Banner Portal
A ciência na mídia e as estratégias de reafirmação da bipolaridade entre os gêneros: o caso do Globo Repórter
Remoto

Palavras-chave

Mídia. Corpo. Gênero. Ciência

Como Citar

RIBEIRO, Cláudia Regina; ROHDEN, Fabíola. A ciência na mídia e as estratégias de reafirmação da bipolaridade entre os gêneros: o caso do Globo Repórter. Cadernos Pagu, Campinas, SP, n. 32, p. 267–299, 2016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/8644908. Acesso em: 24 abr. 2024.

Resumo

A partir do estudo do programa Globo Repórter, este artigo discute as articulações percebidas na mídia entre natureza e as questões de gênero. Selecionamos dois programas exibidos em semanas consecutivas que empreendem um grande esforço para explicar as diferenças de gênero e o amor materno a partir de noções essencialistas e do privilégio do corpo biológico, indo ao encontro do que as ciências médicas vêm se empenhando em defender na busca de descobertas de “verdades” sobre o tema, e em detrimento dos aspectos sócio-culturais dessas construções.

Abstract

From the study of Globo Repórter television program this article discusses the media articulations between nature and gender issues. We selected two editions, shown in consecutive weeks, which undertake great effort to explain the differences of gender and for maternal love, since essentialists notions and the privilege of the biologic body, in accordance with the efforts these medical sciences have been making in search of the “truth” about the issue, despite the social and cultural aspects of this construction.

Key Words: Media, Body, Gender, Science

Remoto

Referências

BARROS FILHO, Clóvis de. Ética na Comunicação: da informação ao receptor. São Paulo, Moderna, 2001.

BAUMAN, Z. Identidade. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 2005.

BRUM, Juliana de. A Hipótese da Agenda Setting: estudos e perspectivas.

Revista Razón y Palabra, out-nov, 2003. www.razonypalabra.org.mx.

BUTLER, J. Undoing gender. Routledge, New York/London, 2004.

CANO, I. e FERREIRA, C. E. Homicídios e evolução demográfica no Brasil: impacto da evolução demográfica na futura taxa de homicídios e a incidência dos homicídios na pirâmide populacional. In: HASENBALG, Carlos; SILVA, Nelson do Valle. (orgs.) Origens e destinos: desigualdades sociais ao longo da vida. Rio de Janeiro, Topbooks Editora, 2003.

CHAZAN, L K. “Meio quilo de gente”: um estudo antropológico sobre ultra-som obstétrico. Rio de Janeiro, Editora Fiocruz, 2007.

FAUSTO-STERLING, A. Sexing the body. Gender politics and the construction of sexuality. New York, Basic Books, 2000.

FISCHER, R.M.Bueno. Televisão e Educação: fruir e pensar a TV. Belo Horizonte, Autêntica, 2001.

__________. O discurso pedagógico da mídia: modos de educar na (e pela) TV. Educação e Pesquisa, vol. 28, nº 1, São Paulo, jan/jun.

FOUCAULT, M. Historia da Sexualidade: a vontade de saber. Rio de Janeiro, Edições Graal, 1997.

GAUDILLIÈRE, J-P. La fabrique moléculaire du genre: hormones sexuelles, industrie et médecine avant la pilule. In: La distinction entre sexe et genre: Une histoire entre biologie et culture. Cahiers du Genre, nº 34, 2003.

GIDDENS, A. A transformação da intimidade. Sexualidade, amor & Erotismo nas sociedades modernas. São Paulo, Editora da Universidade Estadual Paulista, 1993. [Tradução de Magda Lopes].

JORDANOVA, L. Sexual Visions: Images of gender in science and medicine between the Eighteenth and Twentieth centuries. Madison-WI, The University of Wisconsin Press, 1989.

LAQUEUR, T. Inventando o sexo: corpo e gênero dos gregos a Freud. Rio de Janeiro, Relume Dumará, 2001.

LOWY, I. Intersexe et transsexualités: les technologies de la medicine et la separation du sexe biologique du sexe social. In: La distinction entre sexe et genre: Une histoire entre biologie et culture. Cahiers du Genre, nº 34, 2003.

LOWY, I. e ROUCH, H. Genèse et development du genre: les sciences et les origins de la distinction entre sexe et genre. In: La distinction entre sexe et genre: Une histoire entre biologie et culture. Cahiers du Genre, nº 34, 2003.

MARTIN, E. A mulher no corpo: uma análise cultural da reprodução. Rio de Janeiro, Garamond, 2006.

MEDRADO, B. Textos em cena: a mídia como prática discursiva. In: SPINK, Mary Jane. (org.) Práticas discursivas e produção de sentidos no cotidiano: aproximações teóricas e metodológicas. 2ªed. São Paulo, Cortez, 2000 RIAL, C. Guerra de imagens e imagens da guerra: estupor e sacrifício na Guerra do Iraque. Revista Estudos Feministas, vol. 15 (1), Florianópolis, Universidade Federal de Santa Catarina, 2007.

RIBEIRO, C R e SIQUEIRA, V H F de. O novo homem na mídia: resignificações por homens docentes. Revista Estudos Feministas, vol.

(1), Florianópolis, Universidade Federal de Santa Catarina, 2007.

ROHDEN, F. A construção da diferença sexual na medicina. Cadernos de Saúde Pública. vol.19, S2, Rio de Janeiro, Editora Fiocruz, 2003.

__________. Uma ciência da diferença: sexo e gênero na medicina da mulher. Rio de Janeiro, Editora Fiocruz, Coleção Antropologia e Saúde, 2001.

SINDING, C. Le sexe des hormones: lámbivalence fondatrice des hormones sexuelles. In: La distinction entre sexe et genre: une histoire entre biologie et culture. Cahiers du Genre, nº 34, 2003.

THOMPSON, J B. A mídia e a modernidade: uma teoria social da mídia.

Petrópolis - RJ, Vozes, 2002.

ZANCHETTA, J. Imprensa escrita e telejornal. São Paulo, UNESP, 2004.

Downloads

Não há dados estatísticos.