Banner Portal
Mulheres com deficiência e dependência complexa
PDF (English)
PDF

Palavras-chave

Mulheres com deficiência
Dependência complexa
Cuidado
Participação social
Interdependência

Como Citar

LUIZ, Karla Garcia; GESSER, Marivete. Mulheres com deficiência e dependência complexa: experiências de relações de cuidado para (sobre)viver. Cadernos Pagu, Campinas, SP, n. 68, p. 1–14, 2023. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/8664480. Acesso em: 28 abr. 2024.

Resumo

Neste estudo, investigamos sobre as percepções de mulheres com deficiência que experienciam a dependência complexa e necessitam das relações de cuidado para (sobre)viver. Adotamos como método a pesquisa qualitativa de cunho exploratório. Trata-se de uma investigação feminista emancipatória, alinhada aos Estudos Feministas da Deficiência. Nos resultados, discutimos sobre a experiência da dependência complexa, a falta de uma política pública do cuidado e a diminuição da participação social e, por fim, as potencialidades das relações de interdependência entre as entrevistadas e suas cuidadoras.

PDF (English)
PDF

Referências

ADICHIE, Chimamanda. O perigo de uma história única. São Paulo, Companhia das Letras, 2019.

AYRES, Melina de la Barrera; RIAL, Carmen Silvia; NUERNBERG, Adriano Henrique. Luciana no espelho: representações do corpo com deficiência física na telenovela viver a vida. Revista de Ciências Humanas, 48 (1), 2014, pp.75-93.

BRASIL. Ministério da Saúde. Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Brasília, Ministério da Saúde, 2019 [https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-deconteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/especiais/2019 - accessed: 15 jan. 2023].

BRASIL. Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Brasília, Presidência da República, 2015[http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm - accessed: 20 set. 2022].

BRASIL. Decreto nº 6.949, de 25 de agosto de 2009. Promulga a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova York, em 30 de março de 2007. Brasília, Presidência da República, 2009 [http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/decreto/d6949.htm - accessed: 25 set. 2022].

BRAUN, Virginia; CLARKE, Victoria. Using thematic analysis in psychology. Qualitative Research in Psychology, 3(2), 2006, pp.77-101 [https://doi.org/10.1191/1478088706qp063oa - accessed: 18 out. 2021].

CORDERO, Mayra Chárriez. Historias de vida: Una metodología de investigación cualitativa. Revista Griot, 5(1), 2012.

DAS, Veena. Affliction: Health, Disease, Poverty. New York, Fordham University Press, 2015.

DINIZ, Debora. O que é deficiência. São Paulo, Brasiliense, 2007.

DINIZ, Debora. Modelo social da deficiência: a crítica feminista. Série Anis, 28, 2003, pp.1-8.

DINIZ, Debora; GEBARA, Ivone. Esperança Feminista. Rio de Janeiro, Rosa dos Tempos, 2022.

DUARTE, Rosália. Entrevistas em Pesquisas Qualitativas. Educar, Editora UFPR, Curitiba, 24, 2004, pp.213-225.

FERGUSON, James. Declarations of dependence: labor, personhood, and welfare in Southern Africa. Journal of the Royal Anthropological Institute, 19(2), 2013, pp.223-242.

FIETZ, Helena. Relações de cuidado na experiência da deficiência: negociações cotidianas de arranjos de autonomias. Instituto JNG, 2020 [https://www.institutojng.org.br/post/relaes-de-cuidado-na-experincia-dadeficincia-negociaes-cotidianas-de-arranjos-de-autonomias - accessed: 25 set. 2021].

FIETZ, Helena. Deficiência, Cuidado e Dependência: reflexões sobre redes de cuidado em uma família em contexto de pobreza urbana. Teoria e Cultura. Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, UFJF, 11(3), 2017, pp.101-113.

GARLAND-THOMSON, Rosemarie. Integrating disability, transforming feminist theory. NWSA Journal, 14(3), 2002, pp.1-32.

GESSER, Marivete; ZIRBEL, Ilze; LUIZ, Karla Garcia. Cuidado na dependência complexa de pessoas com deficiência: uma questão de justiça social. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, 30(2), e86995, 2022.

GESSER, Marivete. Gênero, Deficiência e a Produção de Vulnerabilidade. In: VEIGA, Ana Maria et al. (org.). Mundos de Mulheres no Brasil. Curitiba, CRV, 2019, pp.353-361.

GESSER, Marivete; FIETZ, Helena. Ética do Cuidado e a experiência da deficiência: entrevista com Eva Feder Kittay. Revista Estudos Feministas, 29(2), 2021, e64987 [https://doi.org/10.1590/1806-9584- 2021v29n264987 - accessed: 12 abr. 2022].

GESSER, Marivete; NUERNBERG, Adriano Henrique. Psicologia, Sexualidade e Deficiência: Novas Perspectivas em Direitos Humanos. Psicologia: Ciência e Profissão, 34(4), 2014, pp.850-863.

GESSER, Marivete; NUERNBERG, Adriano Henrique; TONELI, Maria Juracy. A contribuição do modelo social da deficiência à psicologia social. Psicologia & Sociedade, 24(3), 2012, pp.557-566.

GIALDINO, Irene Vasilachis de. La Investigación cualitativa. In: GIALDINO, Irene Vasilachis de (org.). Estrategias de investigación cualitativa. Gedisa, 2006, pp.23-64.

HARAWAY, Donna. Saberes localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial. cadernos pagu (5), Campinas, SP, Núcleo de Estudos de Gênero-Pagu/Unicamp, 1995, pp.07-41 [https://www.academia.edu/5017774/Saberes_Localizados_Donna_Haraway - accessed: 17 mai. 2021].

HARDING, Sandra. The Science Question in Feminism. New York, Cornell University Press, 1986.

HIRATA, Helena. Novas configurações da divisão sexual do trabalho. Revista Tecnologia e Sociedade, 2. ed., Curitiba, 2010, pp.01-07.

KITTAY, Eva Feder; JENNINGS, Bruce; WASUNNA, Angela. Dependency, Difference and the Global Ethic of Longterm Care. The Journal of Political Philosophy, 13(4), 4, 2005, pp.443-469.

KITTAY, Eva. Centering Justice on Dependency and Recovering Freedom. Hypatia, 30(1), 2015, pp.285-291.

KITTAY, Eva Feder. The Ethics of Care, Dependence and Disability. Juris, 24(1), 2011, pp.48-58.

KITTAY, Eva Feder. Love’s Labor: essays on women, equality and dependency. New York, Routledge, 1999.

KRÖGER, Teppo. Care research and disability studies: Nothing in common? Critical Social Policy, 29(3), 2009, pp.398-420.

LUIZ, Karla Garcia; SILVEIRA, Thais Henriques Becker da. Pessoas com Deficiência e (Inter)Dependência: uma perspectiva da ética do cuidado para a promoção da justiça social. In: GESSER, Marivete; BÖCK, Geisa Letícia Kempfer; LOPES, Paula Helena (org.). Estudos da deficiência: anticapacitismo e emancipação social. Curitiba, CRV, 2020, pp.113-127.

MASSON, Stella. Projeto de Lei Prevê Cuidador Para Pessoas com Deficiência Severa. 2017 [https://www.camarainclusao.com.br/noticias/projeto-de-lei-preve-cuidador-para-pessoas-com-deficienciasevera/ - accessed: 05 jul. 2019].

McRUER, Robert. Crip Times: Disability, Globalization, and Resistance. New York, New York University Press, 2018.

MELLO, Anahí Guedes de; FIETZ, Helena; RONDON, Gabriela. Entre os ‘direitos das pessoas com deficiência’ e a ‘justiça defiça’: reflexões antropológicas a partir do contexto brasileiro [vídeo]. VII ENADIR – Encontro Nacional de Antropologia do Direito. YouTube, agosto 2021 [https://www.youtube.com/watch?v=TVPdIWzaS8A - accessed: 12 fev. 2022].

MINGUS, Mia. Vídeo. DIS 2018 - Cúpula de Deficiência e Interseccionalidade [vídeo]. YouTube, 2018 [https://www.disabilityintersectionalitysummit.com/mia-mingus-dis-2018-keynote/ - accessed: 17 out. 2022].

MOL, Annemarie. The Logic of Care: Health and the Problem of Patient Choice. New York, Routledge, 2008.

MORAES, Márcia; TSALLIS, Alexandra. Contar histórias, povoar o mundo: a escrita acadêmica e o feminino na ciência. Rev. Polis e Psique, 6(1), 2016, pp.39-50.

NODDINGS, Nel. Starting at home: caring and social policy. Berkeley, University of California Press, 2002.

NODDINGS, Nel. Caring: a feminine approach to Ethics and Moral Education. Berkeley, University of California Press, 1984.

NOGUEIRA, Claudia Mazzei. A feminização no mundo do trabalho: entre a emancipação e a precarização. In: ANTUNES, Ricardo; SILVA, Maria Aparecida Moraes (org.). O avesso do trabalho. São Paulo, Expressão Popular, 2004, pp.243-284.

OLIVER, Mike. Changing the Social Relations of Research Production? Disability & Society, 7(2), 1992, pp.101-114.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Relatório Mundial Sobre Deficiência. Governo do Estado de São Paulo, 2011 [http://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/70670/WHO_NMH_VIP_11.01_por.pdf?sequence=9 -accessed: 18 out. 2021].

PASSOS, Rachel Gouveia. Trabalho, cuidado e sociabilidade: contribuições marxianas para o debate contemporâneo. Serv. Soc. Soc., n. 126, São Paulo, maio/agosto 2016, pp.281-301.

SANTOS, Wederson Rufino dos. O circuito familista na Política de Assistência Social. Textos & Contextos. Porto Alegre, 16(2), 2017, pp.388-402.

SHAKESPEARE, Tom. Disability: the basics. New York, Routledge, 2018.

TRONTO, Joan. Assistência Democrática e Democracias Assistenciais. Sociedade e Estado, 22(2), Brasília, maio/ago, 2007, pp.285-308.

WILKERSON, Abby. Disability, Sex Radicalism, and Political Agency. NWSA Journal, 14(3), 2002, pp.33-57.

ZIRBEL, Ilze. Uma Teoria Político-feminista do Cuidado. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil, 2016 [https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/167820 - accessed: 8 ago. 2019].

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.

Copyright (c) 2023 Creative Commons

Downloads

Não há dados estatísticos.