Banner Portal
A nova família e a ordem jurídica
Remoto

Palavras-chave

Famílias Contemporâneas. Práticas Jurídicas

Como Citar

MORAES, Maria Lygia Quartim. A nova família e a ordem jurídica. Cadernos Pagu, Campinas, SP, n. 37, p. 407–425, 2016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/8645027. Acesso em: 16 abr. 2024.

Resumo

O livro A Família em Desordem, da historiadora e psicanalista Elizabeth Roudinesco, constitui uma das mais positivas contribuições para o estudo das famílias no mundo contemporâneo. A tese da autora é de que não obstante todas as “desordens”, que vão da perda do poder paterno aos casais homossexuais, a instituição familiar vem sobrevivendo mais bem do que mal. Segundo ela, a família é atualmente reivindicada como o “único valor seguro ao qual ninguém quer renunciar”, independentemente da idade, sexo, orientações sexuais ou classe social. Esse anseio pela família leva com que os rearranjos, frutos da “família em desordem” demandem por novos direitos que alteram os pressupostos tradicionais sobre o tema.

Abstract

The Family in Disorder, written by historian and psychoanalyst Elizabeth Roudinesco, is one of the most positive contributions to the study of the families in the contemporary world. The author's thesis is that despite all the "disorder", ranging from the loss of paternal power and homosexual couples, the institution of the family is surviving. According to her, the family is being claimed as the "single value insurance to which nobody wants to renounce", regardless of age, sex, sexual orientation or social class. This yearning for the family brings with it rearrangements, resultant of the "family in disorder", and new rights that challenge the traditional assumptions about the theme.

Key Words: Contemporary Family, Family Jurisprudence

Remoto

Referências

AZAMBUJA, Maria Regina Fay de, SILVEIRA, Maritana Viana e BRUNO Denise. Infância em Família: Um compromisso de todos Duarte. São Paulo, Del Rey Editora, 2004.

BOWLBY, John. Cuidados Maternos e Saúde Mental. 2ª ed. São Paulo, Martins Fontes, 1988.

CHODOROW, Nancy. The reproduction of mothering. Beverly, The University of California Press, 1978.

CONDORCET, Anne. Le bricolage de la parenté. Paris, Editions Odile Jacob, 2002.

DEBERT, Guita Grin et alii. Gênero, família e gerações: Juizado Especial Criminal e Tribunal do Júri. Campinas-SP, Núcleo de Estudos de Gênero-Pagu/Unicamp, 2008 [Coleção Encontros].

DIAS, Maria Berenice. Manual de direito das famílias. 4ª ed. rev., atual. e ampl. São Paulo, RT, 2007a.

__________.Conversando sobre alimentos. São Paulo, Livraria do Advogado, 2007b.

__________. Incesto e Alienação Parental. São Paulo, Livraria do Advogado, 2007c.

__________. e PEREIRA, Rodrigo da Cunha. Direito de Família e o novo Código Civil. São Paulo, Del Rey, 2006.

DURKHEIM, Emile. Education et Sociologie. Paris, Presses Universitaires de France, 1968.

__________. Le divorce par consentement mutuel. Dans le cadre de la collection: Les classiques des sciences sociales, 1906 [http://www.uqac.uquebec.ca/zone30/Classiques_des_sciences_sociale s/index.html].

FREUD, Sigmund. EL Malestar de la Cultura. In: Obras, tomo. 3. Madrid, Bibioteca Nueva, 1973 [Tradução: Luiz L.Ballesteros].

GIORGIS, José Carlos Teixeira. Paternidade fragmentada. São Paulo, Saraiva/Livraria do Advogado, 2007.

GUIMARÃES, Janaina Rosa. Filho de criação – 0 valor jurídico do afeto a Entidade Familiar. IBDFAM, 10/06/2008.

IBDFAM. Entrevista com Giselle Groeninga - Direito à Família. Boletim, ed. 51, 11/08/2008.

MORAES, Maria Lygia Quartim de. Infância e Cidadania. Cadernos de Pesquisa, nº 91, São Paulo, Fundação Carlos Chagas, 1994, pp.23- 30.

MOTTA, Maria Antonieta Pisano. Mães abandonadas: a entrega de um filho em adoção. 2ªed., São Paulo, Cortez, 2005.

MUNOZ-DARDÉ, Veronique. Doit-on alors abolir la famille? Revue de philosophie et sciences sociales, nº 2, Paris, PUF, 2001.

ORO, Ari Pedro, DIAS, Maria Berenice, BLANCARTE, Roberto. Em Defesa Das Liberdades Laicas. São Paulo, Livraria dos Advogados/Saraiva, 2008.

PARSEVAL, Genevieve Delaisi. La parentalité est-elle divisible? Comprendre, n° 2. Paris, PUF, 2001.

PEREIRA, Rodrigo da Cunha. Afeto, ética, família e o Novo Código Civil.

São Paulo, Del Rey, 2004.

__________ e CAHALI, Francisco da Cunha. Alimento no Código Civil.

São Paulo, Saraiva, 2005.

PIAGET, Jean. O julgamento moral na criança. São Paulo, Editora Mestre Jou, 1977.

PIOVESAN, Flávia. Direitos Humanos e Globalização. In: Direito Global São Paulo, Max Limonad, 1998.

ROUDINESCO, Elizabeth. A família em desordem. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 2003.

SOUZA, Ivone Coelho de. (org.) Direito de Família: Diversidade e Multidisciplinaridade. Rio Grande do Sul, Editora IBDFAM/RS, 2009.

__________. Direito de Família e Diversidade e Multidisciplinaridade. Rio Grande do Sul, Editora IBDFAM/RS, 2007.

STRATERN, Marylin. Necessidade de pais, necessidade de mães. Estudos Feministas, vol. 3, nº 2, Rio de Janeiro, 1995, pp.303-329.

WEBER, Max. Ensaios de Sociologia. In: GERTH, H.H. e MILLS, Wrighy.

(orgs.) Rio de Janeiro, Zahar Editores, 1963.

WINNICOTT, D.W. Tudo Começa em Casa. São Paulo, Martins Fontes, 1989.

__________. Privação e Delinquência. São Paulo, Martins Fontes, 1987.

Downloads

Não há dados estatísticos.