Banner Portal
Tudo é questão de postura:
PDF

Palavras-chave

Agente socioeducativo
Medida Socioeducativa de internação
Patrulhamento de gênero
Trabalho emocional
Punição

Como Citar

VINUTO, Juliana. Tudo é questão de postura: : o trabalho emocional realizado por agentes socioeducativos em centros de internação do Rio de Janeiro. Cadernos Pagu, Campinas, SP, n. 61, p. e216115, 2021. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/8666979. Acesso em: 20 abr. 2024.

Resumo

Este artigo tem como objetivo discutir alguns aspectos generificados do trabalho dos agentes socioeducativos do estado do Rio de Janeiro em centros de internação para adolescentes em conflito com a lei. Ao descrever processos de patrulhamento de masculinidades, veremos como o trabalho emocional realizado por esses profissionais revela-se central para a construção de um modelo de atuação orientado por procedimentos de segurança em detrimento das atividades socioeducativas.

PDF

Referências

ABDALLA, Janaína. Socioeducação e educação social. In: ABDALLA, Janaína; VELOSO, Bianca; VARGENS, Paula (Org.). Dicionário do Sistema Socioeducativo do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Novo DEGASE, 2016, pp.328-352. Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1eyANeIAaxgk-1Mv40r1EfqIcOnbHW3Wv/view

ABREO, Leandro. Entre capturas e resistências: situações de saúde e adoecimento no trabalho de agentes socioeducativos. Dissertação (Mestrado em em Psicologia), Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2017.

ALVAREZ, Marcos C. A emergência do Código de Menores de 1927. Dissertação (Mestrado em Sociologia), Universidade de São Paulo, 1989.

ARAÚJO, Anna Bárbara. Gênero, profissionalização e autonomia: o agenciamento do trabalho de cuidadoras de idosos por empresas. Dissertação (Mestrado em Sociologia), Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2015.

BITTNER, Egon. Aspectos do trabalho policial. São Paulo, SP, Edusp, 2017.

BONELLI, Maria da Gloria. Arlie Russell Hochschild e a sociologia das emoções. cadernos pagu (22), Campinas-SP, Núcleo de Estudos de Gênero-Pagu/Unicamp, 2004, pp.357-372. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-83332004000100015

BRASIL. Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE), Lei nº 12.594, de 18 de janeiro de 2012.

BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990.

CECCHETTO, Fátima R. Violências e estilos de masculinidades. Rio de Janeiro, Editora FGV, 2004.

CONNEL, Raewyn. Masculinities. California, University of California Press, 1995.

CONNEL, Raewyn; MESSERSCHMIDT, James W. Masculinidade hegemônica: repensando o conceito. Revista Estudos Feministas, v. 1, n. 21, Florianópolis, 2013, pp.241-282. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-026X2013000100014

D’ANGELO, Luisa B. Entre “sujeita-mulher” e “mulher de bandido”: produções de feminilidades em contexto de privação de liberdade. Dissertação (Mestrado em Psicologia), Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2017.

DAVIS, Angela. A democracia da abolição: Para além do império, das prisões e da tortura. Rio de Janeiro, Difel, 2009.

FASSIN, Didier. L'Ombre du monde: une anthropologie de la condition carcérale. Le Seuil, 2015.

HERNANDEZ, Jimena de G. O Adolescente dobrado: cartografia feminista de uma unidade masculina do Sistema Socioeducativo do Rio de Janeiro. Tese (Doutorado em Psicologia), Universidade Estadual do Rio de Janeiro, 2018.

HIRATA, Helena. Relações sociais de sexo e do trabalho: contribuição à discussão sobre o conceito de trabalho. Em Aberto, v. 15, n. 65, 2008, pp.39-49. Disponível em: http://emaberto.inep.gov.br/ojs3/index.php/emaberto/article/view/2316

HOCHSCHILD, Arlie. Emotion Work, Feeling Rules, and Social Structure. American Journal of Sociology, v. 85, n. 3, 1979, p. 551-575.

HOCHSCHILD, Arlie. The managed heart: commercialization of human feeling. California, University of California Press, 2003.

hooks, bell. We real cool: Black men and masculinity. PsychologyPress, 2004.

LE GENDRE, Anne-Christine. Femmes surveillantes, hommes detenus. Paris,L’Harmattan, 2017.

LEONES, Ana Karolina A. “O difícil é segurar a cadeia”: a experiência da socioeducação feminina no estado do Rio de Janeiro. Dissertação (Mestrado em Sociologia), Universidade Federal Fluminense, 2018.

KIMMEL, Michael. Masculinity as Homophobia: Fear, Shame, and Silence in the Construction of Gender Identity. In: KIMMEL, Michael (Ed.). The Gender of Desire: Essays on Male Sexuality. Albany, State University of New York Press, 2005, pp.25-42.

KIMMEL, Michael. A produção simultânea de masculinidades hegemônicas e subalternas. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 4, n. 9, 1998, pp.103-117. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/ha/v4n9/0104-7183-ha-4-9-0103.pdf

MALOCHET, Guillaume. Dans l'ombre des hommes : la féminisation du personnel de surveillance du prisons pour hommes. Sociétés contemporaines, n. 59-60, 2005, pp.199-220.

MAUSS, Marcel. A expressão obrigatória dos sentimentos. In: MAUSS, Marcel. Antropologia. São Paulo, Ática, 1979, pp.147-153.

MEIRELES, Camila de C. Entre a educação e a disciplina: sobre agentes socioeducativos do Estado do Rio de Janeiro. Dissertação (Mestrado em Sociologia), Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, 2017.

NASCIMENTO, Marcos A. F. Improváveis Relações: produção de sentidos sobre o masculino no contexto de amizade entre homens homo e heterossexuais. Tese (Doutorado em Saúde Coletiva), Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2011.

NERI, Natasha E. Tirando a cadeia dimenor: a experiência da internação e as narrativas de jovens em conflito com a lei no Rio de Janeiro. Dissertação (Mestrado em Sociologia), Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2009.

RIZZINI, Irene; PILOTTI, Francisco. A Arte de Governar crianças: a história das políticas sociais, da legislação e da assistência à infância no Brasil. São Paulo, Cortez, 2009.

SILVA, Robson R. Entre a caserna e a rua: o dilema do “pato” - Uma análise antropológica da instituição policial militar a partir da Academia de Polícia Militar D. João VI. Dissertação (Mestrado em Antropologia), Universidade Federal Fluminense, 2009.

SOUZA, Marcos S. “Sou policial, mas sou mulher”: gênero e representações sociais na polícia militar de São Paulo. Tese (Doutorado em Ciências Sociais), Universidade Estadual de Campinas, 2014.

TARDIN, Elaine B; LAGE, Lana L. A mulher militar brasileira no século XXI: Antigos paradigmas, novos desafios. Revista Ágora, n. 22, 2015, pp.70-82. Disponível em: https://periodicos.ufes.br/agora/article/view/13609

VARGAS, Joana. Crimes sexuais e sistema de justiça. São Paulo, IBCCrim, 2000.

VIGOYA, Mara Viveros. As cores da masculinidade: experiências interseccionais e práticas de poder na Nossa América. Rio de Janeiro, Papeis Selvagens, 2018.

VILELA, Lailah V. O; ASSUNÇÃO, Ávila. Trabalho emocional: o caso dos teleatendentes de uma central de atendimento. Cadernos de Psicologia Social do Trabalho, v. 10, n. 2, 2007, pp.81-93. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-37172007000200007

VILELA, José. O trabalho emocional no ato de cuidar em enfermagem: uma revisão do conceito. Revista de Ciências da Saúde, v. 5, 2013, pp.41-50.

VINUTO, Juliana. “O outro lado da moeda”: o trabalho dos agentes socioeducativos do estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, Autografia, 2020.

VINUTO, Juliana; DUPREZ, Dominique. O duplo objetivo sancionatório-educativo no Brasil e na França: as diferentes configurações organizacionais direcionadas ao adolescente em conflito com a lei. Revista Dilemas, Edição Especial n. 3, 2019, pp.115-135. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/dilemas/article/view/23140

VINUTO, Juliana; FRANCO, Túlio Maia. “Porque isso aqui, queira ou não, é uma cadeia”: as instituições híbridas de interface com a prisão. Mediações-Revista de Ciências Sociais, v. 24, n. 2, 2019, pp.250-277. Disponível em: http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/mediacoes/article/view/35450/0

WELZER-LANG, Daniel. A construção do masculino: dominação das mulheres e homofobia. Revista Estudos Feministas, v. 9, n. 2, 2001, pp.460-482. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-026X2001000200008&script=sci_abstract&tlng=pt

ZAMORA, Maria Helena. Para além das grades: elementos para a transformação do sistema socioeducativo. São Paulo, Edições Loyola, 2005.

ZUCATTO, Giovana E. “Não se nasce militar, torna-se militar”:uma análise do processo de inserção feminina nas Forças Armadas Brasileiras. Dissertação (Mestrado em Sociologia), Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2018.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2021 Juliana Vinuto

Downloads

Não há dados estatísticos.