Banner Portal
“Joga pedra na Judith”: discursos de ódio e populismo
PDF

Palavras-chave

Populismo. Democracia. Judith Butler. Direitos Humanos. Conservadorismo.

Como Citar

NEVES, Raphael. “Joga pedra na Judith”: discursos de ódio e populismo. Cadernos Pagu, Campinas, SP, n. 53, 2018. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/8653417. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

O objetivo deste artigo é tentar apontar uma possível ligação entre as hostilidades sofridas por Judith Butler no Brasil e uma captura dessas manifestações conservadoras por movimentos políticos. Minha hipótese é a de que um novo populismo pode estar em formação. Nesse sentido, o artigo dialoga com teorias do populismo no Brasil e no atual contexto internacional. O trabalho de Butler serve também como pano de fundo para uma reflexão da política populista e de como os ataques a direitos sexuais e reprodutivos servem de combustível para alimentar forças autoritárias com grande apelo às massas.
PDF

Referências

ALMEIDA, Ronaldo. A Onda Quebrada – evangélicos e conservadorismo. cadernos pagu (50), Campinas, SP, Núcleo de Estudos de GêneroPagu/Unicamp, 2017 [http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104- 83332017000200302&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt – acesso em: 6 fev. 2018].

ANDERSON, Perry. The Centre can Hold. New Left Review 105, maio/junho 2017, pp.5-27.

ARATO, Andrew. Political Theology and Populism. Social Research, 80(1), 2013, pp.143-72.

BUTLER, Judith. Notes Toward a Performative Theory of Assembly. Cambridge, Harvard University Press, 2015.

BUTLER, Judith. Trump is emancipating unbridled hatred. Die Zeit, 28 out. 2016 [http://www.zeit.de/kultur/2016-10/judith-butler-donald-trumppopulism-interview/komplettansicht – acesso em: 25 fev. 2018].

COHEN, Jean; ARATO, Andrew. Civil Society and Political Theory. Cambridge, MIT Press, 1992.

KECK, Margaret. PT – a Lógica da Diferença: o Partido dos Trabalhadores na Construção da Democracia Brasileira. Rio de Janeiro, Centro Edelstein de Pesquisas Sociais, 2010.

LACLAU, Ernesto. A Razão Populista. São Paulo, Três Estrelas, 2013.

LINZ, Juan. Some Notes Towards a Comparative Study of Fascism in Sociological Historical Perspective. In: LAQUEUR, Walter (ed.), Fascism: a reader’s guide. Berkeley, University of California Press, 1976, pp.3-121.

MENDONÇA, Daniel de. Por que não seria o “lulismo” populista? In: MENDONÇA, Daniel; RODRIGUES, Léo; LINHARES, Bianca (org.). Ernesto Laclau e seu legado interdisciplinar. São Paulo, Intermeios, 2017, pp.39-62.

MÜLLER, Jan-Werner. What is Populism? Filadélfia, University of Pennsylvania Press, 2016.

NEVES, Raphael; LUBENOW, Jorge. Entre Promessas e Desenganos: lutas sociais, esfera pública e direito. In: NOBRE, Marcos; TERRA, Ricardo (org.). Direito e Democracia: um guia de leitura de Habermas. São Paulo, Malheiros, 2008, pp.249-67.

NORRIS, Pippa; INGLEHART, Ronald. Trump, Brexit, and the Rise of Populism: Economic Have-Nots and Cultural Backlash. HKS Working Paper n o RWP16-026, 2016 [https://dx.doi.org/10.2139/ssrn.2818659 – acesso em: 25 fev. 2018].

PRANDI, Reginaldo; SANTOS, Renan. Quem tem Medo da Bancada Evangélica? Posições sobre moralidade e política no eleitorado brasileiro, no Congresso Nacional e na Frente Parlamentar Evangélica. Tempo Social, 29(2), 2017, pp.187-214.

RODRIK, Dani. Populism and the Economics of Globalization. Paper, Cambridge, Mass., 2017 [https://drodrik.scholar.harvard.edu/files/danirodrik/files/populism_and_the_economics_of_globalization.pdf – acesso em: 25 fev. 2018].

WEFFORT, Francisco. O populismo na política brasileira. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1978.

Downloads

Não há dados estatísticos.