Banner Portal
Ministério público
PDF

Palavras-chave

Ministério público
Independência funcional
Política institucional
Judicialização da política

Como Citar

SAMPAIO, Marianna. Ministério público: a independência funcional impede uma política institucional?. Opinião Pública, Campinas, SP, v. 28, n. 1, p. 200–236, 2022. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/op/article/view/8669225. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

O artigo analisa o Plano Geral de Atuação (PGA) do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP), instrumento que fixa as metas prioritárias anuais de desempenho de promotores e procuradores, examinando (i) a relação entre política institucional e independência funcional e (ii) a visão dos promotores e procuradores acerca do papel do MP e a implicação disso para a judicialização da política. Trata-se de um estudo de caso múltiplo com metodologia qualitativa. As metas dos PGAs foram classificadas e quantificadas. Foram também realizadas entrevistas semiestruturadas com integrantes do MP. Demonstra-se neste artigo que o PGA é concebido como um instrumento para tentar influenciar a agenda do Poder Executivo e que o estabelecimento eficiente de uma política institucional (i) depende da interpretação do conceito de independência funcional e (ii) poderia agravar o quadro de judicialização da política.

PDF

Referências

ARANTES, R. B. “Direito e política: o Ministério Público e a defesa dos direitos coletivos”. Revista Brasileira de Ciências Sociais, vol. 14, nº 39, p. 83-102, 1999.

ARANTES, R. B. Ministério público e política no Brasil. São Paulo: Educ: Editora Sumaré: Fapesp, 2002.

ARANTES, R. B.; MOREIRA, T. M. “Democracia, instituições de controle e justiça sob a ótica do pluralismo estatal”. Opinião Pública, vol. 25, nº 1, p. 97-135, 2019.

CAMBI, E. “Independência funcional e planejamento estratégico do Ministério Público”. De Jure - Revista Jurídica do Ministério Público de Minas Gerais, vol. 14, nº 24, p. 86-137, 2015.

CARVALHO, E.; LEITÃO, N. “The new Public Attorney and process of judicialization of politics”. Direito GV Law Review, vol. 6, n° 2, p. 399-422, 2010.

CASAGRANDE, C. Ministério Público e a judicialização da política: estudos de casos. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris Editor, 2008.

DAL POZZO, A. A. F. “‘Democratização da justiça’: atuação do Ministério Público”. Justitia, vol. 127, p. 42-50, 1984.

FERRAZ, A. A. M. C.; CAMARGO, M. Ministério Público: instituição e processo. São Paulo: Atlas, 1997.

FERRAZ, A. A. M. C.; GUIMARÃES JÚNIOR, J. L. A necessária elaboração de uma nova doutrina de Ministério Público, compatível com seu atual perfil constitucional. São Paulo: Atlas, 1997.

GOULART, M. P. Elementos para uma teoria geral do Ministério Público. Belo Horizonte: Arraes, 2013.

KERCHE, F. “Autonomia e discricionariedade do Ministério Público no Brasil”. Dados, vol. 50, nº 2, p. 259-279, jul. 2007.

KERCHE, F. Virtude e limites: autonomia e atribuições do Ministério Público no Brasil. São Paulo: Edusp, 2009.

KERCHE, F. “Independência, Poder Judiciário e Ministério Público”. Caderno CRH, vol. 31, p. 567-580, 2018.

KERCHE, F.; OLIVEIRA, V. E. D.; COUTO, C. G. “Os Conselhos Nacionais de Justiça e do Ministério Público no Brasil: instrumentos de accountability?”. Revista de Administração Pública, vol. 54, p. 1.334-1.360, 2020.

LEMGRUBER, J., et al. Ministério Público: guardião da democracia brasileira? Rio de Janeiro: CESeC, 2016.

MARQUES, J. B. D. A. “A implantação do planejamento no Ministério Público”. Revista Justitia, vol. 32, nº 71, p. 308, 1970.

MAZZILLI, H. N. “Os limites da independência funcional no Ministério Público”. Revista dos Tribunais, vol. 715, 1995.

MAZZILLI, H. N. “Compromisso de ajustamento de conduta: evolução e fragilidades-atuação do Ministério Público”. Direito e Liberdade, vol. 1, nº 1, p. 225-246, 2005.

MAZZILLI, H. N. Ministério Público. [s.l.]: D. de Jesus, 2005.

MAZZILLI, H. N. Ministério Público. São Paulo: Malheiros, 2015.

MUSSE, L. B.; PESSOA, O. A. G.; SOUZA, S. L. D. N. S. D. “Entre judicialização e juridicização: por um Ministério Público resolutivo nas políticas públicas de saúde mental”. Texto para Discussão – Ipea, 2019.

OLIVEN, R. G.; RIDENTI, M.; BRANDÃO, G. M. (Orgs.). A constituição de 1988 na vida brasileira. São Paulo: Aderaldo & Rothschild Editores, 2008.

RODRIGUES, J. G. Ministério Público resolutivo: a atual missão institucional. In: Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais. Ministério Público: o pensamento institucional contemporâneo. [s.l.] 2012.

SADEK, M. T. Ministério Público: a construção de uma nova instituição. In: OLIVEN, R. G.; RIDENTI, M.; BRANDÃO, G. M. (Orgs.). A Constituição de 1988 na vida brasileira. São Paulo: Aderaldo & Rothschild, p. 110-129, 2008.

SILVA, C. A. Justiça em jogo: novas facetas da atuação dos promotores de justiça. São Paulo: USP, 2001.

VIEGAS, J. F. M. “A intervenção do Ministério Público no cível”. Revista Justitia, vol. 63, nº 196, p. 415, 2001.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2022 Opinião Pública

Downloads

Não há dados estatísticos.