Resumo
Teria o feminismo a pretensão – e a capacidade – de mudar a ciência? O título do último livro de Londa Schiebinger, ao sinalizar com uma resposta parcialmente positiva a essa questão, pode soar audacioso e polêmico, especialmente aqui no Brasil, onde poucas obras da extensa bibliografia anglo-americana sobre o assunto foram traduzidas e debatidas. No entanto, essa professora de História da Ciência na Pennsylvania State University, após outros dois excitantes livros e dezenas de artigos sobre o assunto, soube como apresentar um debate crítico, fortalecido por argumentos persuasivos, sobre assuntos tão abrangentes e polissêmicos como o feminismo e a ciência.1 Tanto é assim que, desde o lançamento do livro nos Estados Unidos, em 1999, as mais prestigiosas revistas internacionais, no âmbito das ciências naturais e humanas, publicaram resenhas favoráveis. No Brasil, um dos jornais diários de maior circulação, o Estado de S. Paulo, também publicou uma resenha, traduzida do jornal inglês The GuardianDownloads
Não há dados estatísticos.