Resumo
Neste artigo traço um breve panorama do crescimento e diversificação dos festivais GLBT de cinema e da visibilidade gay. A análise está centrada nas transformações que configuraram uma nova cinematografia denominada, no início dos anos 1990, de queer movie (Rich, 1991). Desde a pioneira edição de um festival de cinema gay e lésbico, em São Francisco no final dos anos 1970, houve uma significativa mudança nos filmes feitos pelo, ou voltados para o, público gay. Isso se faz notar da produção à exibição, incluindo aspectos narrativos e técnicas cinematográficas, o que provoca um repensar tanto da formatação-programação dos festivais, quanto do próprio cinema GLBT. Novas sensibilidades e subjetividades contrastam-se com as pioneiras cenas fílmicas de cunho militante-identitário, colocando questões sobre corpo, sexualidade e gênero.Referências
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