Resumo
Este trabalho propõe discutir a educação a partir da Teoria da Ação Comunicativa (TAC) de Jürgen Habermas, destacando as reflexões desenvolvidas por quatro autores: Eldon Henrique Mühl (2020), José Pedro Boufleuer (1997), Nadja Hermann Prestes (1996) e Ralph Ings Bannell (2013), bem como problematizar do ponto de vista da prática docente, como assumir uma postura teórico-epistemológica que prioriza a interação comunicativa e a emancipação. Consiste em um trabalho de incursão bibliográfico-prático, cuja atuação acontece no Ensino Superior público. A educação é concebida como um processo formativo de mão dupla à medida que o entendimento sobre algo provoca socialização e individuação, uma vez que as relações mediadas intersubjetivamente são constituintes e constitutivas da educação, em seu sentido amplo. Por fim, considera que a TAC consiste em uma alternativa (dentre tantas) para a efetivação de um processo pedagógico ancorado na emancipação e respeito aos sujeitos (discentes universitários) que precisam ser reconhecidos e valorizados em seu processo formativo e profissional. A educação sob a perspectiva habermasiana considera a ambivalência entre as racionalidades instrumental e comunicativa, admitindo que esta última potencializa o processo emancipatório.
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