Banner Portal
O imperativo das imagens: construção de afinidades nas mídias digitais
Português
Inglês

Palavras-chave

Mídias Digitais. Autonomia. Diferenças. Corpo. Tecnologia

Como Citar

BELELI, Iara. O imperativo das imagens: construção de afinidades nas mídias digitais. Cadernos Pagu, Campinas, SP, n. 44, p. 91–114, 2015. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/8637321. Acesso em: 26 abr. 2024.

Resumo

A partir de etnografia realizada em sites de relacionamento e aplicativos direcionados à busca de parcerias amorosas/ afetivas/sexuais, neste artigo analiso como as mídias digitais são “incorporadas” no cotidiano de mulheres entre 35 e 48 anos, heterossexuais de “classe média”, “independentes”, residentes na cidade de São Paulo. Autonomia, liberdade, afinidade, termos recorrentes nas narrativas, levam a questões sobre o que rege a escolha de parcerias, cujas afinidades são definidas a partir similaridades de capital social e cultural. As afinidades, num primeiro momento, percebidas por meio da circulação de fotos, são lidas não só por meio da aparência física, mas também pelo seu entorno – paisagens, objetos –, que também criam imaginações sobre “estilos de vida”. No jogo dessas novas dinâmicas, procuro entender como as diferenças (classe, geração, raça/cor, localização) operam na seleção, e escolha, dos parceiros.
Português
Inglês

Referências

ADELMAN, Miriam. Por amor ou por dinheiro? Emoções, discursos, mercados. Contemporânea – Revista de Sociologia da UFSCar (2), São Carlos, Departamento e Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFSCar, 2011, pp.117-138.

ALVES, Vera Lucia Pereira. Receitas para a conjugalidade: uma análise da literatura de auto-ajuda. Tese de Doutorado em Educação, Unicamp, 2005.

BAUMAN, Zygmunt. Vida de consumo. Buenos Aires/México/Madrid, Fondo de Cultura Económica, 2007.

BAYM, Nancy K. Personal Connections in the Digital Age. Cambridge, Polity Press, 2010.

BELELI, Iara. Amores online. In: PELÚCIO, Larissa et alii (orgs). Olhares plurais para o cotidiano: gênero, sexualidade e mídia. Marília/São Paulo, Oficina Universitária/Cultura Acadêmica, 2012, pp.56-73.

BELELI, Iara. Cenários marcados pela “cor”: a “inclusão do negro” na publicidade brasileira. In: GROSSI, Miriam Pillar e SCHWADE, Elisete. (orgs.) Política e cotidiano: estudos antropológicos sobre gênero, família e sexualidade. Florianópolis, Nova Letra/AssociaçãoBrasileira de Antropologia, 2006, pp.297-324.

BRAH, Avtar. Diferença, diversidade, diferenciação. Cadernos Pagu (26), Campinas-SP, Núcleo de Estudos de Gênero – Pagu/Unicamp, 2006, pp.329-365.

BRUNO, Fernanda. Mediação e interface: incursões tecnológicas nas fronteiras do corpo. In: DA SILVA, D. F.; FRAGOSO, S. (orgs.) Comunicação na cibercultura. São Leopoldo, Unisinos, 2001, pp.191-215.

BOURDIEU, Pierre. A Distinção: crítica social do julgamento. Porto Alegre/São Paulo, Editora Zouk/EDUSP, 2006 [1979/1982].

BUTLER, Judith. Deshacer el género. Barcelona/Buenos Aires/México, Paidós, 2006.

CAMPBELL, Colin. A ética romântica e o espírito do consumismo moderno. Rio de Janeiro, Rocco, 2001 [1987].

CRUZ, Cintia Tâmara Pinto da. Os cabelos mágicos: identidade e consumo de mulheres afrodescentendes no Instituto Beleza Natural. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, 2013.

GONÇALVES, Eliane. Vidas no singular: noções sobre “mulheres sós” no Brasil contemporâneo. Tese de doutorado em Ciências Sociais, IFCH/Unicamp, 2007.

HARAWAY, Donna. Manifesto ciborgue. Ciência, tecnologia e feminismos socialistas no final do século XX [1991]. In: TADEU, Tomaz. (org.) Antropologia do ciborgue: as vertigens do pós-humano. 2a ed. Belo Horizonte, Autêntica editora, 2009, pp.33-118.

ILLOUZ, Eva. Why love hurts: a sociological explanation. London, Polity Press, 2012.

ILLOUZ, Eva. Intimidades congeladas. Las emociones en el capitalismo. Buenos Aires, Katz Editores, 2007. Hine, C. Virtual etnography. Londres, Sage, 2000.

LEITÃO, Débora K. e GOMES, Laura G. “Estar e não estar lá, eis a questão”: pesquisa etnográfica no Second Life. Cronos – Revista do Programa de Pós - Graduação da UFRN, Natal-RN, vol. 12, nº 2, 2011, pp.23-38.

MAHMOOD, Saba. Teoria feminista, agência e sujeito liberatório: algumas reflexões sobre o revivalismo islâmico no Egipto. Etnográfica, Lisboa, vol. X (1), 2006, pp.121-158.

MISKOLCI, Richard. San Francisco e a nova economia do desejo. Lua Nova (91), São Paulo, 2014, pp.269-295.

PELÚCIO, Larissa e CERVI, Mariana. Traições, Pequenas Mentiras e Internet: conjugalidades contemporâneas e usos de mídias digitais. Gênero na Amazônia, Belém, nº 3, jan./jun., 2013, pp.25-51 [http://www.generonaamazonia.ufpa.br].

PISCITELLI, Adriana. Interseccionalidades, categorias de articulação e experiências de migrantes brasileiras. Sociedade e Cultura, vol.11, nº 2, jul/dez. 2008, pp.263-274.

SACRAMENTO. Jonatan. De amores e afetos: sociabilidades e desejos em sites de relacionamento. Relatório de pesquisa de iniciação científica FAPESP orientada por Iara Beleli, 2013.

SANTAELLA, Lucia e LEMOS, Renata. Redes sociais digitais: a cognição conectiva do Twitter. São Paulo, Paulus, 2010.

SIBILIA, Paula. O Show do Eu. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 2008.

SIMMEL, Georg. Questões fundamentais da Sociologia: indivíduo e sociedade. Rio de Janeiro, J. Zahar, 2006.

STASSUN, Cristian Caê Seemann. Sociedade do Espetáculo: Facebook Gadget como dispositivo de governo das informações, das circulações e do desejo. Tese de Doutorado em Ciências Humanas, Universidade Federal de Santa Catarina, 2014.

WOODWARD, K. Identidade e diferença: uma introdução teórica e conceitual. In: SILVA, T.T. (org.) Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis, Vozes, 2000, pp.7-72.

ZAFRA, Remedios. Un cuarto próprio conectado. (Ciber) espacio y (auto)géstiondelyo. Madrid, Fórcola Ediciones, 2010.

ZELIZER, Viviana A. Dinheiro, poder e sexo. cadernos Pagu (32), Campinas-SP, Núcleo de Estudos de Gênero – Pagu/Unicamp, junho/dez. 2009, pp.135-157.

Downloads

Não há dados estatísticos.