Banner Portal
Tecnologias, infraestruturas e redes feministas
PDF

Palavras-chave

Tecnologia feminista
Infraestrutura feminista
Redes autônomas e comunitárias
Segurança digital
Internet

Como Citar

OLIVEIRA, Débora Prado de; ARAÚJO, Daniela Camila de; KANASHIRO, Marta Mourão. Tecnologias, infraestruturas e redes feministas: potências no processo de ruptura com o legado colonial e androcêntrico. Cadernos Pagu, Campinas, SP, n. 59, p. e205903, 2021. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/8664483. Acesso em: 28 abr. 2024.

Resumo

Autonomia, linguagem e segurança são as três categorias fundamentais que neste artigo desvelam a noção de tecnologia feminista que vem sendo construída em movimentos feministas da América Latina. Os diferentes sentidos mobilizados nessas categorias são observados a partir da atuação de coletivas latino-americanas de mulheres, pessoas trans e não binárias voltadas para produção e uso das tecnologias de informação e comunicação, redes autônomas e infraestruturas. Nesse cenário, tecnologia feminista é uma perspectiva construída por esses movimentos engajados em um debate tecnopolítico na interface com conhecimentos sobre internet, autonomia, infraestruturas digitais e segurança da informação para ativistas. A partir de pesquisas recentes desenvolvidas pelas autoras, este artigo apresenta e analisa a constituição dessa perspectiva e sua contribuição para a construção de alianças com as tecnologias e redes sociotécnicas que sejam divergentes do legado colonial e androcêntrico.

 

 

PDF

Referências

A VARE , Sonia. Engajamentos ambivalentes, efeitos paradoxais: movimentos feminista e de mulheres na Ame rica Latina e/em/contra o desenvolvimento. Revista Feminismos (1), Salvador-BA , 2014(a), pp.57-77.

A VARE , Sonia. Para ale m da sociedade civil: reflexo es sobre o campo feminista. cadernos pagu (43), Campinas-SP, Núcleo de Estudos de Gênero-Pagu/Unicamp, 2014(b), pp.13-56.

ARAÚJO, Daniela Camila de. Feminismo e Cultura Hacker: Intersecções entre política, gênero e tecnologia. Tese de Doutorado, Política Científica e Tecnológica, Unicamp, 2018.

BARBROOK, Richard; CAMERON, Andy. Californian Ideology. 1995 [http://www.alamut.com/subj/ideologies/pessimism/califIdeo_I.h tml - acesso em: 06 de outubro de 2019].

BEY, Hakin. Taz: zona autônoma temporária. (coleção Baderna) São Paulo: Conrad, 2001.

BOWKER, Geoffrey, STAR, Susan. Sorting Things Out: Classification and its Consequences. Cambridge, MIT Press, 1999.

BRAVO, Loreto. Una semilla brota cuando se siembra en tierra fe rtil. In: gica, 2018, pp. 113-127. Disponivel em: https://wp.sindominio.net/blog/soberania-tecnologica-volumen2/ - Acesso em: 06 de fevereiro de 2019.

CODING RIGHTS; INTERNETLAB. Violências contra mulher na internet: diagnóstico, soluções e desafios. Contribuição conjunta do Brasil para a relatora especial da ONU sobre violência contra a mulher. São Paulo, 2017. Disponível em: http://www.internetlab.org.br/wpcontent/uploads/2017/11/Relatorio_ViolenciaGenero_ONU.pdf. Acesso em: 16 de março de 2019.

COLEMAN, Gabriella.; GOLUB, Alex. Hacker practice: Moral genres and the cultural articulation of liberalism. Anthropological Theory, v. 8, n. 3, set. 2008, pp. 255–277.

COLLINS, Patricia Hill. Se perdeu na tradução? Feminismo negro, interseccionalidade e política emancipatória. Revista Parágrafo, 5(1), 2017. Disponível em: http://revistaseletronicas.fiamfaam.br/index.php/recicofi/article/ view/559. Acesso em: 22 de outubro de 2019.

CRENSHAW, Kimberle. A Intersecionalidade na Discriminação de Raça e Gênero. Revista Estudos Feministas. Universidade Católica de Salvador, 2002. Disponível em: http://www.acaoeducativa.org.br/fdh/wpcontent/uploads/2012/09/Kimberle-Crenshaw.pdf. Acesso em: 06 de abril de 2019.

DE FILIPE, Primavera; TRÉGUER, Felix. Expanding the Internet Commons: The Subversive Potential of Wireless Community Networks. Journal of Peer Production, 2015. Disponível em: http://peerproduction.net/wp-content/uploads/2015/01/DeFilippi-Tr%C3%A9guer-Expanding-the-Internet-Commonswith-Community-Networks.pdf. Acesso em: 15 de março de 2019.

DERECHOS DIGITALES/APC. Latin America in a glimpse. Gender, feminism and the internet in Latin America. Derechos Digitales/APC, 2017. [https://www.derechosdigitales.org/publicaciones/latin-americain-a-glimpse-2017/ - acesso em: 06 de abril de 2019].

DIMANTAS, Hernani. As zonas de colaboração MetaReciclagem: pesquisa-ação em rede. Tese de Doutorado em Ciências da Comunicação, Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo, 2010.

EVANGELISTA, Rafael de Almeida. Singularidade, transhumanismo e a ideologia da Califórnia. 35º Encontro Anual da Anpocs;GT-01 Ciberpolítica, ciberativismo, cibercultura. Agosto, 2011 [https://www.anpocs.com/index.php/encontros/papers/35- encontro-anual-da-anpocs/gt-29/gt01-21/837-singularidadetranshumanismo-e-a-ideologia-da-california/file - acesso em: 06 de abril de 2019].

FACCHINI, Regina; FRANC A, Isadora. Apresentação Dossiê : feminismos jovens. cadernos pagu (36), Campinas-SP, Núcleo de Estudos de Gênero-Pagu/Unicamp, 2011, pp.9-24.

FORLANO, Laura. Infrastructuring as critical feminist technoscientific practice. Spheres (3), 2017 [http://spheresjournal.org/infrastructuring-as-critical-feminist-technoscientificpractice/ - acesso em: 06 de abril de 2019].

FUNDAÇÃO Getúlio Vargas. Biblioteca Digital. Community Connectivity: Building the Internet from Scratch - Annual Report of the UN IGF Dynamic Coalition on Community Connectivity. Rio de Janeiro, Escola de Direito do Rio de Janeiro da Fundação Getúlio Vargas, 2017 [http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/19 401/Community%20networks%20- %20the%20Internet%20by%20the %20people%2c%20for%20the%20people.pdf?sequence=1&is Allowed=y - acesso em: 06 de abril de 2019].

FUNDAÇÃO Getúlio Vargas. Biblioteca Digital. Community Networks: the Internet by the People, for the People - Oficial Outcome of the UN IGF Dynamic Coalition on Community Connectivity. Rio de Janeiro, FGV Direito Rio, 2016 [http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/17 528/Community Connectivity %20-%20Building%20the%20Internet%20from%20Scratch.pdf?seq uence=3&isAllowed=y - acesso em: 12 de fevereiro de 2019].

GALLOWAY, Alexander. Protocol. How Control Exists after Decentralization. Cambridge, MIT Press, 2001 [http://art.yale.edu/file_columns/0000/8696/galloway-ch4.pdf - acesso em: 12 de fevereiro de 2019].

HARAWAY, Donna. Manifesto Ciborgue. Ciência, tecnologia e feminismo-socialista no final do século XX. In: TADEU, Tomaz (org./trad.) Antropologia do ciborgue: as vertigens do póshumano. 2. ed. Belo Horizonte, Autêntica Editora, 2009, pp.33 – 118.

______. Gênero para um dicionário marxista: a politica sexual de uma palavra. cadernos pagu (22). Campinas-SP, Núcleo de Estudos de Gênero-Pagu/Unicamp, 2004, pp.201-246 [https://www.scielo.br/pdf/cpa/n22/n22a09.pdf - acesso em: 12 de fevereiro de 2019].

______. Saberes localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial. cadernos pagu (5), Campinas-SP, Núcleo de Estudos de GêneroPagu/Unicamp, 1995, pp7-41. [http://www.clam.org.br/bibliotecadigital/uploads/publicacoes/1 065_926_hARAWAY.pdf - acesso em: 12 de fevereiro de 2019].

LYON, David. Surveillance After Snowden. Cambridge, Polity Press, 2015.

MAFFIA, Diana. Epistemología Feminista: por una inclusión de lo femenino en la ciencia. In: GRAF, Norma Blazquez; FLORES, Javier (Ed.). Ciencia, tecnología y género en Iberoamérica. México DF: Universidad Autónoma de México – Plaza y Valdés, 2005, pp. 623-633.

NATANSOHN, Graciela (Org.) Internet em codigo feminino: teorias e pra ticas. Buenos Aires, a Cruji a, 2013.

NATANSOHN, Graciela; BRUNET, Karla Schuch; PAZ, Mónica Dantas. Mulheres na Cultura Digital: perspectivas e desafios. In: Anais do Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste XIII, Maceió, AL, Brasil, 2011 [http://intercom.org.br/papers/regionais/nordeste2011/resumos/ R28-1011-1.pdf - acesso em: 12 de fevereiro de 2019].

OLIVEIRA, Débora Prado. Infraestruturas feministas e atuação política de mulheres em redes autônomas e comunitárias : criar novos possíveis diante da concentração de poder na internet. Dissertação de Mestrado, Divulgação Cientifica e Cultural. Unicamp, 2019. [[http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/335699/1/Ol iveira_DeboraPradoDe_M.pdf - acesso em: 12 de março de 2020].

______. Community networks and invisibility regimes of infrastructures and bodies. In: Simpósio Internacional LAVITS, 5, Santiago. Anais... Santiago: Universidade do Chile, 2018 - [lavits.org/wp-content/uploads/2018/04/40-Débora-Prado-deOliveira.pdf - acesso em: 12 de fevereiro de 2019].

PRADO, Debora; ARAÚJO, Daniela; KANASHIRO, Marta. Violências contra as mulheres e o entrelaçamento com as tecnologias: complexidades e reconfigurações no contexto das crises e da pandemia de COVID-19. Série Lavits_Covid19_#11, 30 de junho de 2020 [[http://lavits.org/lavits_covid19_11-violencias-contra-asmulheres-e-o-entrelacamento-com-as-tecnologiascomplexidades-e-reconfiguracoes-no-contexto-das-crises-e-dapandemia-de-covid-19/?lang=pt - acesso em: 18 de agosto de 2020].

PESSOA, Filipe Mattiazzo. O avanço do Capitalismo Informacional e as tecnologias de comunicação: práticas de contra-vigilância de coletivos e grupos brasileiros. Monografia, Ciências Sociais, Unicamp, 2017.

PISCITELLI, Adriana. Ge nero: a história de um conceito. In: ALMEIDA, Heloisa Buarque de; PISCITELLI, Adriana; SZWAKO, José. Diferenc as, Igualdade. Sa o Paulo: Berlendis & Vertecchia, 2009. RIBEIRO, Djamila. O que é lugar de fala?. Belo Horizonte-MG, Letramento, 2017.

ROSAS, Ricardo. Truquenologia: elementos para se pensar uma teoria da gambiarra tecnológica. São Paulo, 2007 [http://virgulaimagem.redezero.org/ricardo-rosas-in-memoriam/ - acesso em: 12 de fevereiro de 2019].

STENGERS, Isabelle; PIGNARRE, Philipe. Capitalist sorcery, breaking the spell. Inglaterra, Palgrave Macmillan, 2011.

SILVEIRA, Sérgio Amadeu da. Ciberativismo, cultura hacker e o individualismo colaborativo. Revista da USP (86). São Paulo, 2010.

SILVER, David. Internet/cyberculture/digital culture/new media/fillin-the-blank studies. New Media & Society (l6). London, Sage Pub, 2004, pp.55-64 DOI: https://doi.org/10.1177/1461444804039915. Acesso em: 12 de fevereiro de 2019.

TOUPIN Sophie, HACHE, Alex. Feminist autonomous infrastructures. In: Global Information Society Watch 2015: Sexual rights and the internet. APC and Hivos, 2015 [www.giswatch.org/sites/default/files/gw2015-hache.pdf - acesso em: 21 de abril de 2019].

VICENTIN, Diego Jair; KANASHIRO, Marta M. Divulgar tecnologias: por uma relação inventiva com as máquinas. In: KANASHIRO, Marta Mourão; MANICA, Daniela Tonelli (Org.). Ciências, culturas e tecnologias: divulgações plurais. Rio de Janeiro, Editora Bonecker, 2019, pp.259-271.

VICENTIN, Diego Jair. Governança da internet, infraestrutura e resistência. Anais do IV Simpósio Internacional LAVITS, Buenos Aires, Fundación Vía Libre, 2017. [http://lavits.org/wpcontent/uploads/2017/08/P8_Vicentin.pdf - acesso em: 21 de abril de 2019.

ZANOLLI, Bruna; JANCZ, Carla; GONZALES, Cristiana; ARAUJO, Daiane; OLIVEIRA, Débora Prado. Feminist infrastructure and community networks: an opportunity to rethink our connections from the bottom up, seeking diversity and autonomy. In: Global Information Society Watch 2018: Community Networks. APC, 2018. [https://www.giswatch.org/en/infrastructure/feministinfrastructures-and-community-networks - acesso em: 21 de abril de 2019].

ZUBOFF, Shoshana. Big other: capitalismo de vigilância e perspectivas para uma civilização da informação. In: BRUNO, Fernanda; CARDOSO, Bruno; KANASHIRO, Marta (Org.). Tecnopolíticas da vigilância, perspectivas da margem. São Paulo: Boitempo, 2015, pp.17-68.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2020 Cadernos Pagu

Downloads

Não há dados estatísticos.