Banner Portal
Democracia Liberal: uma novidade já desbotada entre jovens
PDF (Português (Brasil))

Palabras clave

Brasília. Juventude. Participação Política. Alistamento eleitoral

Cómo citar

FLORENTINO, Renata. Democracia Liberal: uma novidade já desbotada entre jovens. Opinião Pública, Campinas, SP, v. 14, n. 1, p. 205–235, 2015. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/op/article/view/8641279. Acesso em: 3 jul. 2024.

Resumen

Este artigo busca mostrar a relação da juventude brasiliense com a política institucional, revelando o que está por trás da rejeição aos políticos profissionais e às instituições que ocupam. Em vez de estereotipar a postura crítica destes e destas jovens, sem antes analisar serenamente o contexto em que essa crítica surge, procurou-se mostrar o lugar de fala, a arena política em que surge essa crítica. Nessa arena, encontra-se uma democracia institucionalizada, com eleições estáveis, mas que não corresponde às expectativas que foram geradas com a sua implementação, junto com uma população bem informada e impactada por ações governamentais ou a ausência destas. Sem louvores ou reprovações, há que se perguntar se esta descrença da política institucional revela apenas uma desconexão de mundos ou a abertura de espaço para o surgimento de novas formas de organização política. O artigo trabalha com dados da PNAD 2005 e o Índice de Desenvolvimento Juvenil da UNESCO sobre a caracterização da juventude de Brasília e dados do TSE, sobre o alistamento eleitoral facultativo entre jovens.

 

Abstract:

This article intends to analize the relationship between the city of Brasília´s youth and the institutional politics. We show what is behind the rejection to professional politicians and to the institutions they control. Instead of stereotipyze the critical behavior of the youth, we first analyze the context where this refusal takes place. We find an established democracy, with stable elections, but not corresponding to the expectations created during its implementation, added to a population that is well informed about the youth, it is necessary to ask if this lack of trust on institutional politics shows disconected worlds or a opened space to the emergence of new forms of political organization. This article is based on 2005 PNAD (National Research by Housing sample) data and the Youth Development Index of UNESCO, to describe the city of Brasilia youth, and on Electoral Supreme Court, about youth voting registering.

Keywords: city of Brasilia, Youth, Political Participation, electoral registration

PDF (Português (Brasil))

Citas

ABRAMO, H. Cenas juvenis: punks e darks no espetáculo urbano. São Paulo: Scritta, 1994.

ABRAMO, H. “Considerações sobre a tematização social da juventude no Brasil”. Revista Brasileira de Educação, nº 5/6, Juventude e Contemporaneidade. p. 25-36, 1997.

ABRAMO, H. e VENTURI, G. “Juventude, política e cultura”. São Paulo: Fundação Perseu Abramo. Revista Teoria e Debate, nº 45, 2000.

ABRAMO, H. e BRANCO, P. P. M. (Orgs.). Retratos da Juventude Brasileira: análises de uma pesquisa nacional. São Paulo: Perseu Abramo, 2005.

ABRAMOVAY, M.; RUA, M. G. et al. Gangues, galeras, chegados e rappers. Rio de Janeiro: Garamond, 1999.

ALTHUSSER, L. A favor de Marx. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1965.

BOURDIEU, P. Questões de sociologia. Rio de Janeiro, Marco Zero, 1983.

CARDOSO, I. “A geração dos anos de 1960: o peso de uma herança”. Tempo Social. São Paulo, vol. 17, n.º2, 2005.

CICONELLO, A. (org). Relatório do Seminário: Novas estratégias para ampliar a democracia e a participação.INESC, 2006.

COSTA, O. Relatório Regional do DF. In: IBASE/PÓLIS. Juventude Brasileira e Democracia – participação, esferas e políticas públicas. Rio de Janeiro, 2005.

DOWNS, A. An economic Theory of Democracy. New York: Harper Collins Publishers, 1957.

FORACCHI, M. O estudante e a transformação da sociedade brasileira. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1965.

FORACCHI, M. A juventude na sociedade moderna. São Paulo: Livraria Pioneira, 1972..

FREIRE, A., & Magalhães, P. A abstenção eleitoral em Portugal. Lisboa: ICS, 2002.

GIDDENS, A. As conseqüências da modernidade. São Paulo: UNESP, 1991.

GIDDENS, A. e BECK, U.; LASH, S. Modernização reflexiva: política, tradição e estética na ordem social moderna. São Paulo: UNESP, 1997.

GOFFMAN, E. A Representação do Eu na Vida Cotidiana. Petrópolis: Vozes, 1975.

HUNTINGTON, S. The Crisis of Democracy. New York: University Press, 1975.

IBASE/PÓLIS. Juventude Brasileira e Democracia - participação, esferas e políticas públicas - relatório final. Rio de Janeiro, 2005.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Pesquisa nacional de amostra por domicílios, 2005. Rio de Janeiro: IBGE, 2006.

LIPSET, S. El hombre político: las bases sociales de la política. Madrid: Tecnos, 1987.

MANNHEIM, K. O problema da juventude na sociedade moderna. In: Sociologia da Juventude, I. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1968.

MANNHEIM, K. O problema sociológico das gerações. In: FORACCHI, M. M. (org.) Karl Mannheim: Sociologia. São Paulo: Ática, 1982.

MELUCCI, A. “Juventude, tempo e movimentos sociais”. Revista Brasileira de EducaçãoANPED – Juventude e Contemporaneidade. nº5 e 6 , p. 5-14, 1997.

MENEGUELLO, R. Partidos e Governos no Brasil Contemporâneo (1985-1998). Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1998.

MICHELS, R. Sociologia dos Partidos Políticos. Brasília: Editora da Universidade de Brasília.

Coleção Pensamento Político, nº 53, 1982.

MIGUEL, L. F. “Liberdade ou felicidade? A auto-realização humana em Marx, Gorz e Elster”. Filosofia Política, Porto Alegre. nº 4. p. 176-210, 1999

MIGUEL, L. F “Impasses da accountability: dilemas e alternativas da representação política”. Revista de Sociologia e Política, nº 25. Curitiba, p. 25-38, 2005.

MÜLLER, E. Novas juventudes, velhos conceitos: considerações sobre a noção de cultura juvenil. Paper apresentado no VII Encontro de Ciências Sociais do CFCH/UFPE. Recife, 2004.

MÜLLER, E. A idade do olhar: implicações da condição etária do/a pesquisador/a de juventudes. In: 30º Encontro ANPOCS, 2006, Caxambu. 30º Encontro ANPOCS, 2006.

MÜXEL, A. “Jovens dos anos 90: à procura de uma política sem ‘rótulos’. Revista Brasileira de Educação, no 5 e 6. São Paulo: ANPED, p. 151-166, 1997.

NORRIS, P. Critical citizens: Global support for democratic government. Oxford: Oxford University Press, 1999.

NICOLAU, J. Multipartidarismo e Democracia: um estudo sobre o sistema partidário brasileiro (1985-94). Rio de Janeiro: FGV, 1996.

NUNES, B. Brasília, a fantasia corporificada. Brasília: Paralelo 15, 2004.

RAMOS, P. N. Alheamento Decisório Eleitoral: o significado de votos em branco, votos nulos e abstenções eleitorais. Monografia, Instituto de Ciência Política da UnB, 2001.

SARTI, I. “A utopia de Michels e a democracia partidária em perspectiva”. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 30, nº. 11, p. 129-137, 1996.

SARTORI, G. A teoria da democracia revisitada, vol. 1. São Paulo: Ática, 1994.

WAISELFISZ, J. J. Relatório de desenvolvimento juvenil 2003. Brasília: UNESCO, 2004.

WEBER, M. Ciência e política: Duas vocações. In: Ensaios de Sociologia. Rio de Janeiro: LTC, 2002.

WOLFF, R. P. A miséria do liberalismo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1968

A Opinião Pública utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.