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O conservadorismo patronal da grande imprensa brasileira
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Palavras-chave

Conservadorismo. Imprensa. Hegemonia. Neoliberalismo

Como Citar

FONSECA, Francisco. O conservadorismo patronal da grande imprensa brasileira. Opinião Pública, Campinas, SP, v. 9, n. 2, p. 73–92, 2015. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/op/article/view/8641134. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

Através da análise da opinião dos editoriais dos quatro principais periódicos diários da grande imprensa, isto é, o Jornal do Brasil, O Globo, a Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo – aqui considerados “aparelhos privados de hegemonia” –, este artigo procura desvendar os posicionamentos adotados perante a ordem social na Constituinte de 1987/1988, que também contribuem para compreender a reação à Consolidação das Leis do Trabalho. Observa-se, além do mais, as estratégias utilizadas para sua consecução. Conclui-se que, por mecanismos diversos, a grande imprensa contribuiu decisivamente para a introdução da agenda ideológica neoliberal no país, pois atuou de forma a “divulgar e vulgarizar” as idéias pertinentes a este ideário e de forma militantemente conservadora e patronal.

 

Abstract

Through opinion analysis of the editorials of the four main daily newspaper, that is, Jornal do Brasil, O Globo, Folha de S. Paulo and O Estado de S. Paulo – considered here as “private vehicles of hegemony” – this paper intends to show their positions related to the Constituent’s social order of 1987-88th, as long as we consider that it contributes to understand the reaction against the Labour’s Laws. We analyse, besides, the strategies used to accomplish them. We concluded that through several mechanisms the great press has decisively contributed, in a combative way, as for the introduction of the neo-liberal ideas in the country – since it has acted so as to make them known and popular – as for the conservative and patronal ideas.

Key words: 

Conservantism, press, hegemony, neo-liberalism.

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