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Risco e êxtase nas práticas eróticas
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Palavras-chave

Gênero. Erotismo. Sexualidade.

Como Citar

GREGORI, Maria Filomena. Risco e êxtase nas práticas eróticas. Cadernos Pagu, Campinas, SP, n. 47, p. 424–444, 2016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/8647269. Acesso em: 16 abr. 2024.

Resumo

Este artigo traz uma reflexão sobre diferentes experiências envolvidas nos erotismos contemporâneos, sobretudo, no que elas permitem decifrar articulações entre práticas sexuais, normas de gênero e limites da sexualidade (isto é, a zona fronteiriça onde habitam norma e transgressão, consentimento e abuso, prazer e dor). A principal questão tratada é relativa à uma tendência mais geral – e que apresenta bastante vigor no Brasil – de deslocamento daquilo que caracterizava as experiências e formas de erotismo no marco da vertente Pro Sex ou da Liberação Sexual dos anos 80 – todas as alternativas, retóricas do debate propiciado em torno da coletânea (hoje, clássica) Prazer e Perigo editada por Carol Vance (1984) - para novas semânticas e práticas de erotização dos corpos e dos riscos envolvidos a partir das fronteiras que colocam em tensão e disputa os termos do consentimento e da vulnerabilidade.
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