009.

WEYLAND, K. “Peasants or bankers in Venezuela? Presidential popularity and economic reform approval, 1989-1993”. Political Research Quarterly, vol. 51, nº 2, p. 341-362, 1998.

ZUCCO JR., C. “The presidents ‘new’ constituency: Lula and the pragmatic vote in Brazil's 2006 presidential election”. Journal of Latin American Studies, vol. 40, nº 1, p. 29-49, 2008.

ZUCCO JR., C. “When payouts pay off: conditional cash transfers and voting behavior in Brazil 2002-2010”. American Journal of Political Science, vol. 57, nº 4, p. 810-822, 2013.

A Opinião Pública utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.