Banner Portal
Mesmas instituições, mesmos resultados? Comparando o efeito da competição eleitoral sobre os níveis de concentração de votos
PDF (Português (Brasil))

Palabras clave

Competição eleitoral. Deputado federal. Deputado estadual. Concentração espacial de votos. Magnitude distrital.

Cómo citar

SILVA, Glauco Peres da. Mesmas instituições, mesmos resultados? Comparando o efeito da competição eleitoral sobre os níveis de concentração de votos. Opinião Pública, Campinas, SP, v. 23, n. 3, p. 682–713, 2017. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/op/article/view/8651194. Acesso em: 17 jul. 2024.

Resumen

O objetivo do artigo é identificar o efeito da magnitude dos distritos eleitorais sobre a concentração espacial de votos. Usualmente, a magnitude dos distritos é proxy para o nível de competição intrapartidária e esta incentivaria o voto pessoal. Nos estudos sobre o Brasil, assim como em outros trabalhos, o voto pessoal justificou a concentração regional de votos. Porém, ainda persiste a dificuldade em identificar essa relação porque, apesar dos distritos possuírem diferentes magnitudes, não se deve confrontar diretamente os níveis de concentração de diferentes candidatos. Entretanto, a simultaneidade das eleições para o legislativo estadual e federal no caso brasileiro cria um caso de quase-experimento, ao se controlar para as alternâncias dos indivíduos em concorrer entre cargos ao longo do tempo. Este artigo cobre o período de 1998 a 2010 e os resultados indicam que variações de magnitude levam a concentração espacial dos votos, confirmando as expectativas teóricas.

PDF (Português (Brasil))

Citas

AMES, B. “Electoral strategy under open-list proportional representation”. American Journal of Political Science, vol. 39, nº 2, p. 406-433, 1995a.

AMES, B. “Electoral rules, constituency pressures, and pork barrel: bases of voting in Brazilian Congress”. The Journal of Politics, vol. 57, nº 2, p. 324-343, 1995b.

AMES, B. The deadlock of democracy in Brazil. University of Michigan Press, p. 352, 2001.

AMES, B.; PEREIRA, C.; RENNÓ, L. Famintos por pork. Uma análise da demanda e da oferta por políticas localistas e suas implicações para a representação política. In: POWER, T.; ZUCCO JR., C. (orgs.). O Congresso por ele mesmo. Autopercepções da classe política brasileira. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2011.

ANDRÉ, A.; DEPAUW, S. “District magnitude and the personal vote”. Electoral Studies, vol. 35, p. 102-114, 2013.

AVELINO, G.; BIDERMAN, C.; SILVA, G. P. “A concentração eleitoral nas eleições paulistas: medidas e aplicações”. Dados, vol. 54, nº 2, p. 319-347, 2011.

AVELINO, G. “A concentração eleitoral no Brasil (1994-2014)”. Dados, vol. 59, nº 4, p. 1091-1125, 2016.

AVELINO, G.; BIDERMAN, C.; BARONE, L. “Articulações intrapartidárias e desempenho eleitoral no Brasil”. Dados, vol. 55, 4, p. 987-1.013, 2012.

BAIÃO, A. L. “Emendas orçamentárias individuais: efeitos eleitorais, condicionantes da execução e qualidade do gasto público”. Tese de Doutorado em Administração Pública e Governo. Fundação Getúlio Vargas, São Paulo, 2016.

BLAIS, A.; LAGO, I. “A general measure of district competitiveness”. Electoral Studies, vol. 28, p. 94-100, 2009.

BORGES, A.; PAULA, C.; SILVA, A. N. “Eleições legislativas e geografia do voto em contexto de preponderância do Executivo”. Revista de Sociologia e Política, Curitiba, vol. 24, nº 58, p. 31-58, 2016.

CAREY, J.; SHUGART, M. “Incentives to cultivate a personal vote: a rank ordering of electoral formulas”. Electoral Studies, vol. 14, nº 4, p. 417-439, 1995.

CARROLL, R.; EICHORST, J. “The role of party: the legislative consequences of partisan electoral competition”. Legislative Studies Quarterly, vol. 38, nº 1, p. 83-109, 2013.

CARVALHO, N. R. E no início eram as bases: geografia política do voto e comportamento legislativo no Brasil. Rio de Janeiro: Revan, 2003.

CRISP, B.; INGALL, R. “Institutional engineering and the nature of representation: mapping the effects of electoral reform in Colombia”. American Journal of Political Science, vol. 46, nº 4, p. 733–748, 2002.

CRISP, B., et al. “Vote-earning strategies in flexible list systems: seats at the price of unity”. Electoral Studies, vol. 32, nº 4, p. 658-669, 2013.

DOWNS, A. “An economic theory of political action in a democracy”. Journal of Political Economy, vol. 65, nº 2, p. 135-150, 1957.

DUVERGER, M. Political parties: their organization and activity in the modern State. York: Methuen, 1959.

FERREE, K.; POWELL G. B.; SCHEINER, E. “Context, electoral rules and party systems”. Annual Review of Political Science, vol. 17, p. 421-439, 2014.

GOLDEN, M.; MIN, B. “Distributive politics around the world”. Annual Review of Political Science, vol. 16, p. 73–99, 2013.

HAGOPIAN, F. Parties and voters in emerging democracies. In: BOIX, C.; STOKES, S. (eds.). Comparative politics. Oxford Handbooks of Political Science. Oxford: Oxford University Press, p. 582-603, 2007.

KELLSTEDT, P.; WHITTEN, G. The fundamentals of political research. 2ª ed. New York: Cambridge University Press, 2013.

LAGO, I.; ROTTA, E. “Conexão eleitoral e reeleição entre deputados federais do sul do Brasil / 1998-2010”. Revista de Sociologia e Política, vol. 22, nº 49, p. 139-156, 2014.

MARTIN, S. “Using parliamentary questions to measure constituency focus: an application to the Irish case”. Political Studies, vol. 59, nº 1, p. 472-488, 2011.

MAYHEW, D. R. Congress: the electoral connection. New Haven: Yale University Press, 1974.

MESQUITA, L., et al. “Emendas individuais e concentração de votos: uma análise exploratória”. Teoria & Pesquisa, vol. 23, nº 2, p. 165-178, 2014.

NEMOTO, K.; SHUGART, M. “Localism and coordination under three different electoral systems: the national district of the Japanese House of Councillors”. Electoral Studies, vol. 32, nº 1, p. 1 -12, 2013.

PEREIRA, C.; RENNÓ, L. “O que é que o reeleito tem? Dinâmicas político-institucionais locais e nacionais nas eleições de 1998 para a Câmara dos Deputados”. Dados, vol. 44, nº 2, p. 323-362, 2001.

PEREIRA, C. “O que é que o reeleito tem? O retorno: o esboço de uma teoria da reeleição no Brasil”. Revista de Economia Política, vol. 27, nº 4, p. 664-683, 2007.

PRIMO, D.; SNYDER Jr., J. “Party strength, the personal vote, and the government spending”. American Journal of Political Science, vol. 54, nº 2, p. 354-370, 2008.

RAE, D. Political consequences of electoral laws. New Haven: Yale University Press, 1972.

SILVA, G. P. “Uma avaliação empírica da competição eleitoral para a Câmara Federal no Brasil”. Opinião Pública, vol. 19, nº 2, p. 403-429, 2013.

SILVA, G. P.; DAVIDIAN, A. “Identification of areas of vote concentration: evidences from Brazil”. Brazilian Political Science Review, São Paulo, vol. 7, nº 2, p. 141-155, 2013.

STADELMANN, D., PORTMANN, M.; EICHENBERGER, R. “The law of large districts: how district magnitude affects the quality of political representation”. European Journal of Political Economy, vol. 35, p. 128-140, 2014.

SWINDLE, S. “The supply and demand of the personal vote”, Party Politics, vol. 8, nº 3, pp. 279-300, 2002.

VIGNANDI, R. S.; PARRÉ, J. L.; GUIMARÃES, P. F. “Concentração industrial no Brasil: uma análise espacialmente ponderada”. In: Anais do XLI Encontro Nacional de Economia. Anpec – Associação Nacional dos Centros de Pós-Graduação em Economia, 2014.

A Opinião Pública utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.