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Os despudores de Anne McClintock
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Como Citar

EFREM FILHO, Roberto. Os despudores de Anne McClintock. Cadernos Pagu, Campinas, SP, n. 40, p. 377–385, 2016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/8645085. Acesso em: 26 abr. 2024.

Resumo

Couro Imperial: raça, gênero e sexualidade no embate colonial é um livro que põe em xeque importantes termos do atual estado da arte dos debates feministas. Anne McClintock, sua autora, faz-se a um só tempo uma intelectual sofisticada e militante, travando embates teóricos e analíticos fulcrais em meio às sinuosidades das mais complexas relações de poder. De “As Minas do Rei Salomão”, do escritor Henry Rider Haggard, à gravura de Theodore Galle sobre a chegada do homem branco nas terras virgens de uma América ferozmente feminizada; das propagandas racializadas de sabonete à vida e à obra da escritora feminista Olive Schreiner; dos fetichismos sexuais, dos travestismos de classe à poesia negra e contestatória de Soweto; Anne McClintock atravessa, sem pudores, diversos e espinhosos terrenos do imperialismo. Em suas análises, ela pronuncia palavras quase impronunciáveis. Contradição, dominação, hegemonia, mercadoria, ideologia, classe trabalhadora e patriarcado são expressões que permeiam o livro. O emprego de tais palavras encontra-se, de certo, associado às interlocuções teóricas empreendidas pela autora.
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Referências

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