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O significado da compra: desejo, demanda e o comércio do sexo
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Palavras-chave

Prostituição. Masculinidade. Desejo. Mercantilização. Intimidade. Trabalho Sexual. Gentrificação

Como Citar

BERNSTEIN, Elizabeth. O significado da compra: desejo, demanda e o comércio do sexo. Cadernos Pagu, Campinas, SP, n. 31, p. 315–362, 2016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/8644884. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

Feministas e outros acadêmicos vêm debatendo teoricamente o que exatamente é comprado numa transação de prostituição e se o sexo pode ser “um serviço como qualquer outro”, mas raramente lidaram empiricamente com essas questões. Este artigo se baseia em observações de campo e entrevistas com clientes masculinos de trabalhadoras do sexo comercial e com agentes do Estado encarregados de regulá-las para investigar os significados dados a diferentes tipos de trocas sexuais comerciais. Manifestados por detenção e re-educação de clientes, apreensão de veículos, leis mais estritas sobre a prostituição de menores e a posse de pornografia com crianças, recentes esforços do Estado para problematizar a sexualidade masculina em todos os EUA e Europa Ocidental se desenvolveram ao lado de uma ética de consumo sexual descontrolada, evidenciada pela imensa demanda por pornografia, clubes de strip-tease, “lap-dancing”1 , acompanhantes, sexo por telefone e “turismo sexual” em países em desenvolvimento. Ao situar a troca sexual comercial dentro do contexto mais amplo das transformações pósindustriais da cultura e da sexualidade, podemos começar a desvendar esse paradoxo.

Abstract

Feminists and other scholars have debated theoretically what exactly is being purchased in the prostitution transaction and whether sex can be “a service like any other”, but they have scarcely tackled these questions empirically. This article draws upon field observations of and interviews with male clients of commercial sex-workers and state agents entrusted with regulating them to probe the meanings given to different types of commercial sexual exchange. Manifested by client arrests and re-education, vehicle impoundment, stricter laws on underage prostitution and the possession of child pornography, recent state efforts to problematize male sexuality throughout the USA and Western Europe have been developed alongside an increasingly unbridled ethic of sexual consumption, as evidenced by soaring demand for pornography, strip clubs, lap-dancing, escorts, telephone sex and “sex tours” in developing countries. By situating commercial sexual exchange within the broader context of post-industrial transformations of culture and sexuality, we can begin to unravel this paradox.

Key Words: Prostitution, Masculinity, Desire, Commodification, Intimacy, Sex-Work, Gentrification

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