Banner Portal
Loucas ou modernas?
PDF

Palavras-chave

Gênero
Modernização
Normalidade
Periódicos.

Como Citar

FACCHINETTI, Cristiana; CARVALHO, Carolina. Loucas ou modernas? : mulheres em revista (1920-1940). Cadernos Pagu, Campinas, SP, n. 57, p. e195707, 2019. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/8658143. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

Este artigo propõe analisar, à luz da história cultural, as mudanças nas relações de gênero durante as décadas de 1920 a 1940, período de grande modernização do Rio de Janeiro. As fontes selecionadas para análise foram as vozes de médicos em periódicos científicos; cartas abertas de conselheiros em colunas sentimentais; e cartas de leitores de revistas de variedades. De novidade, o artigo sublinha o papel das “modernistas”, uma das muitas categorias construídas no contexto da redefinição dos papéis sociais femininos que oscilavam entre representações de vanguarda e patologia.

PDF

Referências

A CIGARRA. São Paulo, 1924-1944.

AUSTREGÉSILO, Antônio. Perfil da mulher brasileira: esboço acerca do feminismo no Brasil. 2ª Ed. Rio de Janeiro, Editora Guanabara, 1938.

BROWN, Isaac. O Normotypo Brasileiro. Rio de Janeiro, Guanabara, 1934.

D’ARON, Arly. A arte infantil de Tarsila. Gazeta de Notícias, Rio de Janeiro, 4 ago. 1929, n. 183, p.2.

FICHA DE OBSERVAÇÃO. Colônia Juliano Moreira, 1940. (IMASJM) In: FIOCRUZ. Base de dados Psi-COC (BDPC). Rio de Janeiro. Coord., Cristiana Facchinetti, 2008.

JORNAL DAS MOÇAS. Rio de Janeiro, 1931.

KEHL, Renato. Como escolher uma boa esposa. Rio de Janeiro, Livraria Francisco Alves, 1925.

KEHL, Renato. Crescei-vos e multiplicai-vos. Boletim de Eugenia, ano II, n. 22, 1930, p.2.

LAUDO DE EXAME DE SANIDADE MENTAL. Manicômio Judiciário, 1924 (HCTPHC) In: FIOCRUZ. BDPC. Rio de Janeiro. Coord., Cristiana Facchinetti, 2008.

MOREIRA, Juliano. A seleção individual de imigrantes no programa da higiene mental. Arquivos Brasileiros de Higiene Mental, ano I, s.n., 1925, pp.109-115.

O ROMANCE da Zizi Papillon. A Rua, n. 180, 3 jul. 1915, p.2.

PORTO-CARRERO, Julio. O exame pré-nupcial como fator eugênico. Arquivos Brasileiros de Higiene Mental, ano VI, n. 2, 1933, pp.90.

PORTO-CARRERO, Julio. O sexo e a cultura. Arquivos Brasileiros de Higiene Mental, ano III, n. 5, 1930, pp.157-166.

PORTO-CARRERO, Julio. Psicanálise de uma civilização. Rio de Janeiro, Editora Guanabara; Waissman, Koogan, 1933a.

PRONTUÁRIO. Colônia Juliano Moreira, 1943 (IMASJM). In: FIOCRUZ, BDPC, Rio de Janeiro. Coord., Cristiana Facchinetti, 2008.

PRONTUÁRIO. Hospital Nacional de Alienados. Seção Esquirol, 1934 (IMASNS). In: FIOCRUZ. BDPC. Rio de Janeiro. Coord., Cristiana Facchinetti, 2008.

PUECH, Luiz M. de Rezende. Ginecologia e alienação mental. Arquivos Brasileiros de Psiquiatria, Neurologia e Ciências Afins, ano III, n. 2, 1907, pp.352-353.

ROXO, Henrique. Dos estados mentais nas grandes nevroses. Arquivos Brasileiros de Psiquiatria, Neurologia e Ciências Afins, ano II, n. 2, 1906, pp.139-148.

VAMOS LER!. Rio de Janeiro, 1936-1943.

AMARAL, Maria Adelaide. Tarsila. São Paulo, Globo, 2004.

BERGER, Peter; LUCKMANN, Thomas. Modernidade, pluralismo e crise de sentido: a orientação do homem moderno. 3ª ed. Petrópolis: Vozes, 2012.

BERMAN, Marshall. Tudo que é sólido desmancha no ar: a aventura da modernidade. São Paulo, Companhia das Letras, 2007.

BIRMAN, Joel. O mal-estar na modernidade e a psicanálise: A psicanálise à prova do social. Physis, vol. 8, n. 1, Rio de Janeiro, 1998, pp.123-144.

CARRARA, Sérgio. A geopolítica simbólica da sífilis: um ensaio de antropologia histórica. História, Ciências, Saúde-Manguinhos, vol. III, n. 3, Rio de Janeiro, nov. 1996-fev. 1997, pp.391-408.

CHARTIER, Roger. A história cultural: entre práticas e representações. Rio de Janeiro: Difel/Bertrand Brasil, 1990.

COHEN, Ilka Stern. Diversificação e segmentação dos impressos. In: MARTINS, Ana Luiza; LUCA, Tania Regina de (org.). História da imprensa no Brasil. 2ª ed. São Paulo, Contexto, 2015, pp.103-130.

CUPELLO, Priscila Céspede. A mulher (a)normal: representações do feminino em periódicos científicos e revistas leigas na cidade do Rio de Janeiro (1925-1933). Dissertação (Mestrado em História das Ciências e da Saúde), Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz, Rio de Janeiro, 2013.

CYTRYNOWICZ, Roney. A escassez das empregadas e a mulher fora de lugar. In: CYTRYNOWICZ, Roney. Guerra sem guerra: a mobilização e o cotidiano em São Paulo durante a Segunda Guerra Mundial. São Paulo, Edusp, 2000, pp.121-134.

DIAS, Allister. Arquivos de Ciências, Crimes e Loucuras: Heitor Carrilho e o debate criminológico do Rio de Janeiro entre as décadas de 1920 e 1940. Tese (Doutorado em História das Ciências e da Saúde), Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz, Rio de Janeiro, 2015.

DORLIN, Elsa. La matrice de la race. Généalogie sexuelle et coloniale de la nation française. Paris, La Découverte, 2006.

DUARTE, Constância Lima. Feminismo e literatura no Brasil. Estudos Avançados, vol. 17, n. 49, São Paulo, dez. 2003, pp.151-172.

ENGEL, Magali Gouveia. Os delírios da razão: médicos, loucos e hospícios (Rio de Janeiro, 1830-1930). Rio de Janeiro, Editora Fiocruz, 2001.

FACCHINETTI, Cristiana; MUÑOZ, Pedro Felipe Neves de. Emil Kraepelin na ciência psiquiátrica do Rio de Janeiro, 1903-1933. História, Ciência, Saúde-Manguinhos, vol. 20, n. 1, Rio de Janeiro, mar. 2013, pp.239-262.

FACCHINETTI, Cristiana. A doença do prazer. Revista de História da Biblioteca Nacional, vol. 93, Rio de Janeiro, 2013, pp.32-34.

FACCHINETTI, Cristiana. Normal, anormal, patológico: representações de gênero no Estado Novo. Relatório final de pesquisa (APQ1-FAPERJ). Rio de Janeiro, 2014.

FACCHINETTI, Cristiana. Psicanálise para brasileiros: história de sua circulação e sua apropriação no entreguerras. Culturas Psi, Buenos Aires / Santiago do Chile, vol. 0, n. 1, p. 45-62.

FERREIRA, Luiz Otávio. Os periódicos médicos e a invenção de uma agenda sanitária para o Brasil. História, Ciências, Saúde-Manguinhos, vol. 6, n. 2, Rio de Janeiro, 1999, pp.331-551.

FOUCAULT, Michel. O que é um autor? In: FOUCAULT, Michel. Ditos e Escritos: estética, literatura e pintura, música e cinema. 2a Ed., Vol. III, Rio de Janeiro,, Forense Universitária, 2009, pp.82-118. [1969].

FOUCAULT, Michel. A História da Sexualidade II – o uso dos prazeres. Rio de Janeiro, Graal, 2012.

FREIRE, Maria Martha de Luna. Mulheres, mães e médicos: discurso maternalista em revistas femininas. (Rio de Janeiro e São Paulo, década de 1920). Tese (História das Ciências e da Saúde), Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz, Rio de Janeiro, 2006.

KOBAYASHI, Elizabete Mayumy. Higiene e consumo: novas sensibilidades para um Brasil Moderno (décadas de 1940 a 1960). Tese (Doutorado em História das Ciências e da Saúde), Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz, Rio de Janeiro, 2012.

LAQUEUR, Thomas. Inventando o sexo: corpo e gênero dos gregos a Freud. Rio de Janeiro, Relume Dumará, 2001.

MARTINS, Ana Luiza; LUCA, Tania Regina de (org.). História da imprensa no Brasil. 2ª ed. São Paulo, Contexto, 2015.

MARTINS, Ana Luiza. Revistas em revista. São Paulo, Fapesp; Edusp; Imprensa oficial, 2001.

MARTINS, Vanessa Gandra Dutra. Reflexão sobre a escrita epistolar como fonte histórica a partir da contribuição da teoria da literatura. Revista Língua e Literatura, vol. 13, n. 20, Frederico Westphalen, ago. 2011, p. 1-216.

MOTTA, Marly. Rio, cidade-capital. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 2004.

MUÑOZ, Pedro Felipe Neves de. Degeneração atípica: uma incursão ao arquivo de Elza. Dissertação (Mestrado em História das Ciências e da Saúde), Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz, Rio de Janeiro, 2010.

NUNES, Silvia Alexim. A medicina social e a questão feminina. Physis, vol. 1, n. 1, Rio de Janeiro, 1991, pp.49-76.

PONTES, Heloisa. Vida e obra de uma menina nada comportada: Pagu e o suplemento Literário do Diário de São Paulo. cadernos pagu (26), Campinas-SP, Núcleo de Estudos de Gênero-Pagu/Unicamp, jan/jun. 2006, pp.431-442.

RAGO, Margareth. A invenção do cotidiano na metrópole: sociabilidade e lazer em São Paulo, 1900-1950. In: PORTA, Paula (org.). História da cidade de São Paulo, vol. 3, São Paulo, Paz e Terra, 2004, pp.387-435.

ROHDEN, Fabíola. Uma ciência da diferença: sexo e gênero na medicina da mulher. Rio de Janeiro, Editora Fiocruz, 2001.

SEVCENKO, Nicolau. Literatura como missão: tensões sociais e criação cultural na Primeira República. São Paulo, Brasiliense, 1985.

SOUZA, Vanderlei Sebastião de. A política biológica como projeto: a “eugenia negativa” e a construção da nacionalidade na trajetória de Renato Kehl (1917-1932). Dissertação (Mestrado em História das Ciências e da Saúde), Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz, Rio de Janeiro, 2006.

TEIXEIRA, Nincia Cecília Ribas Borges. Imagens literárias urbanas: Machado de Assis e Lima Barreto, o Rio de Janeiro escrito a quatro mãos. Tese (Doutorado em Letras), Faculdade de Ciências e Letras, UNESP, Assis, 2005.

VELLOSO, Monica Pimenta. Haute Bicherie no Rio de Janeiro: reconfigurações do olhar iluminista no imaginário franco brasileiro. In: FLECHET, Anais; COMPAGNON, Olivier (org.). Os franceses não tomam banho? Imagens e imaginário da França no Brasil (século XIX e XX). Rio de Janeiro, Fundação Casa de Rui Barbosa, 2013, pp.12-24.

VELLOSO, Monica Pimenta. Modernismo no Rio de Janeiro: turunas e quixotes. Rio de Janeiro, FGV, 1996.

Downloads

Não há dados estatísticos.