Banner Portal
Ideologia, sofisticação política e voto no Brasil
PDF (Português (Brasil))

Palabras clave

Eleições
Ideologia
Sofisticação política
Teoria espacial do voto

Cómo citar

IZUMI, Mauricio Yoshida. Ideologia, sofisticação política e voto no Brasil. Opinião Pública, Campinas, SP, v. 25, n. 1, p. 29–62, 2019. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/op/article/view/8656282. Acesso em: 17 jul. 2024.

Resumen

A teoria espacial do voto parte do pressuposto de que eleitores diante de dois ou mais candidatos escolherão aquele que estiver mais próximo de suas preferências. O primeiro objetivo deste artigo é testar esse pressuposto para as eleições presidenciais no Brasil entre 2002 e 2014. Para isso utilizamos os dados do Estudo Eleitoral Brasileiro e as técnicas de escalonamento. Os resultados apontam que a probabilidade de um eleitor votar no candidato que está mais próximo dele do ponto de vista ideológico é extremamente alta. O segundo objetivo do artigo é verificar se esse resultado se sustenta a despeito do nível de sofisticação política do eleitor. Isto é, testamos a hipótese de que eleitores pouco informados tomariam as suas decisões a partir de elementos não espaciais (não ideológicos). Os resultados contrariam essa ideia. Eleitores pouco sofisticados do ponto de vista político também escolhem os candidatos que estão mais próximos deles.

PDF (Português (Brasil))

Citas

ALDRICH, J.; MCkELVEY, R. A method of scaling with applications to the 1968 and 1972 presidential elections. The American Political Science Review, vol. 71, nº 1, p. 111-130, 1977.

ALMEIDA, A. À esquerda dos números, à direita dos fatos. Insight Inteligência, vol. 15, p. 113-128, 2001.

AMARAL, O.; RIBEIRO, P. Por que Dilma de novo? Uma análise exploratória do Estudo Eleitoral Brasileiro de 2014. Revista de Sociologia e Política, vol. 23, nº 56, p. 107-123, 2015.

AMES, B.; SMITH, E. Knowing left from right: ideological identification in Brazil, 2002-2006. Journal of Politics in Latin America, vol. 2, nº 3, p. 3-38, 2010.

ANGRIST, J.; PISCHKE, J. Mostly harmless econometrics: an empiricist's companion. New Jersey: Princeton University Press, 2008.

BRADY, H. The perils of survey research: inter-personally incomparable responses. Political Methodology, vol. 11, nº 3-4, p. 269-291, 1985.

CAMPBELL, A., et al. The American voter. Chicago: University of Chicago Press, 1980.

CARREIRÃO, Y. A decisão do voto nas eleições presidenciais brasileiras. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2002.

CARREIRÃO, Y. Identificação ideológica, partidos e voto na eleição presidencial de 2006. Opinião Pública, vol. 13, nº 2, p. 307-339, 2007.

CASTRO, M. Determinantes do comportamento eleitoral – a centralidade da sofisticação política. Tese de doutorado. Rio de Janeiro: Iuperj, 1994.

CESOP. Estudo Eleitoral Brasileiro (Eseb) 2002, Cesop-FGV/Brasil – 2 dez. – nº 01838; Eseb 2006 - Cesop-Ipsos/Brasil – 6 dez. – nº 02489; Eseb 2010 - Cesop-Vox Populi/Brasil – 10 nov. - nº 02639; Eseb 2014 - Cesop-Ibope/Brasil – nov. - nº 03928. In: Banco de Dados do Centro de Estudos de Opinião Pública (CESOP), Unicamp, Campinas, 2002, 2006, 2010, 2014.

CLINTON, J.; JACKMAN, S.; RIVERS, D. The statistical analysis of roll call data. American Political Science Review, vol. 98, nº 2, p. 355-370, 2004.

CONVERSE, P. The nature of belief systems in mass publics. In: APTER, D. (ed.). Ideology and discontent. New York: Free Press, 1964.

DAHL, R. Poliarquia: participação e oposição. São Paulo: Edusp, 1997.

DOWNS, A. An economic theory of democracy. Nova York: Harper and Row, 1957.

ENELOW, J.; HINICH, M. “Nonspatial candidate characteristics and electoral competition”. The Journal of Politics, vol. 44, nº 1, p. 115-130, 1982.

ENELOW, J.; HINICH, M. The spatial theory of voting: an introduction. Cambridge: Cambridge University Press, 1984.

FOX, J. Bayesian item response modeling: theory and applications. Nova York: Springer Science & Business Media, 2010.

FUKS, M.; PEREIRA, F. Informação e conceituação: a dimensão cognitiva da desigualdade política entre jovens de Belo Horizonte. Revista Brasileira de Ciências Sociais, vol. 26, nº 76, p. 123-143, 2011.

HARE, C., et al. Using bayesian Aldrich-McKelvey scaling to study citizens’ ideological preferences and perceptions. American Journal of Political Science, vol. 59, nº 3, p. 759-774, 2014.

HINICH, M.; MUNGER, M. Ideology and the theory of political choice. Michigan: The Michigan University Press, 1994.

HOLZHACKER, D.; BALBACHEVSKY, E. Classe ideologia e política: uma interpretação dos resultados das eleições de 2002 e 2006. Opinião Pública, vol. 13, nº 2, p. 283-306, 2007.

JESSEE, S. Ideology and spatial voting in American elections. Cambridge: Cambridge University Press, 2012.

KING, G., et al. Enhancing the validity and cross-cultural comparability of measurement in survey research. American Political Science Review, vol. 98, nº 1, p. 191-207, 2004.

LAMOUNIER, B. Presidente Prudente: o crescimento da oposição num reduto arenista. In: REIS, F. (org.). Os partidos e o regime. São Paulo: Símbolo, 1978.

LAWRENCE, C. Should voters be encyclopedias? Measuring political sophistication of survey respondents. In: Midwest Political Science Association Meeting, Chicago, 2007.

LEVENDUSKY, M.; JACKMAN, S. Reconsidering the measurement of political knowledge. Unpublished manuscript, Stanford University, 2003.

LO, J.; PROKSCH, S.; GSCHWEND, T. A common left-right scale for voters and parties in Europe. Political Analysis, vol. 22, nº 2, p. 205-223, 2014.

NICOLAU, J. Determinantes do voto no primeiro turno das eleições presidenciais brasileiras de 2010: uma análise exploratória. Opinião Pública, vol 20, nº 3, p. 311-325, 2014.

OLIVEIRA, C.; TURGEON, M. Ideologia e comportamento político no eleitorado brasileiro. Opinião Pública, vol. 21, nº 3, p. 574-600, 2015.

PEREIRA, F. Sofisticação política e opinião pública no Brasil: revisitando hipóteses clássicas. Opinião Pública, vol. 19, nº 2, p. 291-319, 2013.

POWER, T.; ZUCCO, C. Estimating ideology of Brazilian legislative parties, 1990-2005: a research communication. Latin American Research Review, vol. 44, nº 1, p. 218-246, 2009.

REIS, F. Classe social e opção partidária: as eleições de 1976 em Juiz de Fora. In: REIS, F. (org.). Os partidos e o regime. São Paulo: Símbolo, 1978.

REIS, F. Mercado e utopia: teoria política, sociedade brasileira. São Paulo: Edusp, 2000.

REIS, F.; CASTRO, M. Democracia, civismo e cinismo: um estudo empírico sobre normas e racionalidade. Revista Brasileira de Ciências Sociais, vol. 16, nº 45, p. 25-46, 2006.

SAIEGH, S. Using joint scaling methods to study ideology and representation: evidence from Latin America. Political Analysis, vol. 23, nº 3, p. 363-384, 2015.

SINGER, A. Esquerda e direita no eleitorado brasileiro: a identificação ideológica nas disputas presidenciais de 1989 e 1994. São Paulo: Edusp, 1999.

SOARES, G. Em busca da racionalidade perdida: alguns determinantes do voto no Distrito Federal. Revista Brasileira de Ciências Sociais, vol. 15, nº 43, p. 5-23, 2000.

A Opinião Pública utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.