Banner Portal
Explicações assimétricas para a desconfiança em partidos políticos no Brasil
PDF

Palavras-chave

Confiança. Partidos políticos. Brasil.

Como Citar

LAZZARI, Eduardo Alves. Explicações assimétricas para a desconfiança em partidos políticos no Brasil. Opinião Pública, Campinas, SP, v. 23, n. 2, p. 334–360, 2017. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/op/article/view/8650183. Acesso em: 17 jul. 2024.

Resumo

Por que os brasileiros não confiam em partidos políticos? Essa é a pergunta-chave deste artigo. Analisa-se essa pergunta com a mobilização de hipóteses da área, englobando argumentos racionalistas e culturalistas. Para respondê-la, utiliza-se de survey representativo da população brasileira e conduzido pelo Nupps/USP em 2014, em que regressões logísticas ordinais são executadas. Os resultados mostram, em primeiro lugar, que hipóteses avaliativas e a confiança interpessoal são os condicionantes dessa atitude no país. Em segundo lugar, observa-se que os efeitos dessas hipóteses são assimétricos, levando a uma reflexão acerca das diferenças conceituais entre desconfiança e confiança em partidos no Brasil para um melhor entendimento das dinâmicas da representação no país.
PDF

Referências

Bloom, H.; Price, D. “Voter response to short-run economic conditions: the asymmetric effect of prosperity and recession”. The American Political Science Review, Cambridge, vol. 69, n° 4, p. 1.240-1.254, 1975.

Booth, J.; Seligson, M. The legitimacy puzzle in Latin America: political support and democracy in eight nations. Cambridge: Cambridge University Press, 2009.

Carneiro, G.; Moisés, J. “Sobre o enraizamento dos partidos políticos na sociedade brasileira”. Interesse Nacional, ano 7, nº 28, 2015.

Chaia, V.; Teixeira, M. “Democracia e escândalos políticos”. São Paulo em Perspectiva, São Paulo, vol. 15, nº 4, 2001.

Clagget, W. “A reexamination of the asymmetry hypothesis: economic expansions, contractions and congressional elections”. The Western Political Quarterly, Salt Lake City, vol. 39, n° 4, p. 623-633, 1986.

Clark, W.; Gilligan, M.; Golder, M. “A simple multivariate test for asymmetric hypothesis”. Political Analysis, Oxford, vol. 14, p. 311-331, 2006.

Dalton, R.; Wattenberg, M. Parties without partisans: political change in advanced industrial societies. Oxford: Oxford University Press, 2000.

Duch, R.; Stevenson, R. The economic vote: how political and economic institutions condition election results. Cambridge: Cambridge University Press, 2008.

Easton, D. “A re-assessment of the concept of political support”. British Journal of Political Science. Cambridge, vol. 5, n° 4, p. 435-457, 1975.

Hardin, R. Do we want trust in government?. In: Warren, M. (ed.). Democracy and trust. Cambridge: Cambridge University Press, 1999.

Inglehart, R.; Flanagan, S. “Value change in industrial societies”. The American Political Science Review, Cambridge, vol. 81, nº 4, p. 1.289-1.319, 1987.

Katz, R.; Mair, P. How parties organize: change and adaptation in party organizations in Western democracies. Londres: Sage Publications, 1994.

Kinzo, M. Representação política e sistema eleitoral no Brasil. São Paulo: Edições Símbolo, 1980.

Lavalle, A.; Houtzager, P.; Castello, G. “Democracia, pluralização da representação e sociedade civil”. Lua Nova, São Paulo, n° 67, p. 49-103, 2006.

Lijphart, A. Modelos de democracia. São Paulo: Civilização Brasileira, 2003.

Manin, B. The principles of representative government. Cambridge: Cambridge University Press, 1995.

Manin, B.; Przeworski, A.; Stokes, S. “Eleições e representação”. Lua Nova, São Paulo, n° 67, p. 105-138, 2006.

Mesquita, N. Jornal Nacional, democracia e confiança nas instituições democráticas. In: Moisés, J. (ed.). Democracia e confiança: por que os cidadãos desconfiam das instituições públicas? São Paulo: Edusp, 2010.

Mesquita, N. Mídia e apoio político à democracia no Brasil. In: Moisés, J .; Meneguello, R. (eds.). A desconfiança política e os seus impactos na qualidade da democracia. São Paulo: Edusp, 2013.

Mill, J. S. Considerações sobre o governo representativo. São Paulo: Escala, 2006.

Moisés, J.; Meneguello, R. (eds.). A desconfiança política e os seus impactos na qualidade da democracia. São Paulo: Edusp, 2013.

Norris, P. Critical citizens: global support for democratic governance. Oxford: Oxford University Press, 1999.

Norris, P. Democratic deficit: critical citizens revisited. New York: Cambridge University Press, 2011.

Nupps/usp. Brasil, 25 anos de democracia – balanço crítico: políticas públicas, instituições, sociedade civil e cultura política. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2014.

Pitkin, H. The concept of representation. Berkeley: University of California Press, 1972.

Porto, M. “La crisis de confianza en la política y sus instituciones: los medios y la legitimidade de la democracia en Brasil”. América Latina Hoy, Salamanca, nº 25, 2000.

Putnam, R. “Tuning in, tuning out: the strange disappearance of social capital in America”. Political Studies and Politics, Cambridge, vol. 28, n° 4, p. 664-683, 1995.

Sztompka, P. Trust: a sociological theory. Cambridge: Cambridge University Press, 1999.

Torcal, M.; Gunther, R.; Montero, J. Anti-party sentiments in Southern Europe. In: Gunther, R.; Montero, J. R.; Linz, J. J. (eds.). Political parties: old concepts and new challenges. Oxford: Oxford University Press, 2002.

Urbinati, N. “O que torna a representação democrática?”. Lua Nova, São Paulo, n° 67, p. 191-228, 2006.

Whitten, G.; Palmer, H. “Heightening ‘comparativists’ concern for model choice: voting behavior in Great Britain and the Netherlands”. American Journal of Political Science, East Lansing, vol. 40, nº 1, p. 231-260, 1996.

A Opinião Pública utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.