Banner Portal
O cuidado como elemento de sustentabilidade em situações de crise. Portugal entre o Estado providência e as relações interpessoais
Remoto

Palavras-chave

Cuidado. Relações interpessoais. Crise. Portugal. Sustentabilidade

Como Citar

LIMA, Antónia Pedroso de. O cuidado como elemento de sustentabilidade em situações de crise. Portugal entre o Estado providência e as relações interpessoais. Cadernos Pagu, Campinas, SP, n. 46, p. 79–105, 2016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/8645366. Acesso em: 20 abr. 2024.

Resumo

Portugal atravessa uma situação de crise económica e social que fez aumentar a pressão sobre os serviços sociais. Confrontadas com a diminuição da capacidade dos sistemas estatais de cuidado continuarem a providenciar este apoio, as pessoas (re)tomam vias informais para lidar com o problema. Ao mostrar como as pessoas se integram em sistemas formais e informais de cuidado este artigo debate o modo como as práticas informais contribuem para enfrentar situações de crise (económica, pessoal ou politica) e, nesse sentido, são um factor de sustentabilidade.

Remoto

Referências

AGAMBEN, G. Homo Sacer: Sovereign Power and Bare Life. Stanford, Stanford University Press, 1998.

AGAMBEN, G. State of Exception. Chicago, The University of Chicago Press, 2005.

BENDA-BECKMANN, F. Von (org.). Between kinship and the state: social security and law in developing countries. Dordrecht, Foris, 1988.

BORNEMAN, J. Caring and Being Cared For: Displacing Marriage, Kinship, Gender, and Sexuality. In: FAUBION, J. (ed.) The Ethics of Kinship. New York, Rowman and Littlefield, 2001, pp.29–46.

BRUTO DA COSTA, A. Exclusões Sociais. Cadernos Democráticos. Lisboa, Gradiva, 1998.

CAPUCHA, L. Pobreza, exclusão social e marginalidades. In: VIEGAS, J.M. e FIRMINO DA COSTA, A. (eds.) Portugal, que modernidade? Oeiras, Celta, 1998, pp.209-242.

CARSTEN, J. Introduction: Cultures of Relatedness. In: CARSTEN, J. (ed.) Cultures of Relatedness: New approaches to the study of kinship. Londres, Cambridge University Press, 2000, pp.1-36.

CUNHA, M. I. The changing scale of imprisonment and the transformation of care: the erosion of the “welfare society” by the “penal state” in contemporary Portugal. In: SCHLECKER, M. e FLEISCHER, F. (eds) Ethnographies of Social Support, New York, NY, Palgrave MacMillan, 2013, pp.81-101 DEBERT, G. G. Arenas de conflito em torno do cuidado. Tempo Social vol. 26, nº 1, São Paulo, 2014, pp.35-45.

ENGLAND, K. Home, Work and the Shifting Geographies of Care. Ethics, Place and Environment vol. 13, nº 2, June 2010, pp.131–150.

FOLBRE, N. NELSON, J. For love or money – or both? Journal of Economic Perspectives 14(4), 2000, pp.123-140.

GILLIGAN, C. In a Different Voice: Psychological Theory and Women’s Development. Cambridge, Harvard University Press, 1982.

GOUDZWAARD, B.; LANGE, H.M. Beyond poverty and affluence. Toward an economy of care. Grand Rapids, Eerdmans & WCC Geneva, 1995.

HEIDEGGER, M. Being and Time. New York, Harper and Row, 1962. [1927].

HIRATA, H. e GUIMARÃES, N. A. (Org.) Cuidado e cuidadoras: as várias faces do trabalho do care. São Paulo, Atlas, 2012.

HOCHSCHILD, A. R. The Managed Heart: The Commercialization of Human Feeling. Berkeley, The University of California Press, 1983.

HOCHSCHILD, A. R. Global Woman: Nannies, Maids and Sex Workers in the New Economy. Nova York, Metropolitan Press, 2003.

HOCHSCHILD, A R. As cadeias globais de assistência e a mais-valia emocional. In: HUTTON, W. e GIDDENS, A. (ed.) No limite da racionalidade – convivendo com o capitalismo global. Rio de Janeiro, Record, 2004, pp.187-209.

L’ESTOILE, B. “Money is good, but a friend is better”. Uncertainty, Orientation to the Future, and “the Economy”. Current Anthropology, 55 (S9), 2014, pp.562-573.

LIMA, M. A. Informalidade en la formalidade: complementaridades y assimetrias de género entre la família y la empresa. In: TÉLLES I. A.; MARTINEZ G., E. (ed.). Economia informal y perspectiva de género en contextos de trabajo. Barcelona, Icaria, 2009, pp.219-245. LISBOA, T. K. Fluxos migratórios de mulheres para o trabalho reprodutivo: a globalização da assistência. Revista de Estudos Feministas 15(3), 2007, PP. 805-821.

MAIA, F. M. As reformas dos sistemas de pensões: a reforma do sistema de pensões em Portugal uma pluralidade de razões. Lisboa, DireçãoGeral dos Regimes de Segurança Social, 1997 MAYEROFF, M. On Caring. New York, Perennial Library, Harper and Row, 1971.

MERRIEN, F.-X. État-Providence et lute contre l’exclusion. In: PAUGAM, S., (ed) L’Exclusion. L´état des savoirs. Paris, La Découverte, 1996, pp.417-425.

NAROTZKY, S.; SMITH, G. Immediate Struggles. People, power and place in rural Spain. Berkeley, University of California Press, 2006.

NELSON, J. Feminist economics. In: DURLAUF, S. N.; BLUME, L. E. (ed.) The New Palgrave Dictionary of Economics, 2008.

NELSON, M. K. The Social Economy of Single Motherhood: Raising Children in Rural America. Nova Iorque, Routledge, 2005.

PAUGAM, S. Pauvreté et exclusion. La force des contrastes nationaux. In: PAUGAM, S. (ed) L’Exclusion. L’État des savoirs. Paris, La Découverte, 1996, pp.389-404.

PUTNAM, R. D. Bowling Alone: The Collapse and Revival of American Community. Nova Iorque, Simon and Schuster, 2000.

ROSCHELLE, A. R. No More Kin: Exploring Race, Class, and Gender in Family Networks. Thousand Oaks, CA, Sage, 1997.

SAHLINS, M. D. “What kinship is (part one)”, Journal of the Royal Anthropological Institute 17 (1), 2011, pp.1-19.

SANTOS, B. S. O Estado, as relações salariais e o bem-estar social na semi-periferia: o caso português. In: SANTOS, B. S. (ed) Portugal: Um Retrato Singular. Porto, Afrontamento, 1993, pp.15-59.

SANTOS, B. S. Pela Mão de Alice. O Social e o Político na PósModernidade. Porto, Afrontamento, 1994.

SARKISIAN, N. e GERSTEL, N. Kin support among Blacks and Whites. American Sociological Review. 69(6), 2004, pp.812-837. SIMMEL. Fidelidade e gratidão e outros textos. Lisboa, Relógio d’Água, 2004.

SLOTE, M. The Ethics of Care and Empathy. London, Routledge, 2007.

STACK, C. B. All Our Kin: Strategies for Survival in a Black Community. Nova Iorque, Harper and Row, 1974.

STEINER, G. Heidegger. Sussex, The Harvester Press, 1978.

THELEN, T.; READ, R. Social security and care after socialism: changing notions of need, support and provision. Focaal: European Journal of Anthropology, 50, 2007, pp.3-18.

TRONTO, J. C. Moral Boundaries. A political argument for an ethic of care. Londres, Routledge, 1993.

VIEGAS, S. de M. Eating with your favorite mother: time and sociality in a South Amerindian community (South of Bahia/Brazil). Journal of the Royal Anthropological Institute (including Man), 9(1) 2003, pp.21-37.

WEISMANTEL, M. Making kin: kinship theory and Zumbagua adoptions. American Ethnologist, 22(4), 1995, pp.685-704.

Downloads

Não há dados estatísticos.