Banner Portal
Os partidos Uruguaios: a transição na transição
PDF

Palavras-chave

Partidos políticos. Democratização. Frente Amplio. Sistema partidário

Como Citar

LANZARO, Jorge. Os partidos Uruguaios: a transição na transição. Opinião Pública, Campinas, SP, v. 9, n. 2, p. 46–72, 2015. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/op/article/view/8641133. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

Este artigo analisa a transição e a vitalidade atual do sistema partidário uruguaio. Após um período de crise, que culminou com o rompimento da democracia nos anos sessenta, nos anos noventa o sistema partidário recupera sua centralidade conduzindo o processo de transição democrática. Durante esse processo, observa-se o realinhamento do sistema partidário, que tende a tornar-se um sistema de multipartidarismo moderado, com o amadurecimento e fortalecimento da esquerda, representada sobretudo pelo Frente Amplio. O crescimento deste último deveu-se à sua capacidade de confrontar os partidos tradicionais e também por seu desenvolvimento como partido “catch-all”, marcado pela reconversão ideológica e competição pelo centro, conforme aumentavam suas chances eleitorais. O crescimento do Frente Amplio implicou ainda, para os partidos tradicionais, o ingresso em um processo de aprendizagem de compromisso e participação em governos de coalizão e, para o processo de transição liberal, a formação de um quadro de distâncias ideológicas moderadas, sem polarização. Todavia, a clivagem esquerda-direita serve ainda de eixo para a competição eleitoral.

 

Abstract

This article analyses the political transition and the current vitality of the Uruguayan party system. After a period of crisis that lead to the rupture of democracy in the seventies, in the nineties the party system retrieved its centrality in the process of the democratization. During this process, the party realignment resulted in a moderate multipartysm, with a strengthened left, mainly represented by the Frente Amplio. The rise of the Frente Amplio resulted of its capacity to confrontate the traditional parties, its evolution as a catch-all organization, its ideological transformation and electoral performance. To the traditional parties this process promoted the learning of political compromises and participation in government coalitions; to the process of liberal transition, it resulted in a political scenery with moderate ideological distances, without polarization. However, the left-right parameters still defines the axis of electoral competition. 

Key words: political parties, democratization, Frente Amplio, party system

PDF

Referências

ABRANCHES, Sérgio H. Presidencialismo de coalizão: o dilema institucional brasileiro. Dados, Rio de Janeiro, nº 1, 1988.

ALCÁNTARA, Manuel & FREIDENBERG, Flavia. Los partidos políticos en América Latina. Salamanca: Universidad de Salamanca, 2001.

CANZANI, Agustín. Mensajes en una botella: analizando las elecciones de 1999-2000.In Elecciones 1999-2000. Montevidéo: Instituto de Ciencia Política, Ediciones de la Banda Oriental.

CASTLES, Francis e WILDENMANN, Rudolf (eds.). The Future of Party Government. Berlim: de Gruyter, 1986.

CHASQUETTI, Daniel. La renovación del Parlamento, 1985-1999. Montevidéo: Instituto de Ciencia Política, Working Paper, 2000.

COLLIER, David e COLLIER, Ruth Berins. Shaping the Political Arena. Princeton: Princeton University Press, 1991.

COPPEDGE, Michael. Latin American Parties: Political Darwinism in the Lost Decade. In DIAMOND, Larry & GUNTHER, Richard (eds.). Political Parties and Democracy. The Johns Hopkins University Press, 2002.

DAHL, Robert. A Preface to Democratic Theory. Chicago: University of Chicago Press, 1956.

DAHL, Rober. Polyarchy: Participation and Opposition. New Haven: Yale University Press, 1971.

DOWNS, Anthony. An Economic Theory of Democracy. New York: Harper Collins, 1957.

DUVERGER, Maurice. Les partis politiques. Paris: Armand Colin, 1951.

GONZÁLEZ, Luis E. Los partidos establecidos y sus desafiantes. In Los partidos políticos uruguayos en tiempos de cambios. Montevidéo: Universidad Católica, 1999.

GRAMSCI, Antonio. Note sul Machiavelli, sulla politica e sullo stato moderno – Quaderni del Carcere. Roma: Editori Riuniti, 1971.

GUNTHER, Richard & DIAMOND, Larry. Species of Political Parties: A New Typology. Party Politics – 9/2, 2003.

KATZ, Richard. Party as linkage: A vestigial function?. European Journal of Political Research, 18, 1990.

KATZ, Richard e MAIR, Peter. Changing Models of Party Organization and Party Democracy. The Emergence of the Cartel-Party. Party Politics, 1-1/1995.

KITSCHELT, Herbert. Linkages between Citizens and Politicians in Democratic Polities. Comparative Political Studies, 33 - 6/7, 2000.

KIRCHHEIMER, Otto. The Transformation of Western European Party System. In LAPALOMBARA, Joseph e WEINER, Myron (eds.). Political Parties and Political Development. Princeton: Princeton University Press, 1966.

LANZARO, Jorge. Parties, State and Politics in Uruguay (1985-1993). Barcelona: Institut de Ciències Politiques i Socials, Working Papers 90, 1994.

LANZARO, Jorge. La izquierda uruguaya: de la adscripción corporativa al desarrollo de un partido de nuevo tipo. Montevidéo: Instituto de Ciencia Política, Working Paper, 1996.

LANZARO, Jorge. La "segunda" transición en el Uruguay. Gobierno y partidos en un tiempo de reformas. Montevidéo: Fundación de Cultura Universitaria, 2000a.

LANZARO, Jorge.El Frente Amplio: entre la lógica de oposición y la lógica de gobierno. Revista Uruguaya de Ciencia Política 12, 2000b.

LANZARO, Jorge. Tipos de presidencialismo y coaliciones políticas en América Latina. Buenos Aires: Clacso, 2001.

LANZARO, Jorge e LUNA, Juan Pablo. Uruguay: las claves de crecimiento del Frente Amplio. Trabalho apresentado no seminário “Democracia y Opinión Pública en América Latina”. Buenos Aires, Latinobarómetro-Clacso, 2002.

LAWSON, Kay. When Linkage Fails. In LAWSON, Kay e MERKL, Peter (eds.). When Parties Fail: Emerging Alternative Organizations. Princeton: Princeton University Press, 1988.

LIJPHART, Arendt. Consociational Democracy. World Politics, XXI/2, 1969.

LIJPHART, Arendt. Democracies. New Haven: Yale University Press, 1984.

MAINWARING, Scott. Presidentialism and Multipartism: The Difficult Combination. Comparative Political Studies, 26, 1993.

MAINWARING, Scott e SCULLY, Timothy. Building Democratic Institutions: Party Systems in Latin America. Stanford: Stanford University Press, 1995.

MAIR, Peter. Party System Change. Nova York: Oxford University Press, 1997.

NEUMANN, Sigmund. Sistemas de partidos y grados de integración. In LENK, Kurt NEMANN, Franz (eds.). Teoría y sociología críticas de los partidos políticos. Barcelona: Anagrama, 1980.

PANEBIANCO, Angelo. Modelli di partito. Organizzazione e potere nei partiti politici. Bolonha: Il Mulino, 1982.

PIZZORNO, Alessandro. I soggetti del pluralismo. Bolonha: Il Mulino, 1980.

PRZEWORSKI, Adam. Capitalism and Social Democracy. Cambridge: Cambridge University Press, 1985.

SARTORI, Giovanni. Ingeniería Constitucional Comparada. México: Alianza, 1994.

SOTELO, Mariana. La longevidad de los partidos tradicionales uruguayos. In Los partidos políticos uruguayos en tiempos de cambios. Montevidéo: Universidad Católica, 1999.

A Opinião Pública utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.