Banner Portal
O feminismo no jornalismo
PDF

Palavras-chave

Estudos feministas de mídia
Feminismo
Jornalismo

Como Citar

SARMENTO, Rayza. O feminismo no jornalismo. Cadernos Pagu, Campinas, SP, n. 58, p. e205802, 2021. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/8664323. Acesso em: 30 jun. 2024.

Resumo

Este trabalho investiga como foi construído o sujeito do feminismo no jornalismo brasileiro. Os debates sobre sujeito são hoje uma das dimensões fundamentais da teoria política feminista. Neste paper, a análise empírica se concentra em 579 textos publicados no jornal Folha de São Paulo, entre os anos de 1921 e 2016. No primeiro momento (1921 a 1959), observamos que os enquadramentos sobre o sujeito se alternavam na construção da feminista desviante e da feminista aceitável. No segundo momento (1960 a 1989), o quadro da feminista desviante permanece junto de uma ideia mais forte da organização política, a feminista organizada. No terceiro momento (1990 a 2016), novamente, a manutenção do sujeito feminismo como desviante e uma nova ênfase na dimensão individual do ativismo.

PDF

Referências

AGUIAR, Neuma. Perspectivas Feministas e o Conceito de Patriarcado na Sociologia Clássica e no Pensamento Sociopolítico Brasileiro. In: AGUIAR, Neuma (org.). Gênero e Ciências Humanas: Desafio às Ciências desde a Perspectiva das Mulheres. 1ed. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1997, pp. 161-191.

ALVAREZ, Sonia. Para além da sociedade civil: reflexões sobre o campo feminista. Cadernos Pagu (43), Campinas, 2014, pp.13-56.

BIROLI, Flávia. Autonomia e justiça no debate sobre aborto: implicações teóricas e políticas. Revista Brasileira de Ciência Política, nº15. Brasília, 2014, pp. 37-68.

BUTLER, Judith. Variações sobre sexo e gênero: Beauvoir, Wittig e Foucault. In: BENHABIB, Seyla. Feminismo como crítica da modernidade. RJ: Rosa dos Tempos, 1987, pp. 139.

CARDON, Dominique. As mobilizações de indivíduos na internet. In: MENDONÇA, Ricardo Fabrino et. al (Orgs.). Democracia digital: publicidade, instituições e confronto politico. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2016, pp. 287-306.

COHEN, Jean. Repensando a privacidade: autonomia, identidade e a controvérsia sobre o aborto. Revista Brasileira de Ciência Política, nº7. Brasília, 2012, pp. 165-203.

COLLINS, Patricia Hill. The Social Construction of Black Feminist Thought. In: COLLINS, Patricia Hill. Black Feminist Thought: Knowledge, Consciousness, and the Politics of Empowerment. NY: Routledge, 2000, pp. 1-44.

COSTA, Ana Alice. O movimento feminista no Brasil: Dinâmicas de uma intervenção política. Revista Labrys, Niterói, v.5, n. 2, 2005, pp. 9-35.

CRENSHAW, Kimberle. Demarginalizing the Intersection of Race and Sex: A Black Feminist Critique of Antidiscrimination Doctrine, Feminist Theory and Antiracist Politics. The University of Chicago Legal Forum, Chicago, v. 140, 1989. pp. 139-167.

GOMES, Carla; SORJ, Bila. Corpo, geração e identidade: a Marcha das vadias no Brasil. Revista Sociedade e Estado, v.29, n.2, 2014, p.433-447.

HARAWAY, Donna. O humano numa passagem pós-humanista. Revista Estudos Feministas, n.2, 1993, pp. 277-292. KRAUSE, Sharon. Contested Questions, Current Trajectories: Feminism in Political Theory Today. Politics and Gender. 7(1), 2011, pp. 105-111.

LIND, Rebecca; SALO, Coleen. The framing of feminists and feminism in news and public affairs programs is U.S. electronic media. Journal of Communication, march 2002, pp. 211-228.

MATOS, Marlise. Movimento e teoria feminista. É possível reconstruir a teoria feminista a partir do sul global? Revista de Sociologia Política, v. 18, n. 36, 2010, pp. 67-92.

MATOS, Marlise. Teorias de gênero ou teorias e gênero? Se e como os estudos de gênero e feministas se transformaram em um campo novo para as ciências. Revista Estudos Feministas, v.16, n 2, 2008, pp.333-357.

MENDES, Kaitlynn ‘Feminism rules! Now, where’s my swimsuit?’ Reevaluating feminist discourse in print media 1968–2008. Media, Culture & Society. 34(5), 2012, pp. 554–570.

MENDES, Kaitlynn. Framing Feminism: News Coverage of the Women’s Movement in British and American Newspapers, 1968–1982. Social Movement Studies, Vol. 10, January 2011, pp. 81-98. MENDES, Kaitlynn. Slutwalk, feminism and news. In: SILVA, K.; MENDES, K. Feminist erasures. Challenging Backlash Culture. Londres: Palgrave Macmillan, 2015, pp. 219-234.

MIGUEL, L. F.. Perspectivas sociais e dominação simbólica: a presença política das mulheres entre Iris Marion Young e Pierre Bourdieu. Revista de Sociologia e Política, Curitiba,v. 18, 2010, pp. 25-49.

MIGUEL, Luis Felipe. A identidade e a diferença. In: MIGUEL, Luis Felipe; BIROLI, Flávia. Feminismo e política: uma introdução, 2014, pp. 79-92.

MOHANTY, C. T. Under Westerns Eyes: Feminist Scholarship and Colonial Discourses. Boundary 2, v. 12, 1984, pp.333-358.

MOUFFE, Chantal. Feminismo, cidadania e política democrática radical. In: MIGUEL, Luis Felipe; BIROLI, Flavia. Teoria política feminista: textos centrais. Vinhedo: Editora Horizonte, 2013, pp. 265- 282.

PEDRO, Joana Maria. Narrativas do feminismo em países do Cone Sul (1960- 1989). In: PEDRO, Joana Maria; WOLFF, Cristina. Gênero, feminismos e ditaduras no Cone sul. Florianópolis : Editora Mulheres,2010,pp.115-137.

PINTO, Celi. Uma História do feminismo no Brasil. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2003. RHODE, Debora. Media images, feminist issues. Signs. v.20, n.3, 1994, pp. 685-710.

ROSS, Karen. Gender@internet. In: ROSS, Karen. Gendered media: women, men, and identity politics. UK: Rowman & Littlefield Publishers, 2010, pp. 123-152.

SALIH, Sara. Judith Butler e a teoria queer. BH: Autêntica, 2012. SARMENTO, Rayza. Estudos feministas de mídia e política: uma visão geral. BIB-Revista Brasileira de Informação Bibliográfica em Ciências Sociais, n. 87, 2018, pp. 181-202.

SARTI, Cynthia. O feminismo brasileiro desde anos 1970: revisitando uma trajetória. Revista Estudos Feministas, v. 12, 2004, pp. 35-50.

SOARES, Vera. Muitas faces do feminismo no Brasil. In: Mulher e Política – Gênero e feminismo no Partido dos Trabalhadores. São Paulo, Editora Fundação Perseu Abramo, 1998.

SOIHET, Rachel. Feminismos e antifeminismos. Mulheres e suas lutas na conquista da cidadania plena. Rio de Janeiro: 7Letras, 2013.

SPIVAK, Gayatri. Pode o subalterno falar? BH: Editora UFMG, 2010.

VAN ZOONEN, Liesbet. The women’s movement and the media: constructing a public identity. European Journal of Communication. v.7, 1992, pp. 453- 476.

YOUNG, Iris. Representação política, identidade e minorias. Lua Nova, v. 67, 2006, pp.139-190.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2020 Cadernos Pagu

Downloads

Não há dados estatísticos.