Banner Portal
Grandes famílias de grandes empresas: compromissos com a tradição na Lisboa moderna
Remoto

Como Citar

JARDIM, Marta. Grandes famílias de grandes empresas: compromissos com a tradição na Lisboa moderna. Cadernos Pagu, Campinas, SP, n. 28, p. 415–425, 2016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/8644812. Acesso em: 23 abr. 2024.

Resumo

No debate antropológico, entre os anos de 1980 e 90, emergem estudos sobre os diferentes signos que atualizam laços tidos como familiares, resultantes da crise que sofreram, nos anos 60, os estudos sobre família, categoria especialmente naturalizada naquelas sociedades que a tomam como resultado de processos tidos como biológicos. Olhando desde as sociedades consideradas modernas, como podem ser as capitais de cidades do oeste europeu – ainda que na periferia do que se pode entender por Europa – a família é um ícone da tradição. Lá predomina a valorização da empresa como instituição de caráter público, isenta de embaraços domésticos. A articulação entre empresa e família é vista como signo do passado (período pré-moderno). O dinamismo das empresas se opõe à estabilidade da família. Antónia Pedroso Lima enfrenta esse consenso estudando sete grandes famílias de grandes empresas modernas lisboetas. O estudo entra pela porta das empresas, examinando-as e descrevendo-as como signo das famílias, exibindo os laços que unem as histórias de ambas num projeto que atravessa diferentes gerações.
Remoto

Referências

BESTARD, Joan. Parentesco y modernidad. Barcelona, Paidós, 1998.

BOURDIEU, Pierre. Le sans pratique. Paris, Les Editions Minuit, 1980.

COHEN, Abner. The politics of Elite Culture: Explorations in the Dramaturgy of Power in a Modern African Society. Berkley, University of California Press, 1981.

COLLIER, J. S. & YANAGISAKO, S. (eds.) Gender and Kinship. Essays towards a unified analysis. Stanford, Stanford University Press, 1987.

EVANS-PRITCHARD, E. E. Los Nuer. Barcelona, Editorial Anagrama, 1977.

MARCUS, George E. Lives in Trust. The fortunes of Dinastic Families in Late Twentieth- Century America. San Francisco/Oxford, Westiview Press, 1992.

PEDROSO LIMA, Antónia. Grandes Famílias, grandes empresas: ensaio antropológico sobre uma elite de Lisboa. Lisboa, Publicações Dom Quixote, 2003.

PINA CABRAL, João. Os Contextos da Antropologia. Lisboa, Difel, 1991.

__________ e PEDROSO LIMA, Antónia. Como fazer uma história de família: um exercício de contextualização social. Revista Etnográfica, Volume IX, Número 2, 2005.

PISCITELLI, Adriana. Jóias de Família. Gênero em histórias sobre grupos empresariais brasileiros. Tese de doutoramento, IFCH/Unicamp, 1999 [publicado pela Editora da UFRJ, 2006] STRATHERN, Marilyn. The gender of the gift. Berkeley, University of California Press, 1988.

TOREN, Cristina. Making the chief: An examination of why Fijian chiefs have to be elected. In: PEDROSO LIMA, Antónia e PINA CABRAL, João. Elites, Choice, Leadership and Succession. Oxford, Berg, 1999.

YANAGISAKO, S. Capital and Gendered interest in Italian Family Firms. In: KERTZER, David e SALLER, Richard. (eds.) The Family in Italy.

From antiquity to the present. New Haven/London, Yale University Press, 1991.

Downloads

Não há dados estatísticos.