Resumo
A perseguição à filósofa Judith Butler em sua visita ao Brasil no final de 2017 revelou o poder do fantasma da chamada “ideologia de gênero”, um espectro que serve de eixo articulador de diferentes grupos de interesse que lutam contra o avanço dos direitos sexuais e reprodutivos. Este artigo busca identificar esses grupos e seus interesses, analisar sua aliança e a gramática política de sua atuação. O texto traz elementos históricos para retraçar a emergência da campanha contra os direitos sexuais em nosso país, assim como analisar sociologicamente as condições que permitiram sua disseminação como cruzada moral.Referências
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