Banner Portal
As dimensões de gênero e classe social na análise do envelhecimento
PDF (Português (Brasil))

Keywords

Gênero. Geração. Envelhecimento. Classe social. Articulação de categorias

How to Cite

BRITTO DA MOTTA, Alda. As dimensões de gênero e classe social na análise do envelhecimento. Cadernos Pagu, Campinas, SP, n. 13, p. 191–221, 2015. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/8635327. Acesso em: 3 jul. 2024.

Abstract

Gênero e geração, como dimensões fundamentais da vida social, correspondem a categorias básicas – e mutuamente articuladas – de análise das relações sociais. Ser velho é uma situação vivida em parte homogeneamente e em parte diferencialmente, de acordo com o gênero e a classe social dos indivíduos em um grupo de idade ou geração. O gênero e a classe social estruturam as expectativas e conformam a ação social. Nesse sentido, a perspectiva de gênero e classe é especialmente importante na explicação das diferentes trajetórias de vida percorridas socialmente por homens e mulheres. Também ajuda a explicar como ambos, como sujeitos genderificados, socializados conforme sua situação de classe, experienciam o processo de envelhecimento e são afetados pelas políticas públicas concernentes à velhice. Ilustra-se essa dinâmica com resultados de estudos e pesquisas realizados em Salvador, Bahia.

Abstract

Gender and generation, as fundamental dimensions of social life, also correspond to basic – and mutually articulated – categories of analysis of
social relations. Being old is a situation lived both homogeneously and differentially according to the gender and social class of individuals in an age group or generation. Gender structures social expectations and informs social action as much as class does; so, a gender and class perspective is specially important in clarifying different life trajectories traced by men and women. It also helps to explain how they, as gendered subjects, informed by an habitus of class, experience their process of aging, and are affected by age-related public policies. This dynamics is illustrated by findings from research conducted in Salvador, Bahia.

PDF (Português (Brasil))

References

ANDRADE, Eliane Schmaltz Ferreira. Somando Papéis Sociais: trajetórias femininas e seus conflitos. Dissertação de Mestrado em Ciências Sociais, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 1992

BOURDIEU, Pierre. Coisas ditas. São Paulo, Brasiliense, 1990.

BOURDIEU, Pierre. Questões de sociologia. Rio de Janeiro, Marco Zero, 1983 – A Juventude é apenas uma palavra.

BOURDIEU, Pierre. What makes a social class? On the theoretical and practical existence of groups. Berkeley Journal of Sociology, nº 22, Berkeley, 1987; O poder simbólico. Lisboa, Difel, 1989.

BRASIL. Relatório do Brasil para a Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento. Brasília, dezembro de 1993, p.46.

BRITO DA MOTTA, Alda. Chegando pra idade. In: LINS DE BARROS, Myriam Moraes. (org.) Velhice ou terceira idade? (Estudos antropológicos sobre identidade, memória e política). Rio de Janeiro, Fundação Getúlio Vargas, 1998.

BRITO DA MOTTA, Alda. Emprego Doméstico: revendo o novo. Caderno CRH, nº 16, Salvador, jan./jun. 1992, pp.31-49.

BRITO DA MOTTA, Alda. Relações de gênero em movimentos coletivos de bairro em Salvador. Encontro Anual da ANPOCS, 15, Caxambu-MG, outubro de 1991 – GT-Relações Sociais de Gênero.

BRITTO DA MOTTA, Alda. Gênero, envelhecimento e universidade para a terceira idade. In: ÁLVARES, Maria Luzia Miranda e SANTOS, Eunice Ferreira. (orgs.) Desafios de Identidade: espaçotempo de mulher. Belém, CEJUP, 1997

BRITTO DA MOTTA, Alda. Os velhos baianos (e a “música” é cada vez mais nova). Bahia, Análise & Dados-SEI, Salvador, vol. 6, nº 1, junho de 1996.

CASTRO, Mary Garcia. Alquimias de categorias sociais na produção dos sujeitos políticos. Estudos Feministas, Rio de Janeiro, nº 0, 1992.

COMBES, Danièle e HAICAULT, Monique. Produção e eprodução. Relações Sociais de sexos e de classes. In: KARTCHEVSKY-BULPORT, Andrée et alii. O sexo do trabalho

DEBERT, Guita Grin. Gênero e Envelhecimento. Estudos Feministas, Rio de Janeiro, vol. 2, nº 3, 1994.

DEBERT, Guita Grin. Envelhecimento e representação da velhice. Ciência Hoje, Rio de Janeiro, vol. 8, julho de 1988.

FERREIRA, Adilton Roque e RODRIGUES JUNIOR, Valdomiro B. Idosos: esse novo velho objeto (um estudo do preconceito contra a terceira idade). Trabalho final de Graduação em Ciências Sociais, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 1992

FRANCHETTO, Bruna; CAVALCANTI, Laura V. C. e HEILBORN, Maria Luiza. Apresentação e Antropologia e Feminismo. Perspectivas Antropológicas da Mulher, nº 1, Rio de Janeiro, 1981.

GUERREIRO, Patrícia. A universidade para a terceira idade da PUC de Campinas e a experiência de envelhecimento. Trabalho final de Graduação, Universidade Estadual de Campinas, outubro de 1994

HADDAD, Eneida Gonçalves de Macedo. El movimiento de los jubilados y pensionistas. Congresso Español de Sociología, 4, Madrid, setembro de 1992.

HEILBORN, Maria Luiza. Fazendo Gênero?: a antropologia da mulher no Brasil. In: COSTA, Albertina e BRUSHINNI, Cristina. (orgs.) Uma questão de gênero, pp.103-104.

HERITIER, Françoise. Symbolique de l’inceste et de sa prohibition. In: ISARD, M. e SMITH, P. (eds.) La fonction symbolique. Paris, Gallimard, 1979, pp.209-243.

HIRATA, Helena e KERKOAT, Danièle. La classe ouvrière a deux sexes. Politis, Paris, jul./août/sept., 1993.

KERGOAT, Danièle. Em defesa de uma sociologia das relações sociais. In: KARTCHEVSKY-BULPORT, Andrée et alii. O sexo do trabalho. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1986

LARANJEIRA, Sônia M. G. Faz sentido falar em classes sociais? Natureza, história e cultura, Porto Alegre, Sociedade Brasileira de Sociologia, Editora da UFRS, 1993.

LASLETT, Peter. The Emergence of the Third Age. Ageing and Society, Cambridge, 1987, p.143.

LAVINAS, Lena. Identidade de Gênero: um conceito da prática. Encontro Anual da ANPOCS, 13, Caxambu/MG, 1989.

LENOIR, Remi. L’invention du troisième age (constitution du champ des agents de gestion de la vieillesse). Actes de la Recherche en Sciences Sociales, Paris, mar./avr. 1979, pp.26-27; ARIÈS, Philipe. Une Histoire de la vieillesse? Communications, Paris/Seuil, nº 37, 1983.

MANNHEIM, Karl. Essays on the Sociology of Knowledge. London, Routledge & Kegan Paul, 1952 – The problem of generations.

Mead, Margaret. Culture and Commitment: a study of the generation gap. New York, The American Museum of Natural History Press/Doubleday & Company Inc., 1970, p.56.

OLIVEIRA, Gilson Costa. Entrevista. Caderno do CEAS, nº 139, Salvador, maio/junho de 1992.

ORTEGA & GASSET, José. El tema de nuestro tiempo. Revista de Occidente, Madrid, 1929; MARÍAS, Julian. El método histórico de las generaciones. Revista de Occidente, Madrid, 1949.

PEIXOTO, Clarice. De volta às aulas ou como ser estudante aos 60 anos. In: VERAS, Renato. Terceira Idade. Desafios para o terceiro milênio. Rio de Janeiro, Relume Dumará/UnATI, 1997.

PEREIRA, Idma Alves, FRANCO, Nanci H. R., SOUZA, Railda A. de e MOREIRA, Rita de Cássia C. Idosos em Movimento (a conquista de um direito). Trabalho final de graduação em Ciências Sociais - Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 1992.

RUBIN, Gayle. The traffic in women : notes on the “political economy” of sex. In: RAITER, Rayna. (ed.) Toward an anthropology of women. New York, Monthly Review Press, 1975.

SAFFIOTI, Heleieth B. Rearticulando gênero e classe social. In: COSTA, Albertina e BRUSHINNI, Cristina. (orgs.) Uma questão de gênero. São Paulo, Rosa dos Tempos/Fundação Carlos Chagas, 1992, pp.183-215

SCOTT, Joan. Gender and the politics of history. New York, Columbia University Press, 1988

SEADE. O Idoso na Grande São Paulo. São Paulo, 1990.

SIMÕES, Júlio de Assis. A maior categoria do País (Notas sobre o aposentado como ator político). Encontro Anual da ANPOCS, 27, Caxambu-MG, 1994.

SOUZA, Nadiesel, PONTES, Paula e ROCHA, Sérgio. As representações do envelhecimento. Trabalho final de graduação em Ciências Sociais - Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 1994.

SOUZA-LOBO, Elizabeth. A classe operária tem dois sexos. São Paulo, Brasiliense, 1991 –Trabalhadoras e Trabalhadores: o dia a dia das representações.

THOMPSON, E. P. A formação da classe operária na Inglaterra. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1987.

XIMENES, Tereza. (org.) Novos paradigmas e realidade brasileira. Belém, NAEA//UFPA, 1993.

ZÁRRAGA MORENO, José Luis de. Generaciones y grupos de edad. Consideraciones teóricas. Congresso Español de Sociología, 4., Madrid, sept. 1992.

Downloads

Download data is not yet available.