Banner Portal
Do comunismo ao feminismo: a trajetória de Zuleika Alambert
Remoto

Palavras-chave

Partido Comunista. Feminismo. Zuleika Alambert. Círculo de Mulheres Brasileiras em Paris. Consciência de Gênero

Como Citar

SOIHET, Rachel. Do comunismo ao feminismo: a trajetória de Zuleika Alambert. Cadernos Pagu, Campinas, SP, n. 40, p. 169–195, 2016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/8645075. Acesso em: 24 abr. 2024.

Resumo

O artigo discute a trajetória de Zuleika Alambert, primeira mulher a participar do Comitê Central do Partido Comunista no Brasil. Analisa o seu processo de tomada de consciência de gênero que a leva a enfatizar a especificidade da questão feminina, discordando das teses tradicionais do referido partido que subordinava tal questão à abolição da propriedade privada e à mudança nas relações de classe. Assim, busca-se mostrar como, paulatinamente, Zuleika aguça suas críticas às posturas daquele partido, ultrapassando suas reticências até sua adesão confessada às propostas feministas.

Abstract

The article discusses Zuleika Alambert’s trajectory, the first woman to take part of the Communist Party’s Central Committee in Brazil. It analyses how she became aware of her gender conscience which led her to emphasize feminine issue’s particularities, disagreeing with traditional theses of the party referred that subordinated that issue to the private property abolition and to class relations’ changes. Therefore, it aims to show how Zuleika step by step enhances her criticism of that party’s positions, overcoming her reticence until her confessed adhesion to the feminist proposals.

Key Words: Communist Party, Feminism, Zuleika Alambert, Circle of Brazilian Women in Paris, Gender Conscience

Remoto

Referências

ABREU, Maira Luisa Gonçalves de. O PCB e a Questão Feminina (1970- 1979). Florianópolis. Fazendo Gênero 8 – Corpo, Violência e Poder, 25 a 28 de agosto de 2008. Disponível em: <http://www.fazendogenero8.ufsc.br/sts/ST45/Maira_Luisa_Goncalve s_de_Abreu_45.pdf>. Acesso em: 29.08.2009.

ACERVO HISTÓRICO. Peço a Palavra: Deputada Zuleika Alambert. Acervo Histórico 3, São Paulo, Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, 1º semestre 2005, pp.32-45.

ALAMBERT, Zuleika. Os Marxistas e a Elaboração Teórica sobre a Mulher.

Encontros com a Civilização Brasileira, vol. 26. A Mulher Hoje. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1980, pp.105-125.

ANSART, Pierre. História e memória dos ressentimentos In: BRESCIANI, Stella e NAXARA, Márcia. (orgs.) Memória e (Res) sentimento: indagações sobre uma questão sensível. São Paulo, Editora da Unicamp, 2004, pp.15-36.

COSTA, Albertina de Oliveira et alii. (orgs.) Memórias das Mulheres do Exílio, vol. 2. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1980.

DELPHY, Christine. Feminismo e Recomposição da Esquerda. Revista Estudos Feministas, vol. 2, nº 3. Rio de Janeiro, CIEC-UFRJ, 1994, pp.187-199.

ERGAS, Yasmine. O sujeito mulher. O feminismo dos anos 1960-1980.

In: DUBY, Georges e PERROT, Michèlle. História das Mulheres no Ocidente. Vol. 5. Porto, Afrontamento, 1994, pp.583-611.

GOLDBERG, Anette. Feminismo e Autoritarismo. A Metamorfose de uma Utopia de Liberação em Ideologia Liberalizante. Dissertação de Mestrado, UFRJ, Rio de Janeiro, 1987.

MACHADO, Lia Zanotta. Feminismo, Academia e Interdisciplinaridade. In: COSTA, Albertina de Oliveira e BRUSCHINI, Cristina. (orgs) Uma Questão de Gênero, Ed. Rosa dos Tempos, 1992, pp.24-38.

MORAES, Maria Lygia Quartim de. O Encontro Marxismo-Feminismo no Brasil. In: RIDENTI, Marcelo e REIS, Daniel Aarão. (org.) História do Marxismo no Brasil, Campinas – SP, Editora da Unicamp, 2007, pp.341-373.

NYE, Andrea. Teoria Feminista e as Filosofias do Homem. Rio de Janeiro, Editora Rosa dos Tempos, 1995.

PEDRO, Joana Maria e WOLFF, Cristina Scheibe. Nosotras e o Círculo de Mulheres Brasileiras: feminismo tropical em Paris. Art Cultura. Revista de História, Cultura e Artes, vol. 9, nº 14, Uberlândia, EDUFU, janjun.

, pp.55-69.

PEDRO, Joana Maria. Nosotras, Nós Mulheres, Nos/Otras, Noidonne - Rede de Divulgação Feminista dos anos 70 e 80. In: WOLFF, Cristina Scheibe, FAVERI, Marlene de, RAMOS, Tânia Regina de Oliveira.

(orgs.) Leituras em Rede. Gênero e Preconceitos. Florianópolis, Mulheres, 2007, pp.307-327.

PEREIRA, Carlos Alberto M. O que é Contracultura. São Paulo, Editora Brasiliense, 1983.

PERROT, Michelle. Sair. In: As Mulheres e os Silêncios da História. BauruSP, EDUSC, 2005, pp.279-316.

PINTO, Céli Regina Jardim. Uma história do feminismo no Brasil. São Paulo, Editora Fundação Perseu Abramo, 2003.

RAGO, Margareth. Os feminismos no Brasil: dos anos de chumbo à era global. Labrys, estudos feministas, nº 3, janeiro/julho de 2003.

Disponível em:. Acesso em: 22/07/2011.

RIOT-SARCEY, Michèle. Histoire du féminisme. Paris, Éditions La Découverte, 2002.

SARTI, Cynthia Andersen. O feminismo brasileiro desde os anos 1970: revisitando uma trajetória. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, 12 (2), CFH/CCE/UFSC, 2004, pp.35-50.

SARTI, Cynthia Andersen. Feminismo e contexto: lições do caso brasileiro. Cadernos Pagu (16), Campinas-SP, Núcleo de Estudos de Gênero- Pagu/Unicamp, 2001, pp.31-48.

SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil para análise histórica. Recife, 1989, mimeo. [Tradução: Christine Rufino Dabat & Maria Betânia Ávila] SOIHET, Rachel. Feminismos e Cultura Política: uma questão no Rio de Janeiro dos anos 1970-1980. In: ABREU, Martha, SOIHET, Rachel, GONTIJO, Rebeca. (orgs.) Cultura Política e Leituras do Passado: historiografia e ensino de história. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, pp.411-436.

THOMPSON, E.P. La Sociedad Inglesa del siglo XVII: Lucha de clases sin clases? In: Tradición, revuelta y consciencia de clase. Barcelona, Editorial Critica, 1984, pp.13-61.

VARIKAS, Eleni. ‘O Pessoal é Político’: desventuras de uma promessa subversiva. Tempo vol. 2, nº 3, Rio de Janeiro, Departamento de História-UFF/Relume Dumará, 1997, pp.59-80.

Downloads

Não há dados estatísticos.