Banner Portal
Museus, mulheres e gênero
PDF

Palavras-chave

Museus
Museologia
Mulheres
Gênero
Teoria Queer.

Como Citar

SOARES, Bruno César Brulon. Museus, mulheres e gênero: olhares sobre o passado para possibilidades do presente. Cadernos Pagu, Campinas, SP, n. 55, p. e195515, 2019. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/8656393. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

Na Museologia, campo predominantemente constituído por mulheres no Brasil, o papel dessas profissionais se mostrou, ao longo da história da disciplina, submetido à tutela masculina, reproduzida e naturalizada nos museus. Por meio da análise histórica, este artigo busca evidenciar a subversão da dominação masculina no campo acadêmico da Museologia, por meio da mudança do papel desempenhado por museólogas brasileiras no século XX. As reflexões sobre o passado nos levam a considerar as relações de gênero na Museologia, evidenciando relações de poder construídas historicamente nesse campo, ou, ainda, nos levam a pensar uma museologia pelo viés queer, subvertendo por completo as categorias identitárias reproduzidas nos museus.

PDF

Referências

AUDEBERT, Ana. Museologia, gênero e feminismos: sobre mulheres, coleções e museus. Anais do XXIV Encontro Anual do ICOFOM LAM. Musealidade e patrimônio na teoria museológica latino-americana e do Caribe. ICOFOM LAM – Subcomitê Regional do ICOFOM para a América Latina e o Caribe, Ouro Preto – MG, 2016. pp.231-265.

BOUNIA, Alexandra. Gender and material culture: review article. Museum & Society, vol. 10, nº 1, 2012, pp.60-65.

BRASIL. Coleção das leis da República dos Estados Unidos do Brasil de 1922. v. 3. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1923, pp. 72-74; pp. 82-85.

BUTLER, Judith. Gender trouble. Feminism and the subversion of identity. New York; London: Routledge, 2007 [1990].

CHARTIER, Roger. Diferenças entre os sexos e a dominação simbólica (nota crítica). cadernos pagu (4), Campinas-SP, Núcleo de Estudos de Gênero-Pagu, 1995, pp.37-47.

CHOAY, Françoise. A alegoria do patrimônio. São Paulo, Estação Liberdade: Editora UNESP, 2001.

CONCURSO para cargos iniciais da carreira de conservador. Revista do Serviço Público, Rio de Janeiro, ano 2, vol. 3, nº 1-2, jul./ago. 1939, pp. 106-108.

CRENSHAW, Kimberle. Mapping the margins: intersectionality, identity politics, and violence against women of color. Stanford Law Review, vol. 43, nº 6, 1991, pp. 1241-1299.

CUSHMAN, Karen. Museum studies: the beginnings, 1900-1926. Museum Studies Journal, Spring, 1984, pp. 8-18.

ELIAS, Norbert. O processo civilizador. Vol. 1: uma breve história dos costumes. Rio de Janeiro: Zahar, 1994.

LAEMMERT, Regina Liberalli. Conservação e restauração de pinturas. Anuário do Museu Nacional de Belas Artes, nº 3, Rio de Janeiro, 1941, pp. 159-192.

LEVIN, Amy K. (ed.). Gender, sexuality and museums: a routledge reader. London: Routledge, 2010.

LEVY, Fortunée. As mulheres e as armas. Anais do Museu Histórico Nacional, vol. IV, 1943, pp. 499-520.

LOPES, Maria Margaret. Proeminência na mídia, reputação em ciências: a construção de uma feminista paradigmática e cientista normal no Museu Nacional do Rio de Janeiro. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, v.15, supl., Rio de Janeiro, jun. 2008, pp.73-95.

MAIRESSE, François. La notation de public. In: Annual Conference of The International Committee For Museology/ICOFOM (27), Calgary, Canada, 2005. Symposium Museology and Audience – Museología y El Público de Museos, Munich, ICOM, International Committee for Museology/ICOFOM; ISS: ICOFOM STUDY SERIES, Munich, Germany, nº 35, 2005, pp.7-25.

PERROT, Michèle et alii. Culture et pouvoir des femmes: essai d'historiographie. Annales Économies, Sociétés, Civilisations, 41ᵉ année, nº 2, 1986, pp. 271-293.

POLLAK, M. Memória, esquecimento e silêncio. Estudos Históricos, vol. 2, nº 3, CPDOC, 1989, pp.3-15.

POMIAN, Krzysztof. Coleção. Enciclopédia Einaudi, vol. 1. Memória História. Porto: Imprensa Nacional / Casa da Moeda, 1984. pp.51-86.

REAL, Regina Monteiro. Que é técnica de museu? Estudos Brasileiros, Rio de Janeiro, ano 03, vol. 06, nos 16 e 17, jan.-fev./mar.-abr. 1941, pp.109-132.

RECHENA, Aida. Museologia (d)e Género. In: ASENSIO et alii (eds.) SIAM. Séries Iberoamericanas de Museología, vol. 4, 2012, pp.259-269. Disponível em: http://www.uam.es/mikel.asensio. Acesso em: 09 out. 2017.

SÁ, Ivan Coelho de. História e memória do curso de Museologia: do MHN à Unirio. Anais do Museu Histórico Nacional, vol. 39, Rio de Janeiro, 2007, pp.10-42.

SCHWARZER, Marjorie. Women in the temple: gender and leadership in museums. In: LEVIN, Amy K. (ed.). Gender, sexuality and museums: a routledge reader. London: Routledge, 2010, pp.16-27.

SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil para análise histórica. Revista Educação e Realidade, vol. 20, nº 2, Porto Alegre, jul./dez. 1995, pp.71-99.

______. História das mulheres. In: BURKE, Peter (org.). A escrita da história. Novas perspectivas. São Paulo, Unesp, 1992, pp.65-98.

SOIHET, Rachel; PEDRO, Joana M. A emergência da pesquisa na história das mulheres e das relações de gênero. Revista Brasileira de História nº 54, vol. 27, São Paulo, ANPUH, jul.-dez, 2007, pp.281-300.

SOIHET, Rachel. Violência simbólica: saberes masculinos e representações femininas. Revista Estudos Feministas, vol.5, no 1, Rio de Janeiro, UFRJ/IPHICS, 1997, pp.7-29.

STAROBINSKI, Jean. As máscaras da civilização. Ensaios. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.

Downloads

Não há dados estatísticos.