Banner Portal
O gênero na política: a construção do “feminino” nas eleições presidenciais de 2010
Remoto (Português (Brasil))

Palabras clave

Mídia. Gênero. Eleições. Mulher. Estereótipos

Cómo citar

MOTA, Fernanda Ferreira; BIROLI, Flávia. O gênero na política: a construção do “feminino” nas eleições presidenciais de 2010. Cadernos Pagu, Campinas, SP, n. 43, p. 197–231, 2016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/8645142. Acesso em: 17 ago. 2024.

Resumen

Este artigo discute as relações entre mídia, gênero e eleições por meio da análise da cobertura jornalística do Jornal Nacional da Rede Globo e do Horário Gratuito de Propaganda Eleitoral durante a campanha de 2010, com foco na cobertura e nas inserções das/os principais candidatas/os à Presidência da República, Dilma Rousseff, José Serra e Marina Silva. Não se propõe uma análise ampla da cobertura ou das estratégias eleitorais, mas um estudo sobre as marcas de gênero nesse material. Analisamos em que medida e de que forma o gênero marca a imagem de candidatas e candidato, no discurso jornalístico e no discurso da campanha. Procuramos, também, compreender diferenças e formas de reforço recíproco na mobilização de estereótipos de gênero nos dois registros.

Remoto (Português (Brasil))

Citas

ALBUQUERQUE, Afonso. Em nome do público: jornalismo e política nas entrevistas dos presidenciáveis ao Jornal Nacional. Paper apresentado ao Grupo de Trabalho Comunicação e Política do XX Encontro da Compós, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2011.

______. A campanha presidencial no Jornal Nacional. Observações Preliminares. Comunicação & Política nº 1, Rio De Janeiro, Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos, 1994, pp.23-40.

ALTHUSSER, Louis. Aparelhos ideológicos do Estado. Rio de Janeiro, Editora Graal, 2003 [1971].

BADINTER, Elizabeth. O amor incerto: história do amor maternal do século XVII ao século XX. Lisboa, Relógio D’Água, 1985 [1980]. BADINTER, Elizabeth. Rumo equivocado: o feminismo e alguns destinos. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2005 [2003].

BIROLI, Flávia. Família: novos conceitos. São Paulo, Editora da Fundação Perseu Abramo, 2014.

______. Limites da política e esvaziamento dos conflitos: o jornalismo como gestor de consensos. Revista Estudos Políticos nº 6, Rio de Janeiro, Núcleo de Estudos em Teoria Política da Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2013a, pp.126-143.

______. Autonomia e desigualdades de gênero: contribuições do feminismo para a crítica democrática. Niteroi, Eduff; Vinhedo, Editora Horizonte, 2013b.

______. Mídia, tipificação e exercícios e poder: a reprodução dos estereótipos no discurso jornalístico. Revista Brasileira de Ciência Política nº 6, Brasília, Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília, 2011, pp.71-98.

______. Gênero e política no noticiário das revistas semanais brasileiras: ausências e estereótipos. Cadernos Pagu (34), Campinas-SP, Núcleo de Estudos de Gênero-Pagu/Unicamp, 2010, pp.269-299.

BIROLI, Flávia e MIGUEL, Luis Felipe. Meios de comunicação, voto e conflito político no Brasil. Revista Brasileira de Ciências Sociais vol. 28, nº 81, 2013, pp.77-95.

BOURDIEU, Pierre. O Poder Simbólico. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 2007.

CHODOROW, Nancy. The reproduction of mothering. Berkeley, University of California Press, 1978.

DIETZ, Mary. Citizenship with a feminist face: the problem with maternal thinking. In: LANDES, Joan B. (ed.). Feminism, the public and the private. Oxford, Oxford University Press, 1998, pp.45-64.

ELSHTAIN, Jean Bethke. Public man, private woman: women in social and political thought. Princeton, Princeton University Press, 1993 [1981].

FOUCAULT, Michel. Genealogia e poder. In: ______. Microfísica do poder. Rio de Janeiro, Editora Graal, 1995, pp.167-178.

GILLIGAN, Carol. In a different voice: psychological theory and women’s development. Cambridge, Harvard University Press, 1982. GOMES, Wilson. Quem está no controle? Um estudo sobre as entrevistas com os candidatos à Presidência da República transmitidas nos telejornais da Rede Globo durante as eleições de 2010. Paper apresentado ao Grupo de Trabalho Comunicação e Política do XXII Encontro Anual da Compós, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2013.

HALLIN, Daniel. The “uncensored war”: the media and Vietnam. Berkeley e Los Angeles, University of California Press, 1989.

HOOKS, bell. Feminist theory: from margin to center. Boston e Brooklyn, South End Press, 1984.

IBGE. Pesquisa nacional por amostra de domicílios, 2012. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/trabalhoerendim ento/pnad2012/default_sintese.shtm>.

IYENGAR, Shanto et al. Running as a Woman: Gender Stereotyping in Political Campaigns. In: NORRIS, Pippa (ed.). Women, Media, and Politics. Oxford, Oxford University Press, 1997, pp.77-98.

KAHN, Kim Fridkin. The Political Consequences of being a Woman: How Stereotypes Influence the Conduct and Consequences of Political Campaigns. New York, Columbia University Press, 1996.

KOHLBERG, Lawrence. Essays on moral development: the philosophy of moral development. São Francisco, Harper & Row, 1981.

LIMA, Venício A. de (org.) A mídia nas eleições de 2006. São Paulo, Editora da Fundação Perseu Abramo, 2007.

______. Mídia: teoria e política. São Paulo, Editora Fundação Perseu Abramo, 2004.

MACHADO, Maria das Dores Campos. Aborto e ativismo religioso nas eleições de 2010. Revista Brasileira de Ciência Política nº 7, Brasília, Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília, 2014, pp.25-54.

______. Discursos pentecostais em torno do aborto e da homossexualidade na sociedade brasileira. Cultura y Religion vol. VII, nº 2, Santiago, Chile, Instituto de Estudios Internacionales de la Universidad Arturo Prat, 2013, pp.48-68. MANTOVANI, Denise. Quem agenda a mídia? Um estudo de agendasetting a partir da tematização do aborto nas eleições de 2010. Tese de Doutorado defendida no Programa de Pós-Graduação em Ciência Política, Universidade de Brasília, 2014.

______. Os limites da controvérsia do aborto na agenda eleitoral de 2010: um estudo sobre o agendamento da mídia. Textos para discussão, nº 4, Grupo de Pesquisas sobre Democracia e Desigualdades - Demodê, 2013.

MIGUEL, Luis Felipe. Política e mídia no Brasil: episódios da história recente. Brasília, Editora Plano, 2002.

______. A descoberta da política – a campanha de 2002 na Rede Globo. In: RUBIM, Antônio A. C. (org). Eleições presidenciais em 2002 no Brasil. São Paulo, Hacker, 2004.

______. Política de interesses, política do desvelo: representação e ‘singularidade feminina’. Revista Estudos Feministas vol. 9, nº 1, Florianópolis-SC, UFSC, 2001, pp.253-67.

MIGUEL, Luis Felipe e BIROLI, Flávia. Caleidoscópio convexo: mulheres, política e mídia. São Paulo, Editora da Unesp, 2011.

______. Práticas de gênero e carreiras políticas: vertentes explicativas. Revista Estudos Feministas nº 18, vol. 3, Florianópolis-SC, UFSC, 2010, pp.563-679.

PATEMAN, Carole. The disorder of woman. Stanford, Stanford University Press, 1989.

PORTO, Mauro. TV news and political change in Brazil: The impact of democratization on TV Globo’s journalism. Journalism 8(4), Maryland, USA, Journalism Studies Division of the International Communication Association, 2007, pp.363-384.

RUDDICK, Sara. Maternal thinking: toward a politics of peace. Boston, Beacon Press, 1989.

TRONTO, Joan C. Caring democracy: markets, equality, and justice. New York, New York University Press, 2013.

YOUNG, Iris Marion. Justice and the politics of difference. Princeton, Princeton University Press, 1990.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.