Banner Portal
O gênero da militância: notas sobre as possibilidades de uma outra história da ação política
PDF

Palavras-chave

História oral. Memória. Historiografia política

Como Citar

GARCIA, Marco Aurélio. O gênero da militância: notas sobre as possibilidades de uma outra história da ação política. Cadernos Pagu, Campinas, SP, n. 8/9, p. 319–342, 2011. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/1886. Acesso em: 24 abr. 2024.

Resumo

Resumo

 

A partir de algumas obras que examinam o fenômeno da militância de mulheres em organizações clandestinas do Brasil e da Argentina nos anos 60/70, o autor analisa as possibilidades de um outro enfoque da historiografia sobre a ação política, em especial aquela que se debruça sobre s partidos de esquerda. A história oral ajuda a recuperar uma dimensão pouco incorporada à historiografia política, a da subjetividade, geralmente confinada à esfera privada que aparece radicalmente separada da esfera pública.A articulação desses dois espaços bem como as tensões, conflitos e complementariedades entre os papéis masculinos e femininos, tiram a história das mulheres do gheto e permitem que esse novo olhar dê mais complexidade à análise da ação política.

 

Abstract

 

Departing from some texts that examine women’s participation in clandestine organizations in Brazil and Argentina during the 60’s and 70’s the author discusses possibilities of a different approach towards the historiograpfy of political action, particulary focusing on left-wing parties. Orel history contributes toward recovering subjectivity, a dimension little explored in political historiography. This dimension is usually confined to a private sphere that appears as radically severed from the public sphere. The articulation of these two spaces as well as tensions, conflicts and complementaries between masculine and feminine roles take the history of women away from the ghetto, allowing this new perspective to analyse political action in a more complex way.

PDF

Referências

“Emma Goldman - Revolução e desencanto: do público ao privado”, in Revista Brasileira de História, São Paulo, vol.8. No. 18, ago/set 1989.

A Resistência da Mulher à Ditadura Militar no Brasil, de Ana Maria Colling. Rio de Janeiro, Editora Rosa dos Ventos, 1997.

Aarão Reis filho, Daniel, “Versões e ficções: a luta pela apropriação da memória” e FREIRE, Alípio, “Pela porta dos fundos”, in Aarão Reis filho, Daniel et alii, op.cit.

Aarão Reis filho, Daniel et alii, Versões e ficções: o seqüestro da história, São Paulo, Fundação Perseu Abramo, 1997.

Anderson, Perry, “La historia de los partidos comunistas”, in Samuel, Raphael, Historia Popular y Teoría Socialista, Barcelona,1982, Editorial Crítica, p 150-165

Arendt, Hanna, A Condição Humana, Rio de Janeiro, Forense-Universitária, 1983, p 17.

Castoriadis, Cornelius, Les Carrefours du Labyrinthe IV - La Montée de l’Insignificance, Paris, 1996, Seuil, p 27-28.

Costa, Albertina de Oliveira et alii, Memórias (das mulheres) do exílio, Rio de Janeiro, Paz e Terra,1980

Emma Goldman, a vida como revolução, São Paulo, Brasiliense, 1983

FARGE, Arlette, “Pratique et effets de l’histoire des femmes”, in PERROT, Michelle, op.cit. p. 33

Ferry, Luc e Renaut, Alain, O Pensamento 68, ensaio sobre o anti-humanismo contemporâneo, São Paulo, 1988, Editora Ensaio e de Lipovetsky, Gilles, L’Ere du vide, Essai sur l’individualisme contemporain, Paris, 1983, Gallimard

GABEIRA, Fernando, O que é isso, companheiro, Rio de Janeiro, Codedcri, 1980

GARCIA, Marco Aurélio, “Iara, história e cotidiano” in Estudos Feministas, ano 1, 210-212, 1 o. semestre 1993.

Haupt, Georges, L’historien et le mouvement social, Paris, François Maspero, 1980, p 12.

Hobsbawm, Eric J., Revolucionários, São Paulo, Paz e Terra, e, evidentemente, a monumental História do Marxismo, em 12 volumes, por ele coordenada (São Paulo, Paz e Terra).

Kriegel, Annie, Les Communistes Français, essai d´ethnographie politique, Paris, Éditions du Seuil, 1968.

KNIBIEHLER, Yvonne, “Chronologie et histoire des femmes”, in PERROT, Michelle (sous l’organisation de), po. cit. p. 51

Marta Diana, Mujeres Guerrilleras - la militancia de los setenta en el testimonio de sus protagonistas femeninas. Buenos Aires, Planeta, 1996.

Mattini, Luiz, Hombres y mujeres del PRT-ERP (La pasión militante), La Plata, Editorial de la Campana, 1995.

Mulheres, Militância e Memória - histórias de vida e histórias de sobrevivência, de Elizabeth F. Xavier Ferreira. Rio de Janeiro, Editora da Fundação Getúlio Vargas, 1996.

O crepúsculo do macho, Rio de Janeiro, Codecri, 1980

PASSERINI, Luisa, Storia e Soggettività, Firenze, La Nuova Italia, 1988.

PATARRA, JUDITH, Iara, Rio de Janeiro, Rosa dos Ventos, 1992.

PERROT, Michelle, “Les femmes, le pouvoir, l’histoire”, in PERROT, Michelle (sous la direction de), Une Histoire des Femmes est-elle possible?, ParisMarseille, Rivages, 1984.

Perrot, Michelle, e Duby, Georges, Histoire des femmes en Occident, vol 4, (Le XIX ème siècle), Paris, Plon, 1991, p 13

RIDENTI, Marcelo, O Fantasma da Revolução Brasileira, São Paulo, UNESP, 1993, p 68-72

Robrieux, Philippe, Maurice Thorez, vie secrète et vie publique, Paris, Fayard, 1975, Histoire Intérieur du Parti Communiste Français, 4 vols, Paris, Fayard, 1980, 1981, 1982, 1984, La Secte, Paris, Stock, 1985.

ROSSANDA, Rossana, Anche per me - Donna, persona, memoria dal 1973 al 1986. Milano, Feltrinelli, 1987.

Downloads

Não há dados estatísticos.