Banner Portal
Participação feminina na pesquisa sobre tecnologia da informação no Brasil
PDF

Palavras-chave

Tecnologia da informação
Gênero
Mulheres
Grupos de pesquisa
Teses e dissertações

Como Citar

OLIVEIRA, Jussara Ribeiro de; MELLO, Lívia Coelho; RIGOLIN, Camila Carneiro Dias. Participação feminina na pesquisa sobre tecnologia da informação no Brasil: grupos de pesquisa e produção científica de teses e dissertações. Cadernos Pagu, Campinas, SP, n. 58, p. e205804, 2021. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/8664326. Acesso em: 8 maio. 2024.

Resumo

Este trabalho mapeou a natureza da participação feminina na pesquisa sobre tecnologia da infirmação (TI) no Brasil, sob duas perspectivas: a presença de mulheres nos grupos de pesquisa cadastrados e certificados no Diretório dos Grupos de Pesquisa do CNPq e na produção científica de teses e dissertações depositadas na Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do IBICT. Os resultados retratam a configuração dos grupos de pesquisa e da produção científica de tese e dissertações no campo de TI, no Brasil, além de gerar indicadores que confirmam a concentração de mulheres em áreas de conhecimento ditas feminizadas, além de sugerirem a ocorrência de barreiras à sua ascensão hierárquica.

PDF

Referências

AMARAL, Marília Abrahão et alii. Investigando questões de gênero em um curso da área de Computação. Revista Estudos Feministas, Florianópolis , v. 25, n. 2, p. 857-874, Aug. 2017 .

ARRUDA, Denis et alii. Brazilian computer science research: gender and regional distributions. Scientometrics, v. 79, n. 3, jun. 2009, pp. 651– 665 [http://link.springer.com/10.1007/s11192-007-1944-0 - acesso em 12 mar. 2018].

AUSTRALIAN-Computer-Society. Australian ICT statistical compendium. Sydney, Australian Computer Society Inc, 2012.

AZEVEDO, Nara; FERREIRA, Luiz Otávio. Modernização, políticas públicas e sistema de gênero no Brasil: educação e profissionalização feminina entre as décadas de 1920 e 1940. Cadernos Pagu, n.27, 2006, pp.213-254.

BELGORODSKIY Alexander et alii. The gender pay gap in the ICT labour market: comparative experiences from the UK and New Zealand. New Technology, Work and Employment, v. 27(2), 2012, pp.106–119.

BEYER, Sylvia. Why are women underrepresented in computer science? Gender differences in stereotypes, self-efficacy, values, and interests and predictors of future CS course taking and grades, Computer Science Education, v. 24, 2014, pp. 153-192.

BOHR, Bärbel. Gender codes: why women are leaving computing. The Information Society, v. 29(4), 2013, pp.252–253. BRASIL. Decreto nº 8.727, de 28 de abril de 2016. [http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015- 2018/2016/decreto/D8727.htm - acesso em 27 fev 2018], 2016a.

BRASIL. Diretório dos Grupos de Pesquisa no Brasil (DGP). Glossário. [http://lattes.cnpq.br/web/dgp/glossario/ – acesso em: 27 dez 2016], 2016b.

BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Tradução de Renato Aguiar. Rio de janeiro: Civilização Brasileira, 2003.

CALAS, Marta B.; SMIRCICH, Linda. Engendering the organizational: organization studies and feminist theorizing. In: ADLER, Paul et alii (Eds.). The Oxford Handbook of Sociology, Social Theory and Organization Studies: contemporary currents, 2014, pp. 605-659.

CAPUTO, Carlo; REQUENA, Jaime; VARGAS, Domingo. Life sciences research in Venezuela. Scientometrics, v. 90(3), 2012, pp. 781-805.

CHERYAN, Sapna et alii. Ambient belonging: how stereotypical cues impact gender participation in computer science. Journal of Personality and Social Psychology, v. 97(6), dez. 2009, pp. 1045- 1060.

CHERYAN, Sapna et alii. Do female and male role models who embody STEM stereotypes hinder women's anticipated success in STEM? Social Psychological and Personality Science, v. 2(6), nov. 2011, pp. 656–664.

COHOON, Joanne McGrath; ASPRAY, William. A critical review of the research on women’s participation in postsecondary computing education. In: COHOON, Joanne McGrath; ASPRAY, William (Eds), Women and information technology. Cambridge - Massachusetts, MIT Press, 2006, pp. 137–180.

COWAN, Ruth Schwartz. The 'industrial revolution' in the home: household technology and social change in the 20th century. Technology and Culture, v. 17, n. 1, jan. 1976, p. 1. [http://www.jstor.org/stable/3103251?origin=crossref - acesso em 12 mar. 2018].

CUNDIFF, Jessica L. et alii. Do gender–science stereotypes predict science identification and science career aspirations among undergraduate science majors? Social Psycholy of Education. v. 16, 2013, pp.541.

DAUTZENBERG, Kirsti. Gender differences of business owners in technology‐based firms. International Journal of Gender and Entrepreneurship, v. 4, n. 1, mar. 2012, pp. 79–98 [http://www.emeraldinsight.com/doi/10.1108/17566261211202990 - acesso em 12 mar. 2018].

DURBIN, Susan. Creating knowledge through networks: a gender perspective. Gender, Work & Organization, v. 18, n. 1, 1 jan. 2011, pp. 90–112 [http://doi.wiley.com/10.1111/j.1468-0432.2010.00536.x - acesso em 12 mar. 2018].

ECKLUND, Elaine Howard; LINCOLN, Anne E.; TANSEY, Cassandra. Gender segregation in elite academic science. Gender & Society, v. 26, n. 5, out. 2012, pp. 693– 717[http://journals.sagepub.com/doi/10.1177/0891243212451904 - acesso em 12 mar. 2018].

FOX, Mary Frank; SONNERT, Gerhard; NIKIFOROVA, Irina. Programs for Undergraduate women in science and engineering: issues, problems, and solutions. Gender & Society, v. 25(5), 2011, pp. 589–615.

GUEDES, Moema de Castro; AZEVEDO, Nara; FERREIRA, Luiz Otávio. A produtividade científica tem sexo? Um estudo sobre bolsistas de produtividade do CNPq. Cadernos Pagu (45), Campinas, dez. 2015, pp. 367-399. [http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104- 83332015000200367&lng=en&nrm=iso – acesso em: 27 dez 2016].

HARAWAY, Donna J. Simians, cyborgs and women: the reinvention of nature. New York, Routledge, 1991.

HARDING, Sandra. Sciences from below: Feminisms, postcolonialities, and modernities, Raleigh, Duke University Press, 2008.

HARDING, Sandra. Standpoint Theories: Productively Controversial, Hypatia, v.24(4), 2009, pp. 192-200.

HERRING, Cedric. Does diversity pay? race, gender, and the business case for diversity. American Sociological Review, v. 74 (2), abr. 2009, pp. 208-224.

HUNTER, Alison. Locating Women in the New Zealand Computing Industry. Journal of Applied Computing and Information Technology, v. 16(1), 2012. [http://www.citrenz.ac.nz/jacit/JACIT1601/2012Hunter_ComputingWo men.html – acesso em: 27 dez 2016].

KELLER, Evelyn Fox. Reflections of gender and science. New Haven - CT, Yale University Press, 1985.

KNOBLOCH-WESTERWICK, Silvia; GLYNN, Carroll J.; HUGE, Michael. The matilda effect in science communication. Science Communication, v. 35, n. 5, out. 2013, pp. 603–625 [http://journals.sagepub.com/doi/10.1177/1075547012472684 - acesso em 12 mar. 2018]. LETA, Jacqueline. As mulheres na ciência brasileira: crescimento, contrastes e um perfil de sucesso. Estudos Avançados, São Paulo-SP, v. 17, n. 49, dez. 2003, pp. 271–284 [http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103- 40142003000300016&lng=pt&tlng=pt - acesso em 12 mar. 2018].

LEWIS, Patricia. Postfeminism, femininities and organization studies: exploring a new agenda. Organization Studies, v. 35, n. 12, dez. 2014, pp. 1845–1866 [http://journals.sagepub.com/doi/10.1177/0170840614539315 - acesso em 12 mar. 2018]. LI, Nai; KIRKUP, Gill. Gender and cultural differences in Internet use: a study of China and the UK. Computers in Education, v. 48(2), 2007, pp. 301–317.

LIMA, Michelle Pinto. As mulheres na Ciência da Computação. Revista Estudos Feministas, Florianópolis , v. 21, n. 3, p. 793- 816, dez. 2013.

LOCKARD, C. Brett; WOLF, Michael. Employment outlook: 2010–2020: occupational employment projections to 2020. Monthly Labor Review, jan. 2012, pp. 84–108.

LONGINO, Helen E. Science as social knowledge: values and objectivity in scientific inquiry. Princeton, NJ, Princeton University Press, 1990.

LOPES, Marta Júlia Marques; LEAL, Sandra Maria Cezar. A feminização persistente na qualificação profissional da enfermagem brasileira. Cadernos Pagu (24), Campinas-SP, 2005, pp. 105-125.

LOPES, Maria Margaret; PISCITELLI, Adriana. Revistas científicas e a constituição do campo de estudos de gênero: um olhar desde as “margens”. Revista Estudos Feministas, Florianópolis-SC, v. 12, n. spe, dez. 2004, pp. 115–121 [http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104- 026X2004000300013&lng=pt&tlng=pt - acesso em 12 mar. 2018].

MAIA, Marcel Maggion. Limites de gênero e presença feminina nos cursos superiores brasileiros do campo da computação, Cadernos Pagu, (46), Campinas -SP, abr. 2016, pp.223-244.

MELO, Hildete Pereira de; OLIVEIRA, André Barbosa. A produção científica brasileira no feminino. cadernos pagu (27), Campinas-SP, Núcleo de Estudos de Gênero-Pagu/Unicamp, 2006, pp. 301–331 [http://www.scielo.br/pdf/cpa/n27/32146.pdf - acesso em 12 mar. 2018].

MERTON, Robert K. The Matthew effect in science. The reward and communication systems of science are considered. Science, New York-NY, v. 159, n. 3810, 5 jan. 1968, pp. 56–63 [http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/5634379 - acesso em 12 mar. 2018].

MIGUEL, Ana de; BOIX, Montserrat. Os gêneros da rede: os ciberfeminismos. In: NATANSOHN, G. (Org.). Internet em código feminino: teorias e práticas. 2.ed. revista e ampliada. Buenos Aires: La Crujía, 2013, v.1.

MOREIRA, Maria Lígia; VELHO, Lea. Pós-graduação do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais numa perspectiva de gênero. cadernos pagu (35), Campinas-SP, Núcleo de Estudos de Gênero-Pagu/Unicamp, dez. 2010, pp. 279–308 [http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104- 83332010000200010&lng=pt&tlng=pt - acesso em 12 mar. 2018].

NATIONAL Science Foundation. Women, minorities, and persons with disabilities in science and engineering: 2007. Arlington, VA, 2013.

NIELSEN, Mathias W. Limits to meritocracy? gender in academic recruitment and promotion processes. Science and Public Policy, v. 43, n. 3, jun. 2016, pp. 386–399 [https://academic.oup.com/spp/articlelookup/doi/10.1093/scipol/scv052 - acesso em 12 mar. 2018].

NUNES, Marina et alii. Meninas++: uma iniciativa para fomentar a participação feminina na área de Computação. Tecnologias, S ociedade e Conhecimento. Campinas, vol. 3, n. 1, Dez. 2015.

OSADA, Neide Mayumi; CONCEIÇÃO DA COSTA, Maria. Fazendo gênero na biologia brasileira: obstáculos e preconceitos na produção do conhecimento no projeto genoma FAPESP. Arbor, [S.l.], v. CLXXXIV, n. 733, out. 2008, pp. 863–876 [http://arbor.revistas.csic.es/index.php/arbor/article/view/230/231 - acesso em 12 mar. 2018].

OZKAZANC-PAN, Banu. Postcolonial feminist analysis of high-technology entrepreneuring. International Journal of Entrepreneurial Behavior & Research, v. 20, n. 2, mar. 2014, pp. 155–172 [http://www.emeraldinsight.com/doi/10.1108/IJEBR-12-2011-0195 - acesso em 12 mar. 2018].

PAGOWSKY, Nicole; RIGBY, Miriam E. Contextualizing ourselves: The identity politics of the librarian stereotype. In: PAGOWSKY, Nicole; RIGBY, Miriam E. (Eds.), The librarian stereotype: Deconstructing perceptions and presentations of information work. Chicago – IL, The Association of College & Research Libraries., 2014, pp. 1-37. [http://hdl.handle.net/10150/552922– acesso em: 27 dez 2016]

PANDE, Rekha. Digital divide, gender and the Indian experience in IT. In: EILEEN, M. Trauth (Ed.). Encyclopedia of gender and information technology. Hershey-PA, Idea Group Reference, 2006, pp. 191– 199.

PAZ, Mônica de Sá Dantas. Entre o movimento de mulheres da/nas TIC’Se os feminismos: uma análise do grupo /MNT – Mulheres na Tecnologia. Contemporanea, Comunicação e Cultura, v. 13, n. 2, p. 329-347, 2015.

PRETORIUS, Hendrik Willem et alii. Continuing the Discourse of Women in Information Technology: A South African Perspective. Gender, Technology and Development, v. 19(3), nov. 2015, pp. 346–369. [http://gtd.sagepub.com/cgi/doi/10.1177/0971852415597100 – acesso em: 27 dez 2016]

RANGA, Marina; ETZKOWITZ, Henry. Athena in the world of techne: the gender dimension of technology, innovation and entrepreneurship. Journal of technology management & innovation, v. 5, n. 1, jun. 2010, pp. 1–12 [http://www.scielo.cl/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0718- 27242010000100001&lng=en&nrm=iso&tlng=en - acesso em 12 mar. 2018].

ROCHA, Bruna; FARIAS, Leidiane Alves; ALENCAR, Tamila dos Santos M. O ciberfeminismo desencantado. [Resenha de] NATANSOHN, G. (Org.). Internet em código feminino: teorias e práticas. 2.ed. revista e ampliada. Buenos Aires: La Crujía, 2013. Revista Feminismos, v.1, n.3, set.-dez. 2013.

RODRIGUES, Carla. Butler e a desconstrução do gênero. Revista Estudos Feministas, Florianópolis , v. 13, n. 1, p. 179-183, Apr. 2005 .

ROSSITER, Margaret W. The matthew matilda effect in science. Social Studies of Science, v. 23, n. 2, maio 1993, p. 325–341 [http://journals.sagepub.com/doi/10.1177/030631293023002004 - acesso em 12 mar. 2018].

SCHIEBINGER, Londa. (Ed.) Gendered innovations in science and engineering. Stanford, Stanford University Press, 2008. 19–24.

SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação e Realidade, Porto Alegre, v. 20, n. 2, jul./dez., 1995.

SCHWARTZ, Juliana et alii. Mulheres na informática: quais foram as pioneiras?. Cadernos Pagu, Campinas, n. 27, p. 255- 278, Dec. 2006.

SOMBRIO, Mariana Moraes de Oliveira. Em busca pelo campo? mulheres em expedições científicas no Brasil em meados do século XX. cadernos pagu (48), Campinas-SP, Núcleo de Estudos de GêneroPagu/Unicamp, 2016 [http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104- 83332016000300301&lng=pt&tlng=pt - acesso em 12 mar. 2018].

TRAUTH, Eileen.M., QUESENBERRY, Jeria L.; HUANG, Haijan. A multicultural analysis of factors influencing career choice for women in the information technology workforce. Journal of Global Information Management, v. 16 (4), 2008, pp. 1–23.

WAJCMAN, Judy. Feminist theories of technology. Cambridge Journal of Economics, v. 34, n. 1, jan. 2010, pp. 143–152 [https://academic.oup.com/cje/article-lookup/doi/10.1093/cje/ben057 - acesso em 12 mar. 2018].

WALBY, Sylvia. Is the knowledge society gendered? Gender, Work & Organization, v. 18, n. 1, jan. 2011, pp. 1–29 [http://doi.wiley.com/10.1111/j.1468-0432.2010.00532.x - acesso em 12 mar. 2018].

WYLIE, Alison. Os que conhecem, conhecem bem: teoria do ponto de vista e arqueologia de gênero. Scientiae Studia, São Paulo, v. 15 (1), 2017, pp. 13-38.

YANNOULAS, S. Feminização ou feminilização?: apontamentos em torno de uma categoria. Temporalis, v. 11(22), 2011, pp. 271-292.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2020 Cadernos Pagu

Downloads

Não há dados estatísticos.