Banner Portal
Aplicativos de monitoramento do ciclo menstrual e da gravidez
PDF

Palavras-chave

Aplicativo
Ciclo menstrual
Gravidez
Gênero
Antropologia da ciência e da tecnologia

Como Citar

PALETTA, Gabriela Cabral; NUCCI, Marina Fisher; MANICA, Daniela Tonelli. Aplicativos de monitoramento do ciclo menstrual e da gravidez: corpo, gênero, saúde e tecnologias da informação. Cadernos Pagu, Campinas, SP, n. 59, p. e205908, 2021. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/8664511. Acesso em: 20 abr. 2024.

Resumo

Neste artigo discutimos as relações entre corpo, saúde, tecnologias e gênero, a partir da análise de aplicativos de monitoramento de ciclos menstruais e da gravidez. Nosso interesse central é analisar, da perspectiva de gênero, que corpos se constituem a partir das interfaces dos aplicativos, e que tipos de dados são produzidos nesses ambientes. Articuladas aos ativismos feministas ligados à tecnologia, propomos uma análise desses aplicativos que tratam da saúde reprodutiva feminina, procurando situá-los no contexto da ampliação das tecnologias da informação ligadas à saúde e ao monitoramento dos corpos (Lupton, 2014).

 

PDF

Referências

BADINTER, Elisabeth. Um amor conquistado: o mito do amor materno. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985. BARASSI, Veronica. BabyVeillance? Expecting Parents, Online Surveillance and the Cultural Specificity of Pregnancy Apps. Social Media + Society, v. 3, n. 2. 2017, pp.1-10. https://doi.org/10.1177/2056305117707188 Último acesso em 26/10/2020.

BOULOS, Maged et al. Mobile medical and health apps: state of the art, concerns, regulatory control and certification. Online Journal of Public Health Informatics, v. 5, n. 3, 2014, pp.1-23. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0211551 Último acesso em 26/10/2020.

CHAZAN, Lilian. “Meio Quilo de Gente”: um estudo antropológico sobre ultra-som obstétrico. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2007.

ELIAS, Ana; GILL, Rosalind. Beauty surveillance: The digital selfmonitoring cultures of neoliberalism. European Journal of Cultural Studies, v. 21, n. 1, 2017, pp.1-19. https://doi.org/10.1177/1367549417705604 Último acesso em 26/10/2020.

FELIZE, Natasha; VARON, Joana. s/d. Menstruapps: Como transformar sua menstruação em dinheiro. Disponível em: https://chupadados.codingrights.org/menstruapps-comotransformarsua-menstruacao-em-dinheiro-para-os-outros/ Último acesso em 23/04/2019.

FOUCAULT, Michel. História da sexualidade: a vontade de saber (vol 1). Rio de Janeiro: Edições Graal, 1988 [1976].

GRAY, Miranda. Lua Vermelha: as energias criativas do ciclo menstrual como fonte de empoderamento sexual, espiritual e emocional. São Paulo: Editora Pensamento, 2017.

HARAWAY, Donna. Manifesto ciborgue: ciência, tecnologia e feminismo-socialista no final do século XX. In: HARAWAY, Donna et al. Antropologia do ciborgue: as vertigens do pós-humano. Belo Horizonte: Autêntica, 2009 [1985].

KANASHIRO, Marta Mourão. Biometria no Brasil e o Registro de Identidade Civil: novos rumos para identificação. Tese (Doutorado em Sociologia). Universidade de São Paulo, 2011.

KNIGHT, Jane. The Complete Guide to Fertility Awareness. Londres: Routledge, 2016.

KLÖPPEL, Bruna. Aparatos de Produção Subjetivo-Corporais nas Práticas de Percepção da Fertilidade. 2017. 158 f. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social). Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. 2017.

LISTER C, WEST JH, CANNON B, SAX T, BRODEGARD D. Just a fad? Gamification in health and fitness apps. JMIR Serious Games. 2014;2(2):e9. Published 2014 Aug 4. doi:10.2196/games.3413 Último acesso em 26/10/2020.

LUPTON, Deborah. Risk and the ontology of pregnant embodiment. In: ______. Risk and Sociocultural Theory: New Directions and Perspectives. Cambridge: Cambridge University Press, 1999, pp.59- 85.

_______. Beyond Techno-Utopia: Critical Approaches to Digital Health Technologies. Societies, v.4, 2014, pp.706–711. https://doi.org/10.3390/soc4040706 Último acesso em 26/10/2020.

_______. Quantified sex: a critical analysis of sexual and reproductive self-tracking using apps. Culture, Health & Sexuality: An International Journal for Research, Intervention and Care, abril, 2015. https://doi.org/10.1080/13691058.2014.920528 Último acesso em 26/10/2020.

_______. The quantified self. Malden: Polity, 2016.

_______. Toward a More-Than-Human Analysis of Digital Health: Inspirations From Feminist New Materialism. Qualitative Health Research. 2019. https://doi.org/10.1177/1049732319833368 Último acesso em 26/10/2020.

LUPTON, Deborah; JUTEL, Annemarie. „It's like having a physician in your pocket!‟ A critical analysis of self diagnosis smartphone apps. Social Science & Medicine, v. 133, 2015, pp.128-135. https://doi.org/10.1016/j.socscimed.2015.04.004 Último acesso em 26/10/2020.

MOGLIA, Michelle et al. Evaluation of smartphone menstrual cycle tracking applications using and adapted APPLICATIONS scoring system. Obstetrics and Gynecology, v. 127, n. 6, 2016, pp.1153– 1160. doi: 10.1097/AOG.0000000000001444 Último acesso em 26/10/2020.

MOL, Annemarie. The body multiple: ontology in medical practice. Duhhann e Londres, Duke University Press, 2002.

NAKANO, Andreza; BONAN, Claudia; TEIXEIRA, Luiz. A normalização da cesárea como modo de nascer: cultura material do parto em maternidades privadas no Sudeste do Brasil. Physis, n. 25, v. 3, 2015, pp.885-904. https://doi.org/10.1590/S0103- 73312015000300011. Último acesso em 26/10/2020.

PALETTA, Gabriela Cabral. Menstruapps na era farmacopornográfica: aplicativos de monitoramento de ciclo menstrual e interseções entre corpos, máquinas e tecnopolíticas de gênero. Dissertação (Mestrado em Sociologia e Antropologia. Rio de Janeiro: UFRJ, 2019.

PARRA, Henrique. Experiências com tecnoativistas: resistências na política do dividual? In: BRUNO, Fernanda et al (Orgs.). Tecnopolíticas da Vigilância: perspectivas da margem. São Paulo: Boitempo, 2018, pp.341-354.

PRECIADO, Beatriz. Manifesto contrassexual. São Paulo: n-1 edições, 2014. PRECIADO, Paul. Testo Junkie: Sexo, drogas e biopolítica na era farmacopornográfica. São Paulo: n-1 edições, 2018.

RIBEIRO, Stephanie. Sua menstruação vale ouro mas você não está ficando mais rica por isso. 2017. Modefica. Disponível em: https://www.modefica.com.br/aplicativos-menstruacaodados/#.XUdLo5NKgUt. Último acesso em 05/08/2019.

ROHDEN, Fabíola. Império dos hormônios e a construção da diferença entre os sexos. História, Ciência, Saúde – Manguinhos, v. 15, supl., 2008, pp.133-152.

ROHDEN, Fabíola; ALZUGUIR, Fernanda. Desvendando sexos, produzindo gêneros e medicamentos: a promoção das descobertas científicas em torno da ocitocina. Cadernos Pagu [online]. 2016, n.48, e164802.

SACRAMENTO, Igor; WANICK, Vanissa. mHealth and the Digital Cyborg Body: The Running Apps in a Society of Control. In: MARSTON, Hannah; FREEMAN, Shannon; MUSSELWHITE, Charles. Mobile e-Health, Springer, 2017, pp.39-70.

SANDERS, Rachel. Self-tracking in the Digital Era: Biopower, Patriarchy, and the New Biometric Body Projects. Body & Society, v. 3, n. 1, 2016, pp.36-63.

THOMAS, Gareth; LUPTON, Deborah. Threats and thrills: pregnancy apps, risk and consumption. Health, Risk & Society, v. 17, n. 7-8, 2015, pp. 1-1.

TIIDENBERG, Katrin; BAYM, Nancy. Learn It, Buy It, Work It: Intensive Pregnancy on Instagram. Social Media + Society, January-March, 2017, pp.1-13.

VAN DJICK, José; POELL, Thomas. Understanding the promises and premises of online health platforms. Big Data & Society, v. 3, n. 1, 2016, pp.1-11.

VARGAS, Eliane Portes. „Barrigão à mostra‟: vicissitudes e valorização do corpo reprodutivo na construção das imagens da gravidez. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, v. 19, n. 1, 2012, pp.237- 258.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2020 Cadernos Pagu

Downloads

Não há dados estatísticos.