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Gênero, medicina e filantropia: Maria Rennotte e as mulheres na construção da nação
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Palavras-chave

Filantropia. Gênero. Profissionais de Saúde. Medicina. Cruz Vermelha. Maria Rennotte

Como Citar

MOTT, Maria Lucia. Gênero, medicina e filantropia: Maria Rennotte e as mulheres na construção da nação. Cadernos Pagu, Campinas, SP, n. 24, p. 41–67, 2016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/8644685. Acesso em: 2 dez. 2024.

Resumo

O artigo analisa a trajetória da belga Maria Rennotte que em 1878 mudou-se para o Brasil, onde trabalhou como preceptora, professora e médica. Com seus escritos e sua prática social, Maria Rennotte lutou pelos direitos das mulheres a uma melhor educação, ao acesso a diferentes tipos de trabalho, à obtenção de um corpo mais saudável, à cidadania política. Pregou a participação das mulheres em entidades assistenciais, e fundou uma filial da Cruz Vermelha na capital paulista. A análise de sua trajetória possibilita afirmar que apesar de desconsideradas politicamente, não terem reconhecidos os direitos civis, possuírem limitadas oportunidades educacionais e de trabalho remunerado e serem identificadas basicamente como mães e esposas, pela atuação nas associações filantrópicas as mulheres participaram efetivamente da vida nacional, deixando sua marca nos serviços prestados à população, nas leis, na organização de instituições de ensino e de saúde e no desenvolvimento do conhecimento científico.

Abstract

The article analyses the trajectory of Maria Rennotte, a Belgian who in 1878 moved to Brazil working as a governess, and afterwards as a teacher and doctor. With her writings and social practice, Maria Rennotte fought for women’s rights in search for better education, access to different types of work, a healthier body and political citizenship. She asserted women’s participation in assistance entities, founding a Red Cross branch in São Paulo. Her trajectory enables us to state that although women were not politically considered in terms of their civil rights, had limited educational opportunities and few chances of wage-earning jobs, basically being identified as mothers and wives, they found in philanthropic associations a breach to enlarge their participation in the public sphere. Acting in national life, women changed the services offered to the people, the law, the educational and health institutions and the development of scientific knowledge.

Key-words: Philanthropy. Gender. Health Professionals. Medicine. Red Cross. Maria Renotte

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