Banner Portal
Educação sanitária, estudos de atitudes raciais e psicanálise na trajetória de Virgínia Leone Bicudo

Como Citar

MAIO, Marcos Chor. Educação sanitária, estudos de atitudes raciais e psicanálise na trajetória de Virgínia Leone Bicudo. Cadernos Pagu, Campinas, SP, n. 35, p. 309–355, 2016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/8644974. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

Na ficha funcional de Virgínia Leone Bicudo (1910-2003) da Escola Livre de Sociologia e Política (ELSP) consta que ela foi contratada em março de 1940, ingressando na instituição com trinta anos incompletos. Filha de Joana Leone, imigrante pobre de origem italiana, e de Teófilo Bicudo, descendente de escravo e afilhado de fazendeiro de café em Campinas. O padrinho de Teófilo, Bento Augusto de Almeida Bicudo, foi senador pelo Partido Republicano Paulista (PRP), positivista e fundador do jornal O Estado de São Paulo. Virgínia Bicudo foi identificada como “branca” em seu documento de trabalho

Referências

ABRÃO, Jorge L.F. Virgínia Bicudo: a trajetória de uma psicanalista brasileira. São Paulo, Arteciência, 2010.

ANDREWS, George Reid. Blacks and Whites in São Paulo, Brazil, 1888- 1988. Madison, University of Wisconsin Press, 1991.

AZEVEDO, Nara & FERREIRA, Luiz Otávio. Modernização, políticas públicas e sistemas de gênero no Brasil: educação e profissionalização feminina entre as décadas de 1920 e 1940. Cadernos Pagu (27), Campinas-SP, Núcleo de Estudos de Gênero - Pagu/Unicamp, 2006, pp.217-220.

BASTIDE, Roger; FERNANDES, Florestan. Relações Raciais entre negros e brancos em São Paulo. São Paulo, Editora Anhembi, 1955.

BASTOS, Élide Rugai. Um Debate sobre a Questão do Negro no Brasil.

São Paulo em Perspectiva, vol. 2, nº 2, 1988, pp. 20-26.

BICUDO, Virgínia Leone. Atitudes Raciais de Pretos e Mulatos em São Paulo. Edição organizada por Marcos Chor Maio. São Paulo, Editora Sociologia e Política, 2010.

__________. “Já fui chamada de charlatã” (Depoimento a Cláudio João Tognolli). Folha de São Paulo, 2004, p. 6.

__________. Memória e Fatos. Revista IDE, nº 18, São Paulo, 1989.

__________. Nosso Mundo Mental. Instituição Brasileira de Difusão Cultural, 1956.

__________. Atitudes dos Alunos dos Grupos Escolares em relação com a Cor dos seus Colegas. In: BASTIDE, Roger; FERNANDES, Florestan.

Relações Raciais entre negros e brancos em São Paulo. São Paulo, Editora Anhembi, 1955.

__________. Contribuição ao estudo das condições de trabalho e da personalidade de mestres de indústria em São Paulo. Sociologia, vol.

, nº 3, 1949, pp.381-399.

__________. Atitudes Raciais de Pretos e Mulatos em São Paulo.

Sociologia, vol. 9, nº 3, 1947, pp. 196-219.

__________. Estudo de atitudes raciais de pretos e mulatos de São Paulo.

Dissertação de Mestrado, Escola Livre de Sociologia e Política, São Paulo, 1945.

__________. Serviços Sociais Psiquiátricos. Boletim do Serviço Social dos Menores, vol. 2, n. 3, 1942a, pp. 21-26.

__________. Importância da Higiene Mental Para A Infância. Boletim do Serviço Social dos Menores, vol.2, n.2, 1942b, pp. 41-47.

__________. A visitadora social psiquiátrica e seu papel na higiene mental da criança. Revista de Neurologia e Psiquiatria de São Paulo, vol. 7, nº 6, 1941, pp.293-298.

BOGARDUS, Emory. A Social Distance. Sociology and Social Research, 17, 1933, PP. 265-271.

CANDIOTA, LUIZ ROBERTO S. E MYRNA PIA FAVILLI. ADIVINHE QUEM VEM PARA JANTAR? UMA CONVERSA COM A PROF. VIRGÍNIA L. BICUDO.

REVISTA IDE, ANO 3, NO. 4, P. 7-13.

CARVALHO, Marta Maria Chagas de. A República, a Escola e os Perigos do Alfabeto. In: COELHO PRADO, Maria Ligia & VIDAL, Diana Gonçalves. (orgs.) À Margem dos 500 anos: reflexões e irreverentes.

São Paulo, Edusp, 2002.

CASTRO, Maria Antonieta. A Influência da Educação Sanitária na Redução da Mortalidade Infantil. Primeiro Congresso Brasileiro de Eugenia, 1929, p. 3 (Acervo do Setor de Antropologia Biológica do Museu Nacional/Mast).

CAVALCANTI, Maria Laura V.C. Oracy Nogueira e a antropologia no Brasil: O estudo do estigma e do preconceito racial. Revista Brasileira de Ciências Sociais, vol.11, 1996, pp.5-28.

COSTA, Haroldo. Fala, Crioulo. Rio de Janeiro, Editora Record, 1982.

COSTA PINTO, Luiz de Aguiar. O Negro no Rio de Janeiro: relações de raça numa sociedade em mudança. São Paulo, Companhia Editora Nacional, 1953.

DAMASCENO, Janaína. Estudo de atitudes e preconceito racial na obra de Virgínia Leone Bicudo. In Cone: I Prêmio Construindo a Igualdade Racial. São Paulo, Prefeitura Municipal, 2010, pp. 165-174.

DUARTE, Luiz Fernando Dias; RUSSO, Jane; VENÂNCIO, Ana Teresa A.

(orgs.) Psicologização no Brasil: atores e autores. Rio de Janeiro, Contracapa, 2005.

FACCHINETTI, Cristiana. Deglutindo Freud: sobre a digestão do discurso psicanalítico no Brasil. Tese de Doutorado em Teoria Psicanalítica, UFRJ, 2001.

FARIA, Lina. Saúde e Política. A Fundação Rockefeller e seus parceiros em São Paulo. Rio de Janeiro, Editora Fiocruz, 2007.

__________. Educadoras Sanitárias e Enfermeiras de Saúde Pública: Identidades Profissionais em construção. Cadernos Pagu (27), Campinas-SP, Núcleo de Estudos de Gênero – Pagu/Unicamp, 2006, pp.173-212.

FARIS, Ellsworth. The concept of social attitudes. In: The nature of human nature. New York/London, MacGraw-Hill, 1937.

HOCHMAN, Gilberto; LIMA, Nísia & MAIO, Marcos Chor. The path of eugenics in Brazil: Dilemmas of miscegenation. In: BASHFORD, Alison & LEVINE, Philippa (editors).The Oxford Handbook of the History of Eugenics. Oxford University Press, 2010, pp.493-510.

KANTOR, Iris; MACIEL, Débora; SIMÕES, Julio Assis. A Escola Livre de Sociologia e Política: anos de formação: 1933-1953. São Paulo, Editora da FESPSP, 2001.

KLINEBERG, Otto. Psicologia Moderna. Rio de Janeiro, Livraria Editora Agir, 1953.

__________. Social Psychology. New York, Henry Holt and Company, 1940, pp.346-347.

LIMONGI, Fernando. A Escola Livre de Sociologia e Política de São Paulo. In: MICELI, Sergio. História das Ciências Sociais no Brasil, vol.1. São Paulo, Vértice/ IDESP, 1989, pp.217-234.

MAIO, Marcos Chor. A História do Projeto UNESCO: estudos raciais e ciências sociais no Brasil. Rio de Janeiro, Tese de Doutorado em Ciência Política, IUPERJ, 1997 __________. O Projeto UNESCO e a agenda das ciências sociais no Brasil dos anos 40 e 50. Revista Brasileira de Ciências Sociais, vol.

, nº 41, 1999.

__________. O racismo no microscópio: Oracy Nogueira e o Projeto UNESCO. Estudios Interdisciplinarios de America Latina y el Caribe, vol. 19, 2008, pp. 35-52.

__________. Relações Raciais e Desenvolvimento na Sociologia de Costa Pinto. In: BOTELHO, André e SCHWARCZ, Lilia Moritz (orgs.) Um Enigma chamado Brasil. São Paulo, Companhia das Letras, 2009, pp. 324-337.

__________. A contribuição de Virginia Leone Bicudo aos estudos sobre as relações raciais no Brasil. In: BICUDO, Virginia Leone. Atitudes Raciais de Pretos e Mulatos em São Paulo. Edição organizada por Marcos Chor Maio. São Paulo, Editora Sociologia e Política, 2010.

MEDRANO, Ricardo Hernán. Comparação de alguns elementos do traçado urbano nas cidades de São Paulo e Buenos Aires, na virada do século XIX para o XX. Cadernos de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo, vol. 6, nº 1, 2006.

MEYER, Luiz. A Filha de Teófilo. IN: SBPS - In Memoriam - Virgínia Leone Bicudo (1910-2003); Yutaka Kubo (1917-2003); Adelheid Lucy Koch (1896-1980). Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, 2004, pp. 17-19.

NOGUEIRA, Oracy. Atitude desfavorável de alguns anunciantes de São Paulo em relação a seus empregados de cor. Sociologia (4), 4, São Paulo, 1942.

___________. Vozes de Campos de Jordão: Experiências Sociais e Psíquicas de Tuberculoso Pulmonar no Estado de São Paulo. 2ª.

edição organizada por Maria Laura Viveiros de Castro Cavalcanti. Rio de Janeiro, Editora Fiocruz, 2009 [1950].

____________. Relações Raciais No Município de Itapetininga. In: BASTIDE, R. & FERNANDES, F. (orgs.) Relações Raciais entre Negros e Brancos em São Paulo. São Paulo, Editora Anhembi, 1955.

PARK, Robert. E. Human Nature, Attitudes and the Mores. In: YOUNG, Kimball. Social Attitudes. New York, Henry Holt, 1931.

PIERSON, Donald. Negroes in Brazil: A study of race contact at Bahia.

Chicago, University of Chicago Press, 1942.

____________. Brancos e Pretos na Bahia: estudo de contato racial. 2ª Ed. São Paulo, Companhia Editora Nacional, 1971, [1945].

ROCHA, Teresa & HAUDENSCHILD, Leite. Modernismo, Mulher e Psicanálise. SBPS - In Memoriam - Virgínia Leone Bicudo (1910- 2003); Yutaka Kubo (1917-2003); Adelheid Lucy Koch (1896-1980).

Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, 2004, pp.63-73.

ROCHA, Heloísa H. P. A higienização dos costumes: Educação escolar e saúde no projeto do instituto de higiene de São Paulo (1918-1925).

São Paulo/Campinas, FAPESP/Mercado das Letras, 2003.

SAGAWA, Roberto Yutaka. Durval Marcondes. Rio de Janeiro/Brasília-DF, Imago Ed/CFP, 2002.

SANDLER, Paulo César. Tia Virgínia e o Desenvolvimento: algumas memórias para o futuro. In Memoriam, Virgínia Leone Bicudo, Yutaka Kubo, Adheleid Koch. Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, 2004, p. 28-43.

SILVA, Márcia Regina Barros da. Estratégias da Ciência: a História da Escola Paulista de Medicina (1933-1956). São Paulo, EUSF, 2003.

STONEQUIST, Everett. The Marginal Man. New York, Charles Scribner‟s Sons, 1937.

THOMAS, Willliam & ZNANIECKI, Florian. The Polish Peasant in Europe and America. Chicago, The University of Chicago Press, 1918.

VALLADARES, Sílvia. Entrevista com Virgínia Bicudo em 23/08/1991.

ALTER – Jornal de Estudos Psicodinâmicos, vol XV, nº 1, 1996.

VILHENA, Luís Rodolfo. África na tradição das Ciências Sociais no Brasil.

In: VILHENA, L. R. Ensaios de Antropologia, Rio de Janeiro, Ed. da UERJ, 1997.

Downloads

Não há dados estatísticos.